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Politica Brasil
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 14:34

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O prefeito de Sinop, Nilson Leitão, participou hoje, da abertura da IV Semana de Eventos Econômicos que está sendo realizada pelo 5º semestre do curso de Ciências Econômicas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) de Sinop.

A temática do evento é levantar discussões de políticas públicas para amenizar os efeitos da crise, pois segundo o coordenador do Campus da Unemat, Almeri Carlos Bampi, o curso tem obrigação de buscar uma saída, seja ela a curto, médio ou longo prazos.

Por estar ocupando um cargo público nos últimos sete anos, Leitão foi convidado para falar sobre a administração municipal, como a crise está afetando a cidade e como está sendo tratada.

O prefeito procurou conscientizar os acadêmicos de que a crise não é com os outros e sim com todos. Para ele, a crise está sendo desencadeada por todo o país e Sinop, em específico, já passou por situações piores, como a BR 163, quando a comida só chegada no Município de avião e a energia a motor.

“O povo que veio para cá veio com vontade de crescer e bastou vir a 163 e a energia para a Cidade crescer. Economicamente, Sinop é hoje, a Cidade que mais cresceu nos últimos oito anos”, ponderou Leitão.

De forma mais prática e menos teórica, o prefeito procurou explicar as formas de arrecadação do Município e os percentuais a que são destinados. O prestador de serviço ou profissional liberal foi posto como principal contribuinte para a arrecadação municipal.

Outro ponto ressaltado foi a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e as dificuldades em que implica na má distribuição e aplicação dos recursos públicos.

Num plano geral, foi falado que a crise não é apenas por um motivo. Baseado na madeira e na flutuação do câmbio, a questão ambiental foi posta como motivo crônico e de empecilho por parte do Governo Federal e também do Estadual, o que tem refletindo, especificamente, na economia local.

Segundo Leitão, a baixa do dólar influenciou não apenas no setor madeireiro como também no agrícola. “Como grande parte da produção local de compensados e cerca de 90% da soja produzida no Mato Grosso é destinada à exportação, os reflexos da variação cambial são muito grotescos. Os contratos foram fechados com o dólar a R$2,60 e hoje estão sendo obrigados a serem cumpridos pelo valor de R$2,17”, explicou ele.

A questão de recursos captados para investimentos em melhorias e alternativa para driblar a crise também foi bastante explicada aos acadêmicos.

A Semana de Eventos Econômicos é realizada semestralmente pela Unemat com a intenção de discutir as crises, um problema que sempre aconteceu na economia. O evento contará com seminários e palestras e está previsto para ser encerrado na quarta-feira, 16.





Fonte: Da Assessoria

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