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Os crânios, mandíbulas e dentes de vários humanos modernos descobertos nas cavernas de Mladec, na região da Moravia, realmente pertenciam aos primeiros homens modernos que habitaram a Europa.
Desde o ano passado, um artigo científico havia colocado em suspeita a informação que era tratada como ponto pacífico há várias décadas. Um novo estudo, realizado por Eva Wild, do Instituto Vera (Vienna Environmental Research Accelerator), e colaboradores, mostra que os ossos têm, aproximadamente, 31 mil anos.
Os novos resultados estão nas páginas da revista Nature desta quinta-feira, no artigo Direct dating of Early Upper Palaeolithic human remains from Mladec, de Eva Mild, Maria Teschler-Nicola, Walter Kutschera, Peter Steier, Erik Trinkaus e Wolfgang Wanek. O trabalho de 2004 também está no mesmo periódico, no volume 430.
A importância dos fragmentos serem os mais antigos é bastante grande. Ter certeza disso significa também que aqueles homens conviveram com os neandertais. Ou melhor, provavelmente tiveram que competir com eles. Essas lutas ocorreram durante o chamado Período Aurignaciano, que vai de 36 mil anos antes do presente até os 29 mil anos.
A recolocação dos ossos dos homens modernos da Moravia como os mais antigos do continente europeu serve também para ratificar a importância da região tanto do ponto de vista arqueológico como da evolução humana.
Naquele lugar da Europa Central viveram os grupos que, muito provavelmente, tinham acabado de chegar da Ásia.
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