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Nacional
Segunda - 30 de Maio de 2005 às 01:32
Por: Denise Madueño/João Domingos

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Brasília - O governo desistiu de melar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Mas vai tentar fazer com que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara delimite seu raio de atuação, por considerar que o requerimento feito pelas oposições para abri-la é muito vago e daria margem para outros órgãos públicos e estatais viessem a ser investigados pela CPI.

Na primeira sessão que a CCJ fizer, nesta semana, os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP), Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e Sigmaringa Seixas (PT-DF) vão pedir a inversão da pauta para que seja votado recurso do deputado João Leão (PL-BA) contra decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de fazer a leitura do documento do documento de convocação da CPI.

Leão sustentou que não havia fato determinado para as investigações, como estabelece a Constituição. Renan julgou que havia. Feito o recurso, ele foi encaminhado à CCJ, mas está atrás de outros 270, que aguardam parecer.

Portanto, sem a inversão da pauta, não será possível aos integrantes da CCJ verificar o recurso de Leão.

Pelos planos do governo, a CCJ da Câmara deverá dizer que a CPI vai investigar a ocorrência de irregularidades nos Correios, conforme mostrou fita de vídeo em que o então diretor de Contratação e Administração da estatal, Maurício Marinho, aparece embolsando R$ 3 mil, supostamente para facilitar contratos com a empresa. Com isso, as investigações ficariam restritas aos Correios.

De acordo com assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a intenção é deixar a CPI seguir seu curso normal, mas sob controle do governo e dos partidos aliados.




Fonte: Agência Estado

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