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Politica Brasil
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 09:12
Por: Rubens de Souza

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Depois de meses de disputa e acertos já visando a disputa ao Governo do Estado nas eleições de outubro de 2006, a política mato-grossense acabou sofrendo um esfriamento com relação ao acerto dos concorrentes à principal cadeira do Palácio Paiaguás. Nomes certos a esta disputa só dois. De um lado, Blairo Maggi, que vai tentar a reeleição. Do outro a senadora Serys Marly, que recentemente assumiu a presidência do Diretório Estadual do PT em Mato Grosso. No PSDB, fala-se muito no nome do senador Antero Paes de Barros, que nos corredores políticos mostra mais o interesse em disputar uma cadeira à Assembléia Legislativa. Os conchavos também esfriaram com relação a formação das chapas dos partidos, principalmente para a disputa à Câmara Federal. O PPS, que detém o poder no Estado não consegue encontrar nomes capazes de contribuir com votações maciças.

Se por um lado o PPS dá como certa a reeleição de Blairo Maggi ao governo do Estado, não consegue entrar em um consenso com relação a chapa que formará para a disputa a Assembléia Legislativa, a Câmara Federal e ao Senado. Tudo porque o partido teme não ter nomes com densidade eleitoral para a Câmara Federal. Muito se falou em Roberto França, Toninho Domingos. O problema é que França não esconde de ninguém que seu objetivo é mesmo disputar a Assembléia Legislativa, onde acreditar será mais importante para o partido. Já Toninho Domingos, irmão do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, vive em queda vertiginosa após se envolver em escândalos financeiros que culminaram até com um pedido de prisão.

Sem nomes que possam aglutinar o eleitor em torno do partido, o PPS poderá até provocar mudanças na eleição de seu Diretório Estadual que se realizará entre os dias 25 e 27 deste mês durante a realização do Congresso Estadual. Candidato declarado à presidência o ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz poderá ter seu sonho interrompido. É que uma ala do partido o quer disputando o pleito eleitoral de 2006 na condição de Deputado Federal. “Ele tem densidade eleitoral, principalmente em Rondonópolis, onde fez um grande trabalho. Além disso tem o apoio de Blairo Maggi.

Portanto, entendemos que para formar a chapa para a Câmara Federal tudo passa pelo nome de Percival. A partir dele poderemos ter uma chapa forte, capaz de fazer a maioria”, diz um forte integrante do PPS que defende o surgimento de um novo nome para a presidência estadual do partido.

Outros partidos

Mas as indefinições não são privilégios apenas do PPS de Blairo Maggi. Todos os outros partidos em Mato Grosso continuam em compasso de espera. Ninguém ousa falar em nomes para a composição de suas chapas. A ordem é esperar a votação da verticalização. Todos entendem que apenas a partir disso poderá ser feito uma projeção melhor com relação aos objetivos políticos futuros.

O PSDB já chegou a articular os nomes de Nilson Leitão, prefeito de Sinop e de Rogério Salles, ex-prefeito de Rondonópolis para a disputa ao Governo do Estado. Mas nenhum dos dois vingaram. O mesmo aconteceu com o prefeito de Cuiabá Wilson Santos, que vem enfrentando grande resistência por parte do eleitorado da capital. Atualmente fala-se, de maneira um pouco sutil, no nome do senador Antero Paes de Barros. Mas esta idéia parece não encontrar muita disposição por parte do eleito do partido. Em conversas informais, Antero não mostra interesse em disputar o governo do Estado contra Blairo Maggi. Seu objetivo é mesmo disputar uma vaga na Assembléia Legislativa, ou no máximo tentar a reeleição. Já Dante de Oliveira, ex-governador quer mesmo uma vaga na Câmara Federal e para isso não descarta provocar a aposentadoria de sua mulher, Telma de Oliveira.

Certo mesmo nesta disputa é a posição do PT. Vai disputar todos os cargos na próxima eleição. Tendo ainda mais cinco anos no Senado, a presidente estadual do partido, Serys Marli não vê problema em disputar o governo do Estado. O partido é o único que começa a montar uma chapa. Para a Câmara Federal é certa a presença de Carlos Abicallil, que vai disputar a reeleição, com grande chance de levar junto mais um ou dois candidatos.

Enquanto, PPS, PT e PSDB lançam seus balões de ensaios para o pleito de 2006, o PFL, de Jaime Campos e Jonas Pinheiro vivem o compasso de espera. Lançam balões de ensaios ameaçando sair da base aliada de Blairo Maggi. Tudo com o objetivo de ganhar mais força junto ao governo. Não parece disposto a disputar uma vaga para o Paiaguás. Se contenta em no máximo disputar uma vaga para o Senado e tem como meta se fortalecer muito mais na Assembléia Legislativa.





Fonte: 24 HorasNews

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