Gamma causa morte e destruição entre dificuldades para ajuda

A tempestade Gamma causou três mortos, destroços e mais de 7.000 desabrigados e evacuados no norte de Honduras, onde as chuvas dificultam as operações de resgate e de distribuição de ajuda nas zonas mais afetadas.

Os desabrigados são 2.109 e os evacuados 5.141, informou hoje a Comissão Permanente de Contingências (Copeco) em um relatório preliminar e indicou que 4.301 desses desabrigados estão em albergues.

A maioria de desabrigados -2.079- é do departamento de Yoro e os outros 30 de Atlántida, e os evacuados correspondem a estes dois distritos e a Colón, Cortés e Gracias a Dios.

A Copeco mantém alerta vermelho (de perigo) nesses cinco departamentos, onde as inundações destruíram pelo menos cinco pontes e danificaram cultivos agrícolas, estradas e casas, entre outros destroços.

O departamento de Islas de Bahia, próximo do centro de Gamma, também está em alerta vermelho, mas ali a Copeco ainda não registrou danos.

O presidente hondurenho, Ricardo Maduro, disse ontem à noite à televisão local que pediu ajuda logística aos Estados Unidos, El Salvador e Guatemala para operações de resgate, mas ainda "não pode" ser concretizada devido às dificuldades apresentadas pela Gamma.

A Copeco registrou hoje em seu relatório a morte de três pessoas, que foi também confirmada por Maduro, e o desaparecimento de outras três, uma a menos do que tinha dito previamente o comissionado do organismo, Luis Gómez, à imprensa.

A tempestade Gamma formou-se ontem, sexta-feira, em frente ao litoral caribenho de Honduras, embora tenha começado a castigar território hondurenho já na quarta-feira, quando ainda era um sistema de baixa pressão associado aos remanescentes de uma depressão tropical.