Repórter News - reporternews.com.br
Ciro acusa FHC de não possuir preocupação com a ética
O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) fez ontem um duro ataque ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a quem acusou de não ter "a mais remota preocupação ética", e afirmou que parte do Congresso quer se transformar em "delegacia de polícia" ao criar a CPI dos Correios.
"Quem acredita que o sr. FHC, tendo governado o Brasil como governou, tem a mais remota preocupação ética?", indagou Ciro ao criticar o que ele classificou como uma tentativa da oposição de dizer à sociedade que o atual é um governo igual aos outros.
"Não é. É diferente. Os que estão chafurdando na lama querem dizer que o PT é igual a eles. Esse é um governo nacional contra um governo entreguista, um governo ético contra um governo contemporizador com a ladroagem."
Ciro deu as declarações após café da manhã com a bancada do Nordeste na Câmara. Como argumento para suas críticas, o ministro listou quatro casos em que recursos públicos teriam sido malversados. "Só vou falar de bilhões", disse, enumerando depois a extinção da Sudam e Sudene (superintendências de desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste), o socorro aos bancos Marka e FonteCindam, o caso da compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda da reeleição e a privatização do sistema Telebras, todos os casos ocorridos durante a gestão tucana.
"Só posso dizer que, para proteger o governo, o ministro se tornou sócio da bandalheira. E, como é de sua tradição, usa de ofensas e difamações sem nenhum limite ético", respondeu o líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP).
Procurada ontem pela Folha, a assessoria de FHC não comentou as declarações do ministro.
Os ataques de Ciro aos tucanos se dá devido à crise política que resultou na criação da CPI dos Correios. Sobre a comissão especificamente, o ministro disse que estão tentando manipular o sentimento popular e que há duas coisas a ponderar.
A primeira: "A população está de saco cheio de notícia infame de ladroeira ser premiada com impunidade", afirmou, frisando que o governo tomou todas as medidas possíveis para investigar as denúncias em questão. "Todas as providências (...) foram tomadas, 100%; daí para frente é esquartejar, enforcar, mas isso não pode", afirmou, ressaltando que a imprensa deve tomar cuidado para não fazer linchamento de ninguém sem provas.
A segunda: "O país espera que o governo governe e o Parlamento vote. Como as coisas não estão propriamente assim, o que tem acontecido? O Executivo legisla, e o Legislativo quer virar delegacia de polícia, não o Legislativo, parte dele quer virar delegacia de polícia", afirmou Ciro, que acrescentou: "Essa é uma velha opinião. Quando setores do PT queriam fazer CPI e politizar tudo quanto era escândalo no governo FHC, fui contra também".
Sudam
Ciro voltou a dizer também que não pretende reerguer Sudam e Sudene caso o Congresso não direcione recursos para as duas superintendências. "Eu, como o componente Executivo, me recuso a participar da farsa. Porque uma repartição "desenergizada" eu já tenho [Adene], criar mais uma para quê?", questionou.
Ciro defende que os recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional sejam direcionados para as superintendências e não para o caixa dos governos estaduais. O Congresso tende a escolher a segunda opção.
"Quem acredita que o sr. FHC, tendo governado o Brasil como governou, tem a mais remota preocupação ética?", indagou Ciro ao criticar o que ele classificou como uma tentativa da oposição de dizer à sociedade que o atual é um governo igual aos outros.
"Não é. É diferente. Os que estão chafurdando na lama querem dizer que o PT é igual a eles. Esse é um governo nacional contra um governo entreguista, um governo ético contra um governo contemporizador com a ladroagem."
Ciro deu as declarações após café da manhã com a bancada do Nordeste na Câmara. Como argumento para suas críticas, o ministro listou quatro casos em que recursos públicos teriam sido malversados. "Só vou falar de bilhões", disse, enumerando depois a extinção da Sudam e Sudene (superintendências de desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste), o socorro aos bancos Marka e FonteCindam, o caso da compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda da reeleição e a privatização do sistema Telebras, todos os casos ocorridos durante a gestão tucana.
"Só posso dizer que, para proteger o governo, o ministro se tornou sócio da bandalheira. E, como é de sua tradição, usa de ofensas e difamações sem nenhum limite ético", respondeu o líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP).
Procurada ontem pela Folha, a assessoria de FHC não comentou as declarações do ministro.
Os ataques de Ciro aos tucanos se dá devido à crise política que resultou na criação da CPI dos Correios. Sobre a comissão especificamente, o ministro disse que estão tentando manipular o sentimento popular e que há duas coisas a ponderar.
A primeira: "A população está de saco cheio de notícia infame de ladroeira ser premiada com impunidade", afirmou, frisando que o governo tomou todas as medidas possíveis para investigar as denúncias em questão. "Todas as providências (...) foram tomadas, 100%; daí para frente é esquartejar, enforcar, mas isso não pode", afirmou, ressaltando que a imprensa deve tomar cuidado para não fazer linchamento de ninguém sem provas.
A segunda: "O país espera que o governo governe e o Parlamento vote. Como as coisas não estão propriamente assim, o que tem acontecido? O Executivo legisla, e o Legislativo quer virar delegacia de polícia, não o Legislativo, parte dele quer virar delegacia de polícia", afirmou Ciro, que acrescentou: "Essa é uma velha opinião. Quando setores do PT queriam fazer CPI e politizar tudo quanto era escândalo no governo FHC, fui contra também".
Sudam
Ciro voltou a dizer também que não pretende reerguer Sudam e Sudene caso o Congresso não direcione recursos para as duas superintendências. "Eu, como o componente Executivo, me recuso a participar da farsa. Porque uma repartição "desenergizada" eu já tenho [Adene], criar mais uma para quê?", questionou.
Ciro defende que os recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional sejam direcionados para as superintendências e não para o caixa dos governos estaduais. O Congresso tende a escolher a segunda opção.
Fonte:
24Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336508/visualizar/
Comentários