Prefeito de Cáceres é acusado de perseguição

O presidente da Câmara de Cáceres, vereador Wilson Kishi (PDT), diz estar sofrendo retaliações por parte do prefeito Ricardo Henry e do irmão dele, o federal Pedro Henry (PP). Além de ter saído do PP, o vereador aponta como outro motivo para o comportamento dos Henry o fato dele estar promovendo discussões em um projeto que coloca o Departamento de Água e Esgoto (DAE) da cidade sob administração da prefeitura. O prefeito teria pressa em ver o projeto aprovado. O secretário de Governo, José de Assis Guareschi, nega retaliações. Segundo ele, o presidente da Câmara estaria retardando a aprovação de um projeto importante para a população.

Wilson Kishi comenta que nada mudou no relacionamento com o prefeito Ricardo Henry, mesmo tenho se filiado a outra sigla. Ele pondera que apenas foi em busca de uma partido que lhe desse a garantia de que teria espaço para seu projeto de disputar uma vaga de deputado estadual no ano que vem. Coisa que o PP não estava lhe garantindo.

Sobre o projeto do DAE, o vereador afirma que a matéria é polêmica e que está realizando audiências públicas para discutir o assunto, o que não estaria agradando o prefeito. "Desde então imagens minhas são vetadas na TV do prefeito e o Legislativo nem é mais convidado para eventos da prefeitura", reclama.

O secretário Guareschi nega as acusações. Ele afirma que Kishi está retardando a apreciação de um projeto que está na Câmara desde junho e que talvez isso envolva "interesses que a prefeitura desconhece". "Ele (o vereador) tem feito muitas críticas tentando projetar sua candidatura. A única coisa que não estamos fazendo é alimentar essa candidatura dele", pontua.