Nepotismo:PMDB tenta conquistar indecisos

PMDB, PL, PTB e PSC se reúnem hoje, a partir das 13 horas, no hotel Taiamã, em Cuiabá, para começar a discutir uma aliança para as eleições 2006. Cada uma com seus objetivos, as quatro siglas acreditam que pode haver uma convergência de interesses. Segundo o deputado federal Welington Fagundes (PL), até pode sair desse encontro um pré-acordo para que, a partir de agora, todas as conversas a serem feitas incluam os quatro partidos. Nesse caso, PL e PTB já estão mais avançados.

O PMDB de Mato Grosso deve ter candidato a presidente da República e ao governo, diferente das outras três agremiações. Esse, em princípio, é o ponto que está ligando os quatro. PL, PTB e PSC não terão candidatos majoritários, estão buscando coligações para formarem suas chapas proporcionais. Conforme Fagundes, a decisão nacional do PL de deixar os regionais livres facilita a vida da sigla nos Estados.

Na mesma situação está o PTB, que tem uma aproximação mais consolidada com o PL em Mato Grosso. Eles já tiveram conversas com outros partidos, sempre juntos. O PSDB é uma das agremiações que manteve contato com PL e PTB. Mas não houve avanço.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), frisa que o encontro de hoje é o início de uma conversa política. Ele lembra que PL, PTB e PSC interessam ao PMDB porque não têm intenção de lançar candidato a presidente, o que os deixa livres para coligações.

Silval diz ainda que o presidente regional do PMDB, ex-senador Carlos Bezerra, cita como boa expectativa de diálogo também o nanico PSD. "Política é assim. Com conversa é que chegamos ao entendimento", pondera Silval.

O deputado evita antecipar quaisquer resultados desse primeiro encontro. Cauteloso, ele prefere esperar. É consenso entre os peemedebistas que o partido deve lançar um candidato ao governo. Não se fala em nomes especificamente, a idéia é não deixar o partido "enfraquecer". Nas últimas eleições os peemedebistas se limitaram a apoiar candidatos de outras siglas.