"Comendador" aguarda extradição para o Brasil

João Arcanjo Ribeiro está preso em Montevidéu (Uruguai) desde 11 de abril de 2003, quando foi capturado por policiais na mansão do bairro classe média alta de Carrasco, onde sua mulher Silvia Chirata mora atualmente. No Brasil ele responde a 16 processos criminais, tem uma condenação transitada em julgado (sem recurso) e outras duas das quais recorre. A análise do último recurso no processo em que Mato Grosso pede sua extradição é o evento mais aguardado por muitas autoridades.

O início da caça a Arcanjo se deu no dia 5 de dezembro de 2002. Com mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, a Polícia Federal apreendeu documentos e prendeu os coronéis reformados da Polícia Militar Gonçalo de Oliveira Costa Neto e Marcondes Tadeu Araújo Ramalho acusados de operar máquinas caça-níqueis. Eles acabaram sendo liberados em março do ano seguinte. Arcanjo não foi encontrado pelos policiais no dia da operação. Outros supostos membros da organização criminosa também foram presos ao longo das investigações. Alguns, como o ex-delegado Alair das Neves, aguarda a conclusão do processo em liberdade. Arcanjo, denunciado ainda como mandante dos assassinatos do vereador Valdir Pereira, do empresário Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudy, e do segurança José Jesus de Freitas. (DP)