Boa aprovação de Dilma passa ao largo do mensalão
Pela segunda vez consecutiva, o julgamento do mensalão foi a notícia mais associada ao governo Dilma Rousseff em pesquisa CNI/Ibope. O levantamento mostrou, porém, estabilidade na avaliação do governo, considerado ótimo ou bom por 62% dos entrevistados.
Segundo o levantamento do Ibope, feito nos dias 6 a 9 deste mês, 23% dos entrevistados citaram o julgamento do maior escândalo da era Lula ao enumerar as notícias mais lembradas sobre o governo Dilma - o caso tem tido grande destaque desde 2 de agosto, quando o julgamento começou. A seguir vieram o anúncio da redução das tarifas de energia elétrica (14%) e a Operação Porto Seguro (10%), da Polícia Federal, na qual foram detidos integrantes do governo acusados de participar de um esquema de compra e venda de pareceres técnicos.
Em setembro, data da pesquisa anterior do Ibope, 16% haviam citado o julgamento como principal notícia, e 11% a redução das tarifas de energia. O Ibope também detectou aumento na parcela da população que considera o noticiário recente mais negativo para o governo (de 14% em setembro para 18% em dezembro). Os que consideram que as notícias são mais favoráveis ao governo caíram de 29% para 24%.
O fato de quase um quarto da população associar o governo a um caso de corrupção não impediu que Dilma colhesse bons resultados na pesquisa. Os 62% que consideram o governo ótimo ou bom mantêm a avaliação positiva nos maiores níveis desde a posse da presidente, em 2011. Em março daquele ano, 56% dos entrevistados qualificavam a gestão como ótima ou boa.
O desempenho pessoal da presidente no comando do Poder Executivo também foi avaliado pelo Ibope. Questionados se aprovam ou desaprovam o modo de governar de Dilma, 78% manifestaram satisfação com a presidente. Há três meses, o índice de aprovação estava em 77%. Em outra pergunta da pesquisa mais recente, 73% disseram confiar em Dilma.
Apesar de seis em cada dez eleitores considerarem ótimo ou bom o governo como um todo, apenas três áreas de atuação foram aprovadas pela maioria dos entrevistados: combate à fome e à pobreza (62%), combate ao desemprego (56%) e meio ambiente (52%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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