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Deputado diz que CPMI dos Correios não existe
O deputado Carlito Merss (PT-SC) afirmou hoje que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios não existe. Segundo ele, o que existe é uma decisão política do PSDB e do PFL para tentar agredir o governo. "Sabem que este governo não rouba e não deixa roubar. O que eles querem é antecipar 2006. Se não tivesse nenhuma atitude do governo para investigar o caso eu seria o primeiro a pedir a CPI, mas isso não é verdadeiro. O que existe hoje é um jogo político destes partidos para antecipar as eleições e nos agredir", destacou.
De acordo com o deputado, a CPMI não tem um fato determinado, o que a transforma num instrumento político. "Esse foi um dos motivos pelos quais resolvemos não assinar o pedido. O governo não pode deixar que ela se torne um instrumento político."
O senador José Agripino (PFL-RN) disse em plenário que lamenta que o governo tente impedir o funcionamento da CPMI com o argumento de que não há um fato determinado. "A sociedade espera que o caso seja passado a limpo e os corruptos presos", disse.
Apesar das reuniões de bancada para retirar as assinaturas do pedido de CPMI, 14 deputados mantiveram sua posição a favor da instalação da comissão. Esta semana, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que estes parlamentares deveriam sofrer algum tipo de punição do partido. Para Carlito Merss, o governo já permitiu que a dissidência do PT prejudicasse muito o partido e ressaltou que os deputados que "não têm tido respeito com as decisões da bancada e agido de forma unilateral" devem rever onde querem ficar.
Já o senador Cristovam Buarque (PT-DF) afirmou que se os deputados forem punidos ele também merece ser. "Acredito que o fato tinha de ser apurado. Se era CPI ou Polícia Federal é uma questão política. Eu defendi que fosse a CPI, mas politicamente me submeti a uma decisão da bancada. Nós devemos agradecer aqueles que votaram pela CPI e são do PT. Se eles forem punidos eu me sentirei punido também. Não assinei porque a maioria disse que não assinasse, mas não tenho direito de ser protegido. Se eles forem punidos quero ser também. Entregarei meu cargo se for escolha da bancada."
Agripino disse que já assinou requerimento para autoconvocação do Congresso Nacional durante o recesso de julho, caso os líderes dos partidos que apóiam o governo demorem a indicar os membros da comissão. "A alternativa de não interromper os trabalhos em julho fará com que a CPI não perca seu ímpeto e passe a limpo a história da corrupção dos Correios." Agripino informou que, segundo o Regimento Comum do Congresso Nacional, os partidos majoritários na Câmara dos Deputados e no Senado Federal devem indicar os nomes para a presidência e para a relatoria das CPIs.
No Senado, disse, o bloco da minoria é majoritário e, portanto, a relatoria cabe a um senador desse bloco. Se o governo desconsiderar o regimento e indicar nomes para os dois cargos, salientou, estará "atropelando" o regimento e afrontando a opinião pública. "Vamos nos mobilizar para que o regimento seja respeitado e para que a CPI não seja de um lado só. Espero que essa CPI remova a corrupção e que não passe para a opinião pública o atestado de que somos lenientes, que concordamos com o rolo compressor que o governo quer passar por cima da sociedade", destacou.
De acordo com o deputado, a CPMI não tem um fato determinado, o que a transforma num instrumento político. "Esse foi um dos motivos pelos quais resolvemos não assinar o pedido. O governo não pode deixar que ela se torne um instrumento político."
O senador José Agripino (PFL-RN) disse em plenário que lamenta que o governo tente impedir o funcionamento da CPMI com o argumento de que não há um fato determinado. "A sociedade espera que o caso seja passado a limpo e os corruptos presos", disse.
Apesar das reuniões de bancada para retirar as assinaturas do pedido de CPMI, 14 deputados mantiveram sua posição a favor da instalação da comissão. Esta semana, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que estes parlamentares deveriam sofrer algum tipo de punição do partido. Para Carlito Merss, o governo já permitiu que a dissidência do PT prejudicasse muito o partido e ressaltou que os deputados que "não têm tido respeito com as decisões da bancada e agido de forma unilateral" devem rever onde querem ficar.
Já o senador Cristovam Buarque (PT-DF) afirmou que se os deputados forem punidos ele também merece ser. "Acredito que o fato tinha de ser apurado. Se era CPI ou Polícia Federal é uma questão política. Eu defendi que fosse a CPI, mas politicamente me submeti a uma decisão da bancada. Nós devemos agradecer aqueles que votaram pela CPI e são do PT. Se eles forem punidos eu me sentirei punido também. Não assinei porque a maioria disse que não assinasse, mas não tenho direito de ser protegido. Se eles forem punidos quero ser também. Entregarei meu cargo se for escolha da bancada."
Agripino disse que já assinou requerimento para autoconvocação do Congresso Nacional durante o recesso de julho, caso os líderes dos partidos que apóiam o governo demorem a indicar os membros da comissão. "A alternativa de não interromper os trabalhos em julho fará com que a CPI não perca seu ímpeto e passe a limpo a história da corrupção dos Correios." Agripino informou que, segundo o Regimento Comum do Congresso Nacional, os partidos majoritários na Câmara dos Deputados e no Senado Federal devem indicar os nomes para a presidência e para a relatoria das CPIs.
No Senado, disse, o bloco da minoria é majoritário e, portanto, a relatoria cabe a um senador desse bloco. Se o governo desconsiderar o regimento e indicar nomes para os dois cargos, salientou, estará "atropelando" o regimento e afrontando a opinião pública. "Vamos nos mobilizar para que o regimento seja respeitado e para que a CPI não seja de um lado só. Espero que essa CPI remova a corrupção e que não passe para a opinião pública o atestado de que somos lenientes, que concordamos com o rolo compressor que o governo quer passar por cima da sociedade", destacou.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/337741/visualizar/
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