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Ruínas de 1.200 anos revelam massacre maia
São Paulo - Arqueólogos descobriram cerca de 50 esqueletos de homens, mulheres e crianças nas ruínas da cidade-Estado maia de Cancuén, na Guatemala. Eles foram vítimas de um massacre ocorrido há 1.200 anos, segundo trabalho divulgado nesta quinta-feira pela revista National Geographic
Ornamentos encontrados com os corpos demonstram que todos eram membros da elite - o rei e a rainha de Cancuén estão entre os mortos - e que foram executados. “O rei, a rainha e membros da nobreza foram aparentemente reunidos e assassinados em massa. Muitos foram golpeados no pescoço ou na cabeça com lanças e machados”, explica o chefe da expedição, o americano Arthur A. Demarest, da Universidade Vanderbilt.
Três tumbas foram achadas próximas do palácio real, uma delas com 31 corpos. Os cientistas decidiram chamar uma equipe de investigadores forenses do país, estabelecida em 1996 para escavar túmulos coletivos da guerra civil na Guatemala, e que também analisou cenários semelhantes na Bósnia, no Kosovo e em Ruanda.
A análise dos ossos indica que as vítimas eram homens, mulheres (duas delas grávidas, cujos fetos foram encontrados no mesmo local) e crianças. O casal real foi enterrado em uma tumba suntuosa. No pescoço do rei, um colar contém a seguinte inscrição: “Kan Maax. Senhor sagrado de Cancuén”.
O ato de violência pode ser explicado por outros achados próximos ao cemitério. Muros de pedra e madeira feitos apressadamente e deixados inacabados sugerem que a população sabia que seria atacada. “Houve um esforço desesperado para defender a cidade. É óbvio que as defesas não deram resultado”, explica Demarest.
Eles teriam sido mortos no ano 800 por invasores que, em seguida, deixaram o local após destruir o palácio e monumentos. A população parece ter deixado a cidade em seguida.
A cidade-Estado de Cancuén (que significa “local das serpentes”) era uma das mais ricas do império. Estava estrategicamente posicionada no início do Rio Pasión, a principal rota usada no território maia. Seu palácio tinha uma área correspondente a cinco campos de futebol e mais de 170 quartos.
Seu abandono é um mistério para os arqueólogos. Demarest, que explora a região desde 1996, acredita que as guerras e a conquista de uma cidade de tal importância estratégica, com o assassinato da classe dominante, tiveram um papel crucial na queda do império maia. Outras cidades próximas do rio também foram abandonadas nos dez anos que se seguiram ao declínio de Cancuén. “Essa é provavelmente a mais importante descoberta que já fiz”, disse Demarest.
Os resultados da escavação serão apresentados pela National Geographic, mas sua validação depende da publicação em um periódico científico, ainda sem data.
Os maias eram um povo pré-colombiano que dominou a América Central entre 1.000 a.C e 900 d.C. Quando os espanhóis tomaram o continente, a civilização já sofria uma clara decadência. Os motivos ainda são desconhecidos, mas a maioria dos cientistas concorda que a queda tenha sido resultado de um conjunto de fatores, como superpopulação, conflitos entre as cidades-Estado e esgotamento de recursos naturais.
Ornamentos encontrados com os corpos demonstram que todos eram membros da elite - o rei e a rainha de Cancuén estão entre os mortos - e que foram executados. “O rei, a rainha e membros da nobreza foram aparentemente reunidos e assassinados em massa. Muitos foram golpeados no pescoço ou na cabeça com lanças e machados”, explica o chefe da expedição, o americano Arthur A. Demarest, da Universidade Vanderbilt.
Três tumbas foram achadas próximas do palácio real, uma delas com 31 corpos. Os cientistas decidiram chamar uma equipe de investigadores forenses do país, estabelecida em 1996 para escavar túmulos coletivos da guerra civil na Guatemala, e que também analisou cenários semelhantes na Bósnia, no Kosovo e em Ruanda.
A análise dos ossos indica que as vítimas eram homens, mulheres (duas delas grávidas, cujos fetos foram encontrados no mesmo local) e crianças. O casal real foi enterrado em uma tumba suntuosa. No pescoço do rei, um colar contém a seguinte inscrição: “Kan Maax. Senhor sagrado de Cancuén”.
O ato de violência pode ser explicado por outros achados próximos ao cemitério. Muros de pedra e madeira feitos apressadamente e deixados inacabados sugerem que a população sabia que seria atacada. “Houve um esforço desesperado para defender a cidade. É óbvio que as defesas não deram resultado”, explica Demarest.
Eles teriam sido mortos no ano 800 por invasores que, em seguida, deixaram o local após destruir o palácio e monumentos. A população parece ter deixado a cidade em seguida.
A cidade-Estado de Cancuén (que significa “local das serpentes”) era uma das mais ricas do império. Estava estrategicamente posicionada no início do Rio Pasión, a principal rota usada no território maia. Seu palácio tinha uma área correspondente a cinco campos de futebol e mais de 170 quartos.
Seu abandono é um mistério para os arqueólogos. Demarest, que explora a região desde 1996, acredita que as guerras e a conquista de uma cidade de tal importância estratégica, com o assassinato da classe dominante, tiveram um papel crucial na queda do império maia. Outras cidades próximas do rio também foram abandonadas nos dez anos que se seguiram ao declínio de Cancuén. “Essa é provavelmente a mais importante descoberta que já fiz”, disse Demarest.
Os resultados da escavação serão apresentados pela National Geographic, mas sua validação depende da publicação em um periódico científico, ainda sem data.
Os maias eram um povo pré-colombiano que dominou a América Central entre 1.000 a.C e 900 d.C. Quando os espanhóis tomaram o continente, a civilização já sofria uma clara decadência. Os motivos ainda são desconhecidos, mas a maioria dos cientistas concorda que a queda tenha sido resultado de um conjunto de fatores, como superpopulação, conflitos entre as cidades-Estado e esgotamento de recursos naturais.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335427/visualizar/
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