Seduc expõe trabalhos do 3º Grau Indígena

Os servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) conhecerão, na semana que vem (entre os dias 6 e 10), um pouco mais das culturas indígenas. Eles irão conferir a 2ª Mostra do 3º Grau Indígena, Memória e Identidade, que estará no saguão da sede da secretaria.

Com o evento os servidores da sede da secretaria, além do público externo, terão acesso aos trabalhos culturais, como pesquisas, mapas detalhados de terras indígenas, peças de cerâmica, cestas e bijuterias, entre outros. “Ao desenvolver estes projetos, pretendemos que toda a população conheça um pouco mais sobre o projeto e quais as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos”, frisou Selleri

Todo o conteúdo da mostra é resultado das atividades acadêmicas desenvolvidas pelos alunos do Projeto 3º Grau Indígena, que é oferecido pela Seduc, em parceria com a Universidade de Mato Grosso (Unemat/Barra do Bugres), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Prefeitura Municipal de Barra do Bugres.

O coordenador adjunto do projeto, Fernando Selleri, explica que a 2ª mostra será itinerante para que toda à sociedade possa entender o que é o projeto e sua importância no respeito à diversidade cultural. De acordo com ele, a exposição já esteve na Barra do Bugres, vem a Cuiabá e percorrerá diversos municípios matogrossenses, entre eles: Tangará da Serra, Cáceres, Sinop, Alta Floresta, Ponte e Lacerda, Nova Xavantina, Luciara, Colíder e Alta Araguaia.

“A turma com 200 acadêmicos, que iniciou o curso em 2001, encerra a primeira etapa este ano e, por este motivo, decidimos realizar a mostra para divulgar todas as atividades que desenvolveram durante este período. É uma maneira de valorizar a dedicação que tiveram na execução das tarefas pedidas pelos professores”, destacou Selleri.

O coordenador explica ainda, que para promover a educação indígena nas 109 aldeias existentes no Estado, o 3º Grau Indígena possui alguns aspectos que o diferencia dos demais cursos superiores. Isso porque a Universidade e a Seduc tiveram o cuidado de desenvolver uma proposta pedagógica discutida entre os próprios indígenas, com um conteúdo diferenciado, e de forma semi-presencial, nos meses de janeiro e julho. No restante do ano, eles praticam atividades (pesquisas, estágio, entre outros) na própria aldeia, com a orientação de dois professores e um técnico da Funai.

O Projeto 3º Grau Indígena foi implantado em 2001 para promover a formação superior dos professores indígenas nas seguintes licenciaturas: Língua, Artes e Literatura; Ciências Matemáticas e da Natureza e Ciências Sociais. Atualmente, existem 300 acadêmicos, dos quais, 200 formam no próximo ano e o restante (100), somente em 2009.