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Cultura
Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 10:09

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O cancelamento da 10ª edição do Tanfest - Festival da Canção Inédita de Tangará da Serra, deixou alguns artistas descontentes e com receio de que esta quebra na sequência do evento possa comprometer a sua qualidade e, principalmente, a sua credibilidade perante os artistas do município, região e do país, visto que já se tornou conhecido a nível nacional e considerado um dos maiores festivais de canção inédita do Brasil.

Outro ponto questionado por alguns artistas emtrevistados pelo DS é sobre a devolução à Secretaria Estadual de Cultura dos R$ 20 mil. Entendem que poderia ter sido realizado um evento menor, para que o município não ficasse sem nada relacionado à musica.

Para a cantora Célly Silva, da dupla Sandro & Célly, é impossível concordar com o cancelamento do Tanfest. “Quando viajamos para participar de outros festivais, sempre nos perguntam sobre o Tanfest. Seu cancelamento acaba sendo uma forma de assinar a incompetência, por que Alta Floresta, por exemplo, produziu um festival com 29 mil reais, inclusive com alojamento. Falta pulso e vontade. O empresário tangaraense é solidário e participativo e, com certeza, teria colaborado para a realização do Tanfest”, afirma Celly.

A cláusula do Tanfest que proíbe nova participação do vencedor de dois festivais também é alvo da crítica de Celli. “É uma justificativa absurda, não tem nexo. Quando a gente abre uma janela, fecham as portas. Um exemplo claro é a Seleção Brasileira, se fosse assim, não poderia mais disputar a copa do mundo pois é penta-campeã, mas isso não significa que irá ganhar nas próximas edições”, questiona.

Embora ainda não possam participar do Tanfest, por não terem 16 anos, Diego & Júnior, disseram que “se a preocupação era com a qualidade do Tanfest, então que o recurso fosse utilizado para fazer, ao menos um festival de música, seria um momento oportuno para incentivar a cultura do município”. A dupla critica ainda a questão da idade dos participantes: “Os organizadores deveriam rever este quesito porque não é preciso chegar aos 16 anos para mostar talento”, destacam.

Para o radialista João Almeida, que sempre esteve envolvido em organização de pequenos festivais e do Tanfest, “é lamentável o cancelamento, principalmente por que esta seria a 10ª edição”. “Era um festival pequeno e foi crescendo aos poucos, ao ponto de ter concorrentes de todo o país. Cidades menores continuam promovendo festivais e o que falta para Tangará é representatividade política”, destaca. Almeida enfatiza que, ao quebrar a sequência a credibilidade do Tanfest fica comprometida, por que é um evento registrado e respeita o calendário nacional de festivais.

A dupla Yuri e Hiago, que também estaria impedida de participar desta edição do Tanfest por terem vencido duas vezes (regra com a qual também não concordam), defendem a realização do Tanfest. “É claro que se a qualidade ficasse comprometida para depois todos criticarem, não valeria a pena”, destacam. A dupla não concorda com o valor altíssimo em que foi programado o festival. Na opinião de Yuri e Hiago, o Tanfest deveria ser realizado apenas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) e pelo Departamento de Cultura, “o que o torna muito caro são as interferências de terceiros”, defendem.

Outra questão levantada pela dupla é com relação ao pagamento da premiação: “quando a dupla é de fora leva o prêmio integral, quando é da cidade os impostos são descontados”. A dupla sugere que o valor da premiação seja liquido. “Muitas questões no Tanfest necessitam ser revista, já que este ano não será realizado deveriam então promover algumas mudanças e planejar melhor o festival”, finalizam.





Fonte: 24 HorasNews

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