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Os indígenas de Deuseni Félix
A artista plástica Deuseni Félix tem representado Mato Grosso em importantes eventos no país e no exterior, levando um pouco da variedade étnica que caracteriza a cultura do Estado. Ela participa, com outros 16 artistas portadores de deficiência, de uma exposição no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, e recentemente esteve nos Estados Unidos para uma conferência, onde falou sobre índios e mostrou suas telas.
Acertou inclusive uma volta para outubro. Além disso, é a responsável pela decoração das dependências de um hotel e de um restaurante em Cuiabá.
A exposição no Museu Histórico Nacional, intitulada De Mãos Dadas -Revisitando o Brasil, vai até o dia 29 de maio e mostra o trabalho de artistas plásticos portadores de deficiência de várias partes do país. Mato Grosso comparece com dois. Além de Deuseni, há também as pinturas do rondonopolitano Zé da Côca. Eles dividem espaço com os três importantes nomes das artes plásticas brasileiras homenageados pelo evento: o mineiro Aleijadinho, a paulista Anita Malfatti e o maranhense Nhozim. "Poder colocar trabalhos lado a lado com o de artistas como estes é uma honra", diz Deuseni.
Por meio de pinturas e esculturas feitas com mãos, pés e boca, o grupo, que tem deficientes motores e visuais, dá uma prova de que a arte é um grande instrumento de superação. O principal objetivo da coletiva é integrar deficientes e não-deficientes, divulgando e valorizando a arte produzida por eles. "Muitos de nós gastam anos na busca de um sentido para a vida. Ao compartilhar algumas horas da vida de cada um dos artistas, experimentei uma sensação de plenitude, recebendo valiosas lições de superação de obstáculos e de perseverança", diz a curadora da exposição, Jacqueline Finkelstein, do Museu Internacional de Arte Naïf.
Para essa coletiva, Deuseni Félix selecionou trabalhos que fazem parte de sua pesquisa pictórica sobre grupos afro-descendentes e povos indígenas. Já Zé Côca, colorista por excelência, mostrou seus desenhos caricatos e cheios de humor. Eles foram convidados por meio da ONG Very Special Arts do Brasil, que reúne pessoas portadoras de deficiências de todas as partes do país interessadas em promover e apoiar ações de inclusão social. Os outros participantes são Alberto Kai, André Luís Angelucci, Claudette Corpo, Evilásio Luís Cândido, Fernando Fernandes dos Reis, Gonçalo Borges, Jussara Cedro, Marta Ruffoni, Mateus Nogueira Gomes, Pituku Waiãpi, Robson Silva, Rodrigo Mendes, Sérgio Torretta e Simoni Garcia.
Mostrar sua arte fora de Mato Grosso já se tornou uma constante na vida de Deuseni. Ela esteve recentemente em Ohio, nos Estados Unidos, onde participou da da Ohio Latinamercanist Conference, no Center for Latin American Studies. Além de falar sobre os povos indígenas existentes em Mato Grosso, suas lendas, línguas e cultura, a pintora mostrou telas que retratam os povos indígenas e afro-descendentes. Deuseni conta que o convite partiu de uma professora mato-grossense que está há muitos anos nos Estados Unidos, Lúcia Helena Costigan.
A pintora explica que Lúcia já conhecia seu trabalho. Vinha sempre ao Brasil e a visitava, manifestando interesse em levar os quadros para aquele país. O resultado foi além do esperado. "Fui para ficar uma semana e fiquei 22 dias", diz a artista plástica. A curiosidade dos alunos em relação aos povos indígenas brasileiros era muito grande. O sucesso lhe rendeu um outro convite, desta vez para falar aos alunos da universidade de Cleveland, em 19 de outubro.
Decoração - As multicoloridas telas de Deuseni ganham ainda mais espaço em Cuiabá. O Intercity Hotel fez uma parceria com a artista, assim como o restaurante Pausa Nobre, que funciona em suas dependências. Dessa forma, a recepção, os corredores de todos os andares e o restaurante exibem diversos quadros da artista. Ela inclusive montou, a convite da proprietária do Pausa Nobre, uma lojinha onde são comercializados suvenires como artesanato típico mato-grossense e indígena. "Como Cuiabá é muito quente, o que nós estamos querendo fazer é que o cliente chegue e aqui mesmo possa levar uma lembrança do nosso Estado", explica.
Como costuma receber índios em sua casa, leva-os para conhecer o hotel e conhecer os hóspedes. Tanto uns quanto os outros ficam encantados, frisa. Deuseni considera o espaço muito interessante porque não atende só os hóspedes. Os moradores da cidade também podem desfrutar, já que o restaurante pode ser utilizado para festas de aniversário, casamento, reuniões de negócios.
Novos planos - Deuseni lembra que os quadros em exposição no hotel retratam índios e negros, mas garante que não ficará só nessas etnias. "Vou concluir essas duas etnias na Festa do Congo, em Vila Bela da Santíssima Trindade. Na realidade, minha idéia é fazer as quatro etnias: índios, negros, brancos e amarelos. Quero mostrar para as pessoas que a mistura étnica que existe no Brasil é fantástica. Acho difícil um Estado que tenha tanta riqueza em termos de cultura igual ao nosso. Nós somos o segundo Estado que mais tem índios, o primeiro é Amazonas", informa a artista.
Nascida em Itaberaí, em Goiás, e residente em Cuiabá já há muito tempo, Deuseni Félix é considerada hoje uma das principais representantes das artes plásticas mato-grossenses. Passou por vários estágios até chegar ao ponto em que está hoje, experimentando diversas técnicas. Participou de diversas mostras coletivas e individuais, entre elas, nas galeria Gazeta de Arte, Hotel Eldorado, Aeroporto Marechal Rondon. Também já expôs em Santos, São Paulo, Juiz de Fora, Goiás, Brasília, França e Portugal. Realiza com freqüência palestras e oficinas de desenho e pintura com pessoas portadoras de necessidades especiais.
Em 1999, foi agraciada com o troféu Maria Müller, dedicado às personalidades femininas de destaque na vida cultural Mato-grossense, por indicação da Associação Mato-grossense de Artistas Plásticos. Além das atividades artísticas, Deuseni é atleta (arco e flecha), tendo alcançado os índices suficientes para integrar a equipe brasileira de arco e flecha.
Acertou inclusive uma volta para outubro. Além disso, é a responsável pela decoração das dependências de um hotel e de um restaurante em Cuiabá.
A exposição no Museu Histórico Nacional, intitulada De Mãos Dadas -Revisitando o Brasil, vai até o dia 29 de maio e mostra o trabalho de artistas plásticos portadores de deficiência de várias partes do país. Mato Grosso comparece com dois. Além de Deuseni, há também as pinturas do rondonopolitano Zé da Côca. Eles dividem espaço com os três importantes nomes das artes plásticas brasileiras homenageados pelo evento: o mineiro Aleijadinho, a paulista Anita Malfatti e o maranhense Nhozim. "Poder colocar trabalhos lado a lado com o de artistas como estes é uma honra", diz Deuseni.
Por meio de pinturas e esculturas feitas com mãos, pés e boca, o grupo, que tem deficientes motores e visuais, dá uma prova de que a arte é um grande instrumento de superação. O principal objetivo da coletiva é integrar deficientes e não-deficientes, divulgando e valorizando a arte produzida por eles. "Muitos de nós gastam anos na busca de um sentido para a vida. Ao compartilhar algumas horas da vida de cada um dos artistas, experimentei uma sensação de plenitude, recebendo valiosas lições de superação de obstáculos e de perseverança", diz a curadora da exposição, Jacqueline Finkelstein, do Museu Internacional de Arte Naïf.
Para essa coletiva, Deuseni Félix selecionou trabalhos que fazem parte de sua pesquisa pictórica sobre grupos afro-descendentes e povos indígenas. Já Zé Côca, colorista por excelência, mostrou seus desenhos caricatos e cheios de humor. Eles foram convidados por meio da ONG Very Special Arts do Brasil, que reúne pessoas portadoras de deficiências de todas as partes do país interessadas em promover e apoiar ações de inclusão social. Os outros participantes são Alberto Kai, André Luís Angelucci, Claudette Corpo, Evilásio Luís Cândido, Fernando Fernandes dos Reis, Gonçalo Borges, Jussara Cedro, Marta Ruffoni, Mateus Nogueira Gomes, Pituku Waiãpi, Robson Silva, Rodrigo Mendes, Sérgio Torretta e Simoni Garcia.
Mostrar sua arte fora de Mato Grosso já se tornou uma constante na vida de Deuseni. Ela esteve recentemente em Ohio, nos Estados Unidos, onde participou da da Ohio Latinamercanist Conference, no Center for Latin American Studies. Além de falar sobre os povos indígenas existentes em Mato Grosso, suas lendas, línguas e cultura, a pintora mostrou telas que retratam os povos indígenas e afro-descendentes. Deuseni conta que o convite partiu de uma professora mato-grossense que está há muitos anos nos Estados Unidos, Lúcia Helena Costigan.
A pintora explica que Lúcia já conhecia seu trabalho. Vinha sempre ao Brasil e a visitava, manifestando interesse em levar os quadros para aquele país. O resultado foi além do esperado. "Fui para ficar uma semana e fiquei 22 dias", diz a artista plástica. A curiosidade dos alunos em relação aos povos indígenas brasileiros era muito grande. O sucesso lhe rendeu um outro convite, desta vez para falar aos alunos da universidade de Cleveland, em 19 de outubro.
Decoração - As multicoloridas telas de Deuseni ganham ainda mais espaço em Cuiabá. O Intercity Hotel fez uma parceria com a artista, assim como o restaurante Pausa Nobre, que funciona em suas dependências. Dessa forma, a recepção, os corredores de todos os andares e o restaurante exibem diversos quadros da artista. Ela inclusive montou, a convite da proprietária do Pausa Nobre, uma lojinha onde são comercializados suvenires como artesanato típico mato-grossense e indígena. "Como Cuiabá é muito quente, o que nós estamos querendo fazer é que o cliente chegue e aqui mesmo possa levar uma lembrança do nosso Estado", explica.
Como costuma receber índios em sua casa, leva-os para conhecer o hotel e conhecer os hóspedes. Tanto uns quanto os outros ficam encantados, frisa. Deuseni considera o espaço muito interessante porque não atende só os hóspedes. Os moradores da cidade também podem desfrutar, já que o restaurante pode ser utilizado para festas de aniversário, casamento, reuniões de negócios.
Novos planos - Deuseni lembra que os quadros em exposição no hotel retratam índios e negros, mas garante que não ficará só nessas etnias. "Vou concluir essas duas etnias na Festa do Congo, em Vila Bela da Santíssima Trindade. Na realidade, minha idéia é fazer as quatro etnias: índios, negros, brancos e amarelos. Quero mostrar para as pessoas que a mistura étnica que existe no Brasil é fantástica. Acho difícil um Estado que tenha tanta riqueza em termos de cultura igual ao nosso. Nós somos o segundo Estado que mais tem índios, o primeiro é Amazonas", informa a artista.
Nascida em Itaberaí, em Goiás, e residente em Cuiabá já há muito tempo, Deuseni Félix é considerada hoje uma das principais representantes das artes plásticas mato-grossenses. Passou por vários estágios até chegar ao ponto em que está hoje, experimentando diversas técnicas. Participou de diversas mostras coletivas e individuais, entre elas, nas galeria Gazeta de Arte, Hotel Eldorado, Aeroporto Marechal Rondon. Também já expôs em Santos, São Paulo, Juiz de Fora, Goiás, Brasília, França e Portugal. Realiza com freqüência palestras e oficinas de desenho e pintura com pessoas portadoras de necessidades especiais.
Em 1999, foi agraciada com o troféu Maria Müller, dedicado às personalidades femininas de destaque na vida cultural Mato-grossense, por indicação da Associação Mato-grossense de Artistas Plásticos. Além das atividades artísticas, Deuseni é atleta (arco e flecha), tendo alcançado os índices suficientes para integrar a equipe brasileira de arco e flecha.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339089/visualizar/
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