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Sábado - 19 de Novembro de 2005 às 08:39
Por: Ana Moreira

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Um encontro inédito marca este ano o Dia de Zumbi, neste domingo, 20 de dezembro. O Siriri da comunidade Mata Cavalo de Cima, no município de Livramento vai receber o grupo Guatô, de Cáceres, para um dia de atividades culturais. Na programação, danças, diálogos, mostra de artesanato, plantas curativas e comidas típicas. A ação é resultado de parcerias das comunidades com apoio do Instituto Usina, organização não-governamental de Cultura e Meio Ambiente e da Pró-reitoria de Extensão e Cultura – Proec da Universidade Estadual de Mato grosso (Unemat).

A integração começa com um passeio para contar a história dos remanescentes no local. Convidada pelo Instituto Usina, a bióloga Graciela Silva, da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) vai dialogar com os grupos sobre o plantio e cultivo de plantas medicinais. Toda a comunidade colaborou com o almoço, que está sendo coordenado pelo líder Nezinho. Até o final da tarde o siriri vai animar a Festa de Zumbi. Além dos grupos de Livramento e Cáceres, dançantes de Cuiabá e Santo Antonio do Leverger devem passar por lá.

INTERAÇÃO - O Guatô é um grupo de cultura popular que reúne cerca de 90 pessoas na faixa etária entre 8 e 80 anos na cidade de Cáceres (210 quilômetros de Cuiabá). Eles cantam, dançam e encenam o ritos indígenas, africanos e o cururu e siriri.

O Projeto Guatô da Unemat é coordenado pelos professores Celso Ferreira da Cruz Victoriano e Zelma Maria de Assunção Mendes, um trabalho desenvolvido por professores, acadêmicos e funcionários da Instituição, envolvendo alunos da Escola de Aplicação e a comunidade. O nome do projeto é em homenagem a nação indígena Guatô do tronco Macro Jê, um dos primeiros habitantes pantaneiros e exímios canoeiros: pescadores, caçadores e coletores que domaram as águas do Pantanal, deixando nos também como herança a viola de cocho, a canoa, a zinga, a zagaia, batelão e a chicha de acuri. Hoje estima-se que há menos de 500 indígenas guatô na região.

O grupo de Dança Raízes de Cururu e Siriri da Terceira Idade e Jovens do Futuro do Quilombo Mata Cavalo de Cima do município de Nossa Senhora do Livramento (MT) reúne 50 pessoas entre 4 e 70 anos. Os dançantes se reúnem continuamente, se apresentando nos quintais da comunidade rural, sobretudo nas festas em devoção a São Benedito. Para a historiadora Terezinha, filha da comunidade, a dança é hoje um dos principais instrumentos do grupo no resgate das tradições de seus antepassados.

Informações: 9976-5125.





Fonte: Assessoria/SEC-MT

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