Dicke conversa com estudantes e viaja para a Europa

O escritor mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke viaja para a Europa neste domingo (20), onde vai presenciar a estréia da peça “O salário dos poetas”, adaptação de romance homônimo, lançado pelo autor em 2000. Ele e sua esposa, Adélia Boskov, vão passar cerca de 15 dias no Velho Continente.

Portugal é o alvo. Lá o grupo teatral O Bando, responsável pela adaptação, desenvolve um arrojado trabalho cênico há mais de 20 anos, sob a direção de João Brites, dramaturgo de renome internacional. Brites esteve em Cuiabá no primeiro semestre deste ano, quando coordenou uma oficina de teatro, e se declarou admirador confesso de Ricardo Dicke, a quem conheceu.

Antes de viajar, entretanto, o escritor participa de evento com estudantes adolescentes no Colégio Isaac Newton. Estará presente numa palestra em torno de sua vida e obra, comandada por dois amigos: Max Cancilieri, escritor e professor de literatura do Cin, e Lorenzo Falcão, escritor e jornalista, que atua como divulgador da literatura de Ricardo há vários anos.

“Será uma conversação informal e os nossos alunos terão uma ótima oportunidade para conhecer esse gênio mato-grossense”, diz Cancilieri. “Ocasiões como esta sãoe speciais. Tenho participado de algumas e sempre me surpreendo com o interesse da juventude por Ricardo Dicke”, acentua Lorenzo.

A proposta é conversar abertamente sobre a literatura preciosa e a trajetória de Dicke, artista mato-grossense premiadíssimo que, volta e meia, ressurge na mídia nacional. O escritor tem agora uma boa oportunidade internacional. Além da peça teatral, Ricardo Dicke assinou, neste ano, contrato com um agente literária italiana, Patrizia Di Malta, que está negociando traduções e edições de seus livros em países europeus. Os alunos que participarem do evento vão concorrer a sorteios de vários exemplares de “Rio abaixo dos vaqueiros”, única obra publicada pelo autor (que já lançou nove títulos), cuja tiragem ainda não está totalmente esgotada.

Essa viagem para a Europa surgiu a partir de articulações de Amauri Tangará, cineasta e diretor de teatro, que também é amigo de Ricardo. O Governo de Mato Grosso está apoiando a iniciativa.