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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 08:00
Por: Téo Meneses

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O pecuarista Aréssio Paquer pediu ontem exoneração da diretoria-financeira da Companhia de Saneamento do Estado (Sanemat). A decisão foi tomada poucas horas depois de receber um parecer da Procuradoria-geral do Estado, que detectou irregularidade no caso de Paquer acumular também desde 2003 a presidência da Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

Paquer poderá ser obrigado a devolver integralmente uma das remunerações. Ele aguarda uma nova ação do Ministério Público Estadual. Caso o ressarcimento seja obrigatório, o montante a ser devolvido se aproximará de R$ 130 mil porque o dirigente recebe desde o início do governo Blairo Maggi (PPS) R$ 4,6 mil por cada uma das duas funções, conforme já havia divulgado A Gazeta.

Paquer chegou a reunir assessores mais próximos na segunda-feira para discutir a decisão, comunicada ontem ao governador. Um substituto deve ser definido em breve, apesar de, por enquanto, não haverá citação de nomes nos bastidores. Em relação à devolução do dinheiro, o pecuarista garante não haver nenhuma determinação da PGE.

A promotora do Patrimônio Público em Cuiabá, Ana Luíza Ávila de Souza, já instaurou, porém, um procedimento para investigar o caso.

"Recebi a informação da PGE, que disse que é inconstitucional o acúmulo das duas funções comissionadas, e por isso entreguei o cargo ao governador. Mas em nenhum momento houve prejuízo ao poder público", afirmou ontem Paquer, que é um dos assessores mais próximos a Maggi. Ele compõe a chamada "turma da botina". O acúmulo dos cargos, no entanto, tem provocado reações por parte de aliados, que argumentam pouco espaço cedido aos correligionários de outras siglas. "Não trabalho só oito horas por dia. Chego a ficar 12 horas no governo. Acho que não será necessária a devolução do dinheiro porque não houve má fé".




Fonte: A Gazeta

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