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Politica Brasil
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 10:11

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O ex-prefeito Jaime Muraro foi transferido na noite desta quarta-feira para a Cadeia Pública em Tangará da Serra. Muraro, que foi detido no dia 30 de setembro acusado de usar dinheiro público para pagar honorários de um escritório de advogacia em uma ação particular, ainda tem outros dois mandatos de prisão. Ele estava em uma cela especial por obter curso superior.

Durante todo este período preso na sede do Batalhão da Polícia Militar, Muraro, obteve somente um pedido de hábeas corpus deferido pelo Tribunal de Justiça (TJ), mas não conseguiu o efeito extensivo aos outros dois mandatos que ainda responde e com isto permanece preso. Jaime está na ala 9 cela B, local preparado para receber o ex-prefeito.

Segundo o diretor da Cadeia Pública Luiz Dantas, o ex-prefeito só foi encaminhado para o Batalhão porque a cadeia não oferecia segurança devido a uma rebelião dos presos e que prejudicou todo o sistema prisional do município. Com a normalização do complexo prisional, a Juíza da 1ª Vara Criminal Vandinelma dos Santos decidiu que ele seria recambiado para a cadeia para cumprir o mandato.

Muraro, prefeito entre 1997 e 2004 é alvo de processos tanto na esfera cível quanto criminal. Por conta das pendências judiciais, só no ano passado ele chegou a ser afastado quatro vezes do cargo de prefeito. Segundo a Promotoria Pública em recentes entrevistas à imprensa, o pefelista revelou postura agressiva. Ameaçou testemunhas e demonstrou pouco caso com o trabalho feito pela Justiça.

Ele responde também por fraude no processo licitatório para a construção do laboratório da Unemat. De acordo com as investigações do Ministério Público Estadual, à época em que foi prefeito, o pefelista ofereceu R$ 2 mil para a licitante "Construtora IP Indústria e Comércio" desistir da concorrência. Dessa forma, a empresa "Acirel Engenharia", de propriedade de um dos financiadores da campanha de Muraro, permaneceu como única interessada.

Os custos da obra foram superfaturados, a construção foi feita com material mais econômico que o pago e a área construída é menor do que a contratada, segundo o MP. Conforme a juíza da 2ª Vara Criminal do município, Olinda Castrillon, que acatou pedido do Ministério Público Estadual, a obra foi contratada por R$ 264,9 mil. Porém, o valor não poderia ser superior a R$ 159,7 mil. Constatou-se desvio de R$ 105,1 mil. Para agravar ainda mais a situação, Muraro utilizou vários documentos falsificados, como certidão negativa da Secretaria de Estado de Fazenda.





Fonte: Da Redação DS

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