Repórter News - reporternews.com.br
Fechar alianças para PPS pode significar a perda do poder
Por incrível que pareça, o grande impasse entre a base do PPS e as lideranças do PP e PFL para reedição da coligação vitoriosa que elegeu Blairo Maggi governador em 2002 não está na questão da reeleição mas, sim, na sucessão de Maggi em 2010.
A leitura política do momento é essa. Não se fala em outra coisa nos bastidores. Por uma questão natural e para manter unidas as principais forças políticas do Estado na atualidade, Blairo Maggi levaria a base socialista a aceitar uma composição forte na chapa majoritária que vai disputar a reeleição, tendo como candidato a vice-governador o ex-prefeito de Várzea Grande, Jayme Campos, e na disputa pela única vaga ao Senado, o deputado federal Pedro Henry, presidentes do PFL e PP, respectivamente.
Essa possibilidade, no entanto, não passa de teoria, já que, na prática, segundo alguns líderes dos dois partidos, está longe de ter aceitação não só do próprio Blairo Maggi, como de resto do PPS que não vê continuidade do projeto de governo elaborado pela cúpula socialista.
Jayme Campos, na condição de vice-governador, seria o candidato natural à sucessão do governador e ainda teria a chance de ficar pelo menos oito meses como titular do cargo, no caso da consolidação da candidatura de Blairo Maggi à presidência da República, em 2010, como já foi aventado pelo próprio Maggi em encontro nacional do PPS; e, assim, sedimentar sua candidatura ao governo.
Caso o PFL opte por ficar fora da aliança, o deputado federal Pedro Henry passaria, se eleito senador, a ser a bola da vez e estaria cada vez mais próximo de ser então o candidato a governador. Além do que, entraria a cavalheiro na disputa naquele ano, não tendo nada a perder, já que estaria na metade do seu mandato no Senado. Vale lembrar que tudo isso são hipóteses, pura conjectura, mas que não podem ser descartadas. Uma vez que representam hoje o principal foco das discussões políticas de bastidores.
Visão interna
Porém, dentro do PPS, essas possibilidades são plenamente descartadas e há, inclusive, quem aponte para uma remota possibilidade do partido tentar eleger o atual secretário Otaviano Pivetta ao Senado. Ele (Pivetta) estaria dentro do perfil que o grupo de Blairo Maggi estaria buscando para assumir a candidatura à sucessão em 2010. No entanto, tudo isso esbarra numa questão muito importante: sustentação política. O PPS não tem base nem representatividade suficientes para bancar sozinho uma candidatura majoritária. Nem mesmo o elevado índice de aceitação do governo Maggi seria suficiente para garantir a reeleição em 2006 e a consolidação de um projeto político como o que se busca.
“Nós, mesmo com a liderança que exercemos e com a densidade político-eleitoral que possuímos, estamos nos oferecendo ao governador Blairo Maggi e ainda não conseguimos saber se ele (Maggi) nos quer ou não como aliados, afinal, não somos ‘arianos’, disse uma importante figura política, comparando o grupo do governador que defende ‘chapa pura’ aos alemães, que falavam em criar uma ‘raça pura’ durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
A leitura política do momento é essa. Não se fala em outra coisa nos bastidores. Por uma questão natural e para manter unidas as principais forças políticas do Estado na atualidade, Blairo Maggi levaria a base socialista a aceitar uma composição forte na chapa majoritária que vai disputar a reeleição, tendo como candidato a vice-governador o ex-prefeito de Várzea Grande, Jayme Campos, e na disputa pela única vaga ao Senado, o deputado federal Pedro Henry, presidentes do PFL e PP, respectivamente.
Essa possibilidade, no entanto, não passa de teoria, já que, na prática, segundo alguns líderes dos dois partidos, está longe de ter aceitação não só do próprio Blairo Maggi, como de resto do PPS que não vê continuidade do projeto de governo elaborado pela cúpula socialista.
Jayme Campos, na condição de vice-governador, seria o candidato natural à sucessão do governador e ainda teria a chance de ficar pelo menos oito meses como titular do cargo, no caso da consolidação da candidatura de Blairo Maggi à presidência da República, em 2010, como já foi aventado pelo próprio Maggi em encontro nacional do PPS; e, assim, sedimentar sua candidatura ao governo.
Caso o PFL opte por ficar fora da aliança, o deputado federal Pedro Henry passaria, se eleito senador, a ser a bola da vez e estaria cada vez mais próximo de ser então o candidato a governador. Além do que, entraria a cavalheiro na disputa naquele ano, não tendo nada a perder, já que estaria na metade do seu mandato no Senado. Vale lembrar que tudo isso são hipóteses, pura conjectura, mas que não podem ser descartadas. Uma vez que representam hoje o principal foco das discussões políticas de bastidores.
Visão interna
Porém, dentro do PPS, essas possibilidades são plenamente descartadas e há, inclusive, quem aponte para uma remota possibilidade do partido tentar eleger o atual secretário Otaviano Pivetta ao Senado. Ele (Pivetta) estaria dentro do perfil que o grupo de Blairo Maggi estaria buscando para assumir a candidatura à sucessão em 2010. No entanto, tudo isso esbarra numa questão muito importante: sustentação política. O PPS não tem base nem representatividade suficientes para bancar sozinho uma candidatura majoritária. Nem mesmo o elevado índice de aceitação do governo Maggi seria suficiente para garantir a reeleição em 2006 e a consolidação de um projeto político como o que se busca.
“Nós, mesmo com a liderança que exercemos e com a densidade político-eleitoral que possuímos, estamos nos oferecendo ao governador Blairo Maggi e ainda não conseguimos saber se ele (Maggi) nos quer ou não como aliados, afinal, não somos ‘arianos’, disse uma importante figura política, comparando o grupo do governador que defende ‘chapa pura’ aos alemães, que falavam em criar uma ‘raça pura’ durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/337418/visualizar/
Comentários