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Mosaico comemora dez anos com novo espetáculo
A companhia Mosaico embarca hoje numa grande viagem ao mundo mágico do teatro com a Caravana da Ilusão. O grupo, com seus saltimbancos, poetas, cantores, mágicos e malabaristas, aporta no teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), às 20h, para uma série de apresentações que marcam as comemorações pelos dez anos de estrada. É também uma celebração ao teatro brasileiro e mundial e seus grandes nomes de todos os tempos, adianta o ator e produtor cultural Sandro Lucose.
O Mosaico preparou uma superprodução para comemorar a difícil mas coroada de êxitos trajetória de dez anos. E nada melhor que estrear um novo espetáculo, mostrando que está em franca atividade e com a criatividade à flor da pele. Lucose, que é o fundador da companhia, considera este um passo maior do que o Mosaico está acostumado a dar e acredita que o público vai notar isso logo num primeiro momento. É, na realidade, o resultado de dez anos de amadurecimento da idéia, diz.
O que os espectadores verão, no entanto, é um pouco diferente da peça Caravana da Ilusão, do escritor Alcione Araújo. Lucose pediu licença a essa importante figura do teatro brasileiro para acrescentar suas próprias idéias, compilar vários outros autores e criar uma grande homenagem ao teatro nacional e mundial. Muitos dos fazedores da história dessa arte estarão lá. O espetáculo começa como uma evocação dessas figuras que não estão mais presentes. Mas sem perder o caráter da festa, o caráter mambembe, festivo, alerta. Do teatro clássico ao contemporâneo, várias figuras são lembradas. Todos os loucos que nos legaram o direito sagrado do delírio, reproduz, lembrando de uma das frases do espetáculo.
Lucose explica que a primeira parte do roteiro é dele e a segunda é de Araújo. Em resumo, o texto conta a história de uma companhia de teatro mambembe que viaja pelos rincões do país, em busca de levar arte por toda parte. Para dar vida aos personagens dessa caravana, a companhia partiu das muitas experiências vividas em temporadas e turnês pelo país.
Tem palhaço, tem vedetes, tem cantora internacional e tem até animal selvagem domesticado. E para carregar toda essa trupe, um carro entrará em cena, uma Rural Willys ano 66, que recebe o nome de Maria Taquara, homenagem à emblemática personagem das ruas de Cuiabá. O veículo servirá de palco para as atrações extraordinárias vindas dos mais diferentes lugares do Brasil e do mundo. De acordo com Lucose, o espetáculo começa fora do teatro, com o público à espera da chegada da caravana. Os espectadores não são só meros observadores, são arrastados pelos atores para dentro do teatro.
Quem vai à frente dessa companhia é o Sr. Frazão (Joilson Francisco Francon), que encontra pelo caminho muitos que querem integrar o bando: Laudelina (Daniele Bertoni); a garota obstinada a ser atriz e sua espalhafatosa madrinha, dona Rita (Josimar Miranda); o dramaturgo Antônio Ramos (Celso Gayoso); o músico Antônio Nóbrega (Rosano Mauro); a cantora internacional Apolônia Pinto (Michelly Thomaz); o palhaço Celofane (Hélio Taques); e a zebra adestrada, Bárbara Heliodora.
Embora a ilusão do teatro tenha sua dura realidade, nem mesmo a morte do grande Bufão, pai e líder do grupo, é capaz de colocar por terra os anseios da trupe. A "partida" do pai é celebrada com dignos ritos teatrais. E aos seus filhos Bufo (Joilson Francisco Francon), Lorde (Sandro Lucose), Bela (Daniela Leirre) e o músico Roto (Celso Gayoso) é legado o comprometimento de manter as tradições de tempos imemoriais. A chegada da cigana Ziga (Josimar Miranda) muda o sentido da vida desses personagens. Descritos pelo autor Alcione Araújo (de Em Nome do Pai e Deixa que eu te ame) que também foram inspirados nas figuras esquálidas pintadas por Pablo Picasso.
Com trilha sonora composta exclusivamente para o espetáculo, os atores-cantores soltam a voz neste espetáculo repleto de brasilidade, marca registrada da Companhia Teatro Mosaico. O figurino também é destaque. Foram concebidos e confeccionados pelo sul-mato-grossense Pedro Lacerda, figurinista do seriado infantil Sítio do Pica-pau Amarelo, e que já assinou todos os figurinos do Teatro Mosaico. A indumentária dos personagens foi minuciosamente desenhada utilizando elementos da realidade regional.
Caravana da Ilusão é o resultado de dez anos de amadurecimento da companhia. Desde o primeiro contato com o texto até sua concepção e realização foi necessário uma década para que o projeto acontecesse, observa Lucose. Além de dar os créditos ao Mosaico, o ator ressalta que isso tudo não seria possível sem o apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Cemat. A empresa havia terminado a triagem dos projetos a serem contemplados, mas abriu uma exceção, entendeu a brevidade da empreitada, acrescenta. Ele lembra ainda que este foi um dos últimos projetos aprovados através desse mecanismo - hoje os projetos são viabilizados através do Fundo Estadual de Fomento à Cultura.
O Teatro Mosaico foi fundado em 1995 pelo ator e produtor cultural mato-grossense Sandro Lucose quando ainda estudava artes cênicas na Escola de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro. Era formado por atores, diretores e técnicos advindos de diversas regiões do país, e que constituíram uma associação sem fins lucrativos, cuja finalidade era a criação de um campo de trabalho. A iniciativa, apesar das dificuldades, se mostrou um tiro certo, tendo obtido prêmios e reconhecimento em importantes eventos da área teatral. Agora, com sede em Cuiabá, o Teatro Mosaico está a todo vapor constituído exclusivamente por artistas mato-grossenses e mantém a mesma estrutura organizacional como em seu princípio, sendo uma Associação Cultural formada somente por artistas do Estado de Mato Grosso.
Serviço - O espetáculo A Caravana da Ilusão, com a Companhia Teatro Mosaico, será apresentado de hoje até domingo (dia 5), no Teatro Universitário, sempre às 20 horas. Ingressos: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Em seguida, vai para o teatro do Sesc Arsenal, onde fica em cartaz de 9 a 12 de junho, sempre às 19h30.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 615-8374 e 8401-3626.
O Mosaico preparou uma superprodução para comemorar a difícil mas coroada de êxitos trajetória de dez anos. E nada melhor que estrear um novo espetáculo, mostrando que está em franca atividade e com a criatividade à flor da pele. Lucose, que é o fundador da companhia, considera este um passo maior do que o Mosaico está acostumado a dar e acredita que o público vai notar isso logo num primeiro momento. É, na realidade, o resultado de dez anos de amadurecimento da idéia, diz.
O que os espectadores verão, no entanto, é um pouco diferente da peça Caravana da Ilusão, do escritor Alcione Araújo. Lucose pediu licença a essa importante figura do teatro brasileiro para acrescentar suas próprias idéias, compilar vários outros autores e criar uma grande homenagem ao teatro nacional e mundial. Muitos dos fazedores da história dessa arte estarão lá. O espetáculo começa como uma evocação dessas figuras que não estão mais presentes. Mas sem perder o caráter da festa, o caráter mambembe, festivo, alerta. Do teatro clássico ao contemporâneo, várias figuras são lembradas. Todos os loucos que nos legaram o direito sagrado do delírio, reproduz, lembrando de uma das frases do espetáculo.
Lucose explica que a primeira parte do roteiro é dele e a segunda é de Araújo. Em resumo, o texto conta a história de uma companhia de teatro mambembe que viaja pelos rincões do país, em busca de levar arte por toda parte. Para dar vida aos personagens dessa caravana, a companhia partiu das muitas experiências vividas em temporadas e turnês pelo país.
Tem palhaço, tem vedetes, tem cantora internacional e tem até animal selvagem domesticado. E para carregar toda essa trupe, um carro entrará em cena, uma Rural Willys ano 66, que recebe o nome de Maria Taquara, homenagem à emblemática personagem das ruas de Cuiabá. O veículo servirá de palco para as atrações extraordinárias vindas dos mais diferentes lugares do Brasil e do mundo. De acordo com Lucose, o espetáculo começa fora do teatro, com o público à espera da chegada da caravana. Os espectadores não são só meros observadores, são arrastados pelos atores para dentro do teatro.
Quem vai à frente dessa companhia é o Sr. Frazão (Joilson Francisco Francon), que encontra pelo caminho muitos que querem integrar o bando: Laudelina (Daniele Bertoni); a garota obstinada a ser atriz e sua espalhafatosa madrinha, dona Rita (Josimar Miranda); o dramaturgo Antônio Ramos (Celso Gayoso); o músico Antônio Nóbrega (Rosano Mauro); a cantora internacional Apolônia Pinto (Michelly Thomaz); o palhaço Celofane (Hélio Taques); e a zebra adestrada, Bárbara Heliodora.
Embora a ilusão do teatro tenha sua dura realidade, nem mesmo a morte do grande Bufão, pai e líder do grupo, é capaz de colocar por terra os anseios da trupe. A "partida" do pai é celebrada com dignos ritos teatrais. E aos seus filhos Bufo (Joilson Francisco Francon), Lorde (Sandro Lucose), Bela (Daniela Leirre) e o músico Roto (Celso Gayoso) é legado o comprometimento de manter as tradições de tempos imemoriais. A chegada da cigana Ziga (Josimar Miranda) muda o sentido da vida desses personagens. Descritos pelo autor Alcione Araújo (de Em Nome do Pai e Deixa que eu te ame) que também foram inspirados nas figuras esquálidas pintadas por Pablo Picasso.
Com trilha sonora composta exclusivamente para o espetáculo, os atores-cantores soltam a voz neste espetáculo repleto de brasilidade, marca registrada da Companhia Teatro Mosaico. O figurino também é destaque. Foram concebidos e confeccionados pelo sul-mato-grossense Pedro Lacerda, figurinista do seriado infantil Sítio do Pica-pau Amarelo, e que já assinou todos os figurinos do Teatro Mosaico. A indumentária dos personagens foi minuciosamente desenhada utilizando elementos da realidade regional.
Caravana da Ilusão é o resultado de dez anos de amadurecimento da companhia. Desde o primeiro contato com o texto até sua concepção e realização foi necessário uma década para que o projeto acontecesse, observa Lucose. Além de dar os créditos ao Mosaico, o ator ressalta que isso tudo não seria possível sem o apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Cemat. A empresa havia terminado a triagem dos projetos a serem contemplados, mas abriu uma exceção, entendeu a brevidade da empreitada, acrescenta. Ele lembra ainda que este foi um dos últimos projetos aprovados através desse mecanismo - hoje os projetos são viabilizados através do Fundo Estadual de Fomento à Cultura.
O Teatro Mosaico foi fundado em 1995 pelo ator e produtor cultural mato-grossense Sandro Lucose quando ainda estudava artes cênicas na Escola de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro. Era formado por atores, diretores e técnicos advindos de diversas regiões do país, e que constituíram uma associação sem fins lucrativos, cuja finalidade era a criação de um campo de trabalho. A iniciativa, apesar das dificuldades, se mostrou um tiro certo, tendo obtido prêmios e reconhecimento em importantes eventos da área teatral. Agora, com sede em Cuiabá, o Teatro Mosaico está a todo vapor constituído exclusivamente por artistas mato-grossenses e mantém a mesma estrutura organizacional como em seu princípio, sendo uma Associação Cultural formada somente por artistas do Estado de Mato Grosso.
Serviço - O espetáculo A Caravana da Ilusão, com a Companhia Teatro Mosaico, será apresentado de hoje até domingo (dia 5), no Teatro Universitário, sempre às 20 horas. Ingressos: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Em seguida, vai para o teatro do Sesc Arsenal, onde fica em cartaz de 9 a 12 de junho, sempre às 19h30.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 615-8374 e 8401-3626.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336602/visualizar/
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