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Templos da Comunidade
O freqüentador dos shoppings centers de Cuiabá é adulto, de ambos o sexos, classe média e com nível médio de ensino. Este é o perfil levantado por pesquisa contratada pela Z8 Publicidade ao IPEC (Instituto de Pesquisas do Centro-Oeste), que ouviu 600 pessoas dentro dos três shoppings de Cuiabá, nos dias 29 e 30 de abril, sendo 200 em cada um deles.
Das 600 pessoas, 50.5% eram homens e 49.5% mulheres, sendo que a maioria predominante tinha entre 25 e 39 anos (59.8%). Já o perfil de renda dos freqüentadores é de pessoas com ganho mensal entre seis e 10 salários mínimos, que representaram 58% do total de entrevistados, mas com uma forte presença também da chamada classe média/alta, com ganhos acima de 11 e de 20 salários mínimos (28.5%).
Os freqüentadores também declararam em sua maioria ter uma freqüência de idas aos shoppings de até três vezes por semana. Trinta e um por cento vão de duas as três vezes por semana aos shoppings, e 28% declararam ir apenas uma vez na semana.
A cada ida ao shopping, 71% dos entrevistados declararam gastar em média até R$ 100,00, sendo que 36.33% disseram gastar até R$ 50,00, e outros 34.83% até R$ 100,00.
A pesquisa mostra que a percepção de shopping pela clientela não é a mesma de antigamente. Para a ampla maioria dos entrevistados, shopping center é um local de convivência, antes de ser um centro de compras.
Sessenta e dois por cento dos entrevistados declararam que vão ao shopping para passear (32.33%), se divertir (19.50%) e para encontrar pessoas (10.83%). Do total, 24.5% disseram que vão ao shopping para fazer compras.
Já quando a pergunta feita foi “o que mais o atrai em um shopping center”, a maioria (36.50%) respondeu que são as lojas, seguidas de cinema (28.67%), e as pessoas que freqüentam (8.50%).
De acordo com o levantamento, os fatores que mais pesam na decisão das pessoas na hora de ir ao shopping são a sua localização (46.50%), os cinemas (20.17%) e as ofertas de produtos (10.67%).
O perfil dos freqüentadores de cada um dos três shoppings de Cuiabá não difere no essencial, até pelo fato de 83.50% dos entrevistados terem declarado que conhecem os três concorrentes.
Depois de ver os números, conversei com o publicitário Geraldo Gonçalves, da Z8, e ele argumenta que a pesquisa atesta o no mundo publicitário vem sendo classificado como uma evolução do conceito de shopping center. Segundo Gonçalves, os shoppings nasceram como “Templos de Consumo”, evoluíram para “Templos de Convivência” e agora está eclodindo sua nova percepção pelas pessoas, a de “Templo da Comunidade”.
Significa que as pessoas não vão aos shoppings apenas para fazer compras, embora acabem fazendo na maioria das vezes. Elas os têm como espaços de convivência social, centro de serviços, e não consomem mais apenas produtos, mas sobretudo conceitos.
Para atender sua clientela, por sua vez, os shoppings precisam se inserir na sua realidade, interagir com sua comunidade, adentrar seu universo prático e simbólico, envolver-se com suas demandas, conhecer suas aspirações e necessidades, e estabelecer mais que relações comerciais, precisam construir relações humanas.
O que a pesquisa revela, no fundo, é que o mercado de varejo está sofrendo as influências de uma tendência geral e internacional que invoca o conceito de responsabilidade sócio-ambiental e cultural como valor econômico. A cada dia mais e mais empresas sentem a necessidade de agregar à sua marca, à sua imagem, conceitos que busquem uma identificação simbólica com sua clientela. Tanto faz se é um shopping center, uma fábrica de cigarros ou uma instituição pública. Comprometer-se com as aspirações do cliente é uma necessidade atual e improrrogável, sob pena de, por mais sólido e estável que seja o negócio, ele se dissolver no ar.
(*) KLEBER LIMA é jornalista e Consultor de Comunicação da KGM – SOLUÇÕES INSTITUCIONAIS. E-mails: kleberlima@terra.com.br e kgm_comunicacao@terra.com.br.
Das 600 pessoas, 50.5% eram homens e 49.5% mulheres, sendo que a maioria predominante tinha entre 25 e 39 anos (59.8%). Já o perfil de renda dos freqüentadores é de pessoas com ganho mensal entre seis e 10 salários mínimos, que representaram 58% do total de entrevistados, mas com uma forte presença também da chamada classe média/alta, com ganhos acima de 11 e de 20 salários mínimos (28.5%).
Os freqüentadores também declararam em sua maioria ter uma freqüência de idas aos shoppings de até três vezes por semana. Trinta e um por cento vão de duas as três vezes por semana aos shoppings, e 28% declararam ir apenas uma vez na semana.
A cada ida ao shopping, 71% dos entrevistados declararam gastar em média até R$ 100,00, sendo que 36.33% disseram gastar até R$ 50,00, e outros 34.83% até R$ 100,00.
A pesquisa mostra que a percepção de shopping pela clientela não é a mesma de antigamente. Para a ampla maioria dos entrevistados, shopping center é um local de convivência, antes de ser um centro de compras.
Sessenta e dois por cento dos entrevistados declararam que vão ao shopping para passear (32.33%), se divertir (19.50%) e para encontrar pessoas (10.83%). Do total, 24.5% disseram que vão ao shopping para fazer compras.
Já quando a pergunta feita foi “o que mais o atrai em um shopping center”, a maioria (36.50%) respondeu que são as lojas, seguidas de cinema (28.67%), e as pessoas que freqüentam (8.50%).
De acordo com o levantamento, os fatores que mais pesam na decisão das pessoas na hora de ir ao shopping são a sua localização (46.50%), os cinemas (20.17%) e as ofertas de produtos (10.67%).
O perfil dos freqüentadores de cada um dos três shoppings de Cuiabá não difere no essencial, até pelo fato de 83.50% dos entrevistados terem declarado que conhecem os três concorrentes.
Depois de ver os números, conversei com o publicitário Geraldo Gonçalves, da Z8, e ele argumenta que a pesquisa atesta o no mundo publicitário vem sendo classificado como uma evolução do conceito de shopping center. Segundo Gonçalves, os shoppings nasceram como “Templos de Consumo”, evoluíram para “Templos de Convivência” e agora está eclodindo sua nova percepção pelas pessoas, a de “Templo da Comunidade”.
Significa que as pessoas não vão aos shoppings apenas para fazer compras, embora acabem fazendo na maioria das vezes. Elas os têm como espaços de convivência social, centro de serviços, e não consomem mais apenas produtos, mas sobretudo conceitos.
Para atender sua clientela, por sua vez, os shoppings precisam se inserir na sua realidade, interagir com sua comunidade, adentrar seu universo prático e simbólico, envolver-se com suas demandas, conhecer suas aspirações e necessidades, e estabelecer mais que relações comerciais, precisam construir relações humanas.
O que a pesquisa revela, no fundo, é que o mercado de varejo está sofrendo as influências de uma tendência geral e internacional que invoca o conceito de responsabilidade sócio-ambiental e cultural como valor econômico. A cada dia mais e mais empresas sentem a necessidade de agregar à sua marca, à sua imagem, conceitos que busquem uma identificação simbólica com sua clientela. Tanto faz se é um shopping center, uma fábrica de cigarros ou uma instituição pública. Comprometer-se com as aspirações do cliente é uma necessidade atual e improrrogável, sob pena de, por mais sólido e estável que seja o negócio, ele se dissolver no ar.
(*) KLEBER LIMA é jornalista e Consultor de Comunicação da KGM – SOLUÇÕES INSTITUCIONAIS. E-mails: kleberlima@terra.com.br e kgm_comunicacao@terra.com.br.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/337685/visualizar/
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