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Politica Brasil
Sábado - 21 de Maio de 2005 às 09:39

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Uma festa ao luar na cobertura do navio "Cisne Branco" encerrou com chave de ouro na noite de sexta-feira a forte presença do cinema brasileiro no Festival de Cannes. Os sete músicos protagonistas de Brasileirinho tocaram durante o evento e fizeram centenas de pessoas dançar no suntuoso veleiro da Marina brasileira, ancorado em Port Canto, situado em um extremo do passeio marítimo da Croisette.

O documentário musical do finlandês Mika Kaurismaki, produzido por Bruno Stoppiana, foi exibido antes da festa no Mercado do Filme. O sucesso de vendas internacionais do longa-metragem, que estreou no último Festival de Berlim, animou seus idealizadores a preparar outro musical, sem limitá-lo desta vez a apenas um país.

O Brasil encerrou com esta festa em um barco legendário, visível de qualquer ponto da baía por sua iluminação branca e azul, uma presença muito ativa nas diversas mostras do festival.

Na mostra Um Certo Olhar, o País participou com dois filmes, um feito notável e ambos candidatos à Câmara de Ouro, reservada aos diretores estreantes: Cidade Baixa e Cinema, aspirina e urubus, sendo que o último foi apontado nas revistas americanas Screen e Variety como uma das revelações do festival.

A produtora do filme, Sara Silveira, lembrou com emoção o momento em que subiu a escada do festival e contava as vendas do longa dirigido por Marcelo Gomes, que também será exibido em países da Europa e Ásia.

O brasileiro Antônio Campos, que mora nos Estados Unidos, venceu com seu curta-metragem Buy it now, que representava a Tisch School de Nova York, o prêmio da Cinéfondation. Uma carreira que começa com as bençãos do Festival de Cannes.

As visitas de Pelé e do ministro da Cultura, Gilberto Gil marcaram esta edição do Festival. Os gols do melhor jogador de futebol da história foram exibidos na praia, no documentário Pelé Eterno, e voltaram a maravilhar os espectadores. O diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, torcedor declarado do Olympique de Lyon, homenageou o "atleta do século 20".

Em sua visita Pelé demonstrou uma paciência infinita. A uma senhora que se desculpava por pedir um autógrafo e uma foto tarde da noite, respondeu com um grande sorriso: "Não se preocupe, faço isso há muitos anos, todas as horas e todos os dias".

Gilberto Gil também pôde comprovar sua grande popularidade, secundado com discrição pelo secretário do Audiovisual brasileiro, Orlando Senna, que não perdeu os detalhes da organização do Mercado.

Muitos desejavam um encontro musical que não aconteceu entre o ministro Gil e o presidente do júri oficial, o cineasta sérvio Emir Kusturica, que tocou em uma festa com seu grupo de grupo de rock.

Também incansáveis foram profissionais como León Cakof, diretor da Motra de São Paulo, e Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio e correspondente de Cannes no Brasil, que protagonizou encontros no Mercado para divulgar a a situação e as possibilidades de seu país.

No ano do Brasil na França, o país se fez valer em Cannes com esta mescla de atividades profissionais e eventos, que também incluiu "happy hours" diárias para a degustação de caipirinhas.





Fonte: AFP

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