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Politica Brasil
Sábado - 21 de Maio de 2005 às 09:52

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O primeiro Seminário de Prefeitos e Vice-Prefeitos do PMDB paulista, realizado ontem em Campos do Jordão (167 km a nordeste de São Paulo), acabou se transformando em palanque para o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, um dos pré-candidatos do partido à Presidência da República nas eleições de 2006.

Em discurso de cerca de uma hora durante o evento, Garotinho anunciou novamente sua candidatura ao Palácio do Planalto, fez uma série de ataques ao governo federal e acusou o PT de formar uma aliança com a Rede Globo e os banqueiros com o objetivo de tirá-lo da disputa presidencial.

"Eu não tenho a menor dúvida de que os bancos, a Globo e o PT estão preocupadíssimos com a possibilidade de eu ser candidato [a presidente]. Porque, como diz aquele comercial da Globo, a Globo, os bancos e o PT têm tudo a ver", disse ele, fazendo um trocadilho com a vinheta da emissora que diz "Globo e você, tudo a ver".

A Central Globo de Comunicação divulgou uma nota curta sobre as acusações de Garotinho. A Central Globo de Comunicação informou que é ""obrigação da TV Globo como de qualquer outro veículo de comunicação noticiar o que é de interesse público"

Procurados pela reportagem, o presidente nacional do PT, José Genoino, e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não quiseram comentar as declarações.

Além de Garotinho, participaram do seminário o presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o presidente do PMDB em São Paulo, Orestes Quércia, que teve o nome lançado para a disputa do governo do Estado. Dos 154 prefeitos e vice-prefeitos convidados, apenas 28 compareceram.

Garotinho voltou a acusar o PT e o Palácio do Planalto, seus "inimigos políticos", de estarem por trás da decisão proferida há uma semana pela Justiça Eleitoral do Rio que tornou ele e a mulher -a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB)- inelegíveis até 2007 sob a acusação de crime eleitoral durante a campanha para a prefeitura de Campos (RJ), base eleitoral do casal.

"Eu seria o único candidato em condições de vencer o Lula. Eu acho que deve ser preocupação do PT [a decisão da Justiça Eleitoral], né? Eu acho que, neste momento, eu incomodo a três setores que se consideram os donos do Brasil: os bancos, as Organizações Globo e o PT."

O ex-governador disse que "não há nenhum risco, nenhum perigo" de a sentença tirá-lo da disputa para a presidência. "A sentença só tem validade quando transitada em julgado em última instância. Ela ainda está na primeira. Já recorri e tenho confiança que venceremos", disse.

O ex-governador declarou ainda que Lula tem "medo" de enfrentá-lo na disputa eleitoral de 2006. Terminou defendendo a candidatura própria do PMDB para a Presidência da República e confirmou mais uma vez a sua pré-candidatura ao cargo pelo partido.

"Eu estou aí. Apresento o meu nome ao meu partido. Se o partido entender que o Rigotto deve ser o candidato, eu mergulho de cabeça, está ótimo. Se entender que o Requião [Roberto Requião, governador do Paraná] deve ser o candidato, eu mergulho de cabeça, está ótimo. Mas se entender que o candidato deve ser o Garotinho, se preparem. Vai ser um Garotinho contra o Golias, contra a trinca".





Fonte: 24 Horas News

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