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Politica Brasil
Quinta - 02 de Junho de 2005 às 07:20
Por: Valéria Cristina da Silva

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A Prefeitura de Várzea Grande, entrando no sexto mês da administração Murilo Domingos (PPS), ainda não conseguiu fechar o balanço do primeiro quadrimestre do ano. A exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, que manda os gestores prestarem conta a cada quatro meses, em audiência pública na Câmara Municipal, só poderá ser cumprida em Várzea Grande daqui a uns 10 dias. A justificativa para o atraso é a "bomba" deixada pela gestão de Jaime Campos (PFL): a reforma do prédio da prefeitura.

Os transtornos causados pela obra não se limitam aos gastos com aluguel. Parte da morosidade no trabalho do staff de Murilo também pode ser creditado à construção, que tem se revelado um empecilho em alguns casos. Um exemplo disso é a Secretaria Municipal de Fazenda. Tirada de seu local de origem, que está quase que totalmente demolido, a pasta foi dividida em pedaços e se encontra hoje dividida em vários prédios. A tesouraria e o gabinete do secretário Toninho Domingos estão em um lugar, a contabilidade em outro e área tributária em outro. As instalações inadequadas não permitem o arquivamento correto de documentos e tudo é improvisado.

Nesse quadro caótico a Secretaria ainda não conseguiu concluir o fechamento dos números do quadrimestre. O tesoureiro da pasta, Rachid Mamed, reclama que além da situação complicada em que se encontram, a atual administração herdou uma prefeitura sem estrutura e os números não estavam em ordem. "Em Cuiabá o Wilson Santos pegou tudo certo, computado, aqui, quem está de fora não tem noção do transtorno", ressalta.

Mamed garante que a LRF será cumprida, pois a prefeitura tem satisfações a dar, mas isso só será possível em cerca de duas semanas. O tesoureiro conta que a Secretaria já enfrentou até pane nos computadores, por terem sido ligados onde o cabeamento não suportava. E a pasta ainda terá que ser mudada novamente, para que a obra no prédio em que está hoje seja concluída. "Será outro problema. São em torno de 11 mil documentos que terão que ser removidos novamente. É difícil trabalhar assim", lamenta o contador da Secretaria, José Augusto de Moraes.




Fonte: A Gazeta

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