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Politica Brasil
Terça - 31 de Maio de 2005 às 07:20
Por: Romilson Dourado

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Numa reação dura às declarações do trator do governo Blairo Maggi, Luiz Antônio Pagot (PPS), que apontou falhas e criticou desempenho das áreas do ambiente e turismo, o secretário especial de Meio Ambiente, ex-deputado Moacir Pires (PFL), disse ontem que o seu colega que comanda a pasta de Infra-estrutura deveria se preocupar mais em cuidar das estradas, que em muitas regiões estão abandonadas.

Pires revela ser vítima de "fogo amigo". Pondera que não pode ser culpado sozinho pelo aumento do índice de desmatamento em Mato Grosso. Enfatiza que as ações para impedir o desmate ilegal devem ser conjuntas, envolvendo os governos estadual e federal. "Agora que houve aumento do desmatamento a culpa é só minha? Só a Fema e o Ibama não dão conta. A culpa é de todos e o trabalho deve ser conjunto, inclusive com participação do Exército", comentou o presidente da Fema, ao alertar que na região de Colniza há conflitos em terras indígenas pela extração ilegal de madeira.

Números revelam que a Amazônia teve no período de 2003-2004 a segunda maior taxa de desmatamento da história. Foram perdidos 26,1 mil km2 de floresta. Metade da devastação é atribuída aos territórios de Mato Grosso e Pará, o que provocou repercussão internacional e troca de farpas entre o governador Blairo Maggi e a ministra Marina Silva (Meio Ambiente).

Pires nega que tenha atuação pífia e devolve as críticas a Pagot. Diz que, na condição de ex-deputado, vem recebendo várias reclamações de lideranças do interior sobre as péssimas condições das rodovias estaduais. Assegura que quando recebe pleitos e/ou reclamações referentes a Pagot o faz pessoalmente, num contato direto. "Todas críticas que recebo sobre o Pagot, trato diretamente a ele e olha que não são poucas. Acho que ele (Pagot) deveria fazer o mesmo", cobrou Pires, num protesto público aos comentários do secretário de Infra-estrutura que, em entrevista para A Gazeta, disse que o governo Maggi é falho no meio ambiente.

De acordo com Pires, Pagot deveria reavaliar a postura para não provocar conflitos no governo e distanciar aliados políticos. Recorda que o secretário de Infra-estrutura e membro da executiva do PPS se envolveu nas discussões sobre disputa pela Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá e acabou sendo derrotado, com a eleição de Chica Nunes (PSDB). "É por isso que as ações políticas não dão certo e estão essa bagunça", comentou Pires, para em seguida, disparar: "Se ele (Pagot) quer ajudar ou criticar, que venha aqui (na Fema) e não expor as coisas na imprensa".




Fonte: A Gazeta

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