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Boom econômico reforça mercado de filmes em Cannes
Os negócios estão indo de vento em popa outra vez no mercado de filmes de Cannes, graças a uma retomada da demanda, à presença de novos compradores da América Latina, Ásia e África e também a uma ajuda da sorte vinda quando um mercado rival mudou sua programação.
O "Mercado do Cinema" de Cannes, onde produtores vendem os direitos de distribuição de seus filmes em países estrangeiros, acontece paralelamente ao Festival de Cinema.
O Mercado de Cannes já era o maior mercado mundial de filmes, mas tornou-se ainda mais importante este ano quando o Mercado Americano de Filmes (AFM), tradicionalmente realizado em fevereiro, foi transferido para novembro.
Com isso, os compradores e vendedores internacionais ficaram com uma janela de seis meses entre as duas principais feiras do setor, e a demanda contida explodiu.
"Todos os indicativos que estamos recebendo dos participantes do mercado são de que as condições em geral estão muito boas este ano", disse o diretor executivo do Mercado, Jerome Paillard.
"Não apenas o número de contratos subiu, mas também os valores das transações", acrescentou o francês. "Não há dúvida alguma de que o mercado de Cannes se beneficiou do fato de o AFM ter sido transferido para novembro."
Paillard disse que o número de profissionais cinematográficos registrados que compram e vendem seus produtos no mercado subiu 10 por cento, para cerca de 8.281, mas que poderia subir para 9.500 quando incluídos os participantes que chegaram após o início do evento.
A melhora das condições econômicas, especialmente em mercados que estiveram fracos nos últimos anos ¿ como Brasil, Argentina, Rússia e China ¿ está incentivando os ânimos, apesar de os participantes se queixarem do alto custo de se fazer negócios em Cannes.
Bob e Harvey Weinstein, de Hollywood, deram o tom no primeiro dia do mercado ao comprar os direitos para a América do Norte do filme Stormbreaker, que custou US$ 40 milhões, baseado numa série de livros sobre um superespião adolescente.
As revistas especializadas estão repletas de notícias sobre outros acordos multimilionários. "Este pode ser nosso melhor ano em Cannes", disse ao Variety o presidente da Summit Entertainment, Peter Wachsberger.
Mas nada é perfeito. O dólar fraco representa uma faca de dois gumes: enquanto os compradores europeus conseguem mais filmes americanos em troca de seus euros, os americanos acham caros os produtos estrangeiros, em termos de dólares.
Ao todo 3.507 filmes serão exibidos no mercado, onde profissionais de 80 países procuram produtos para seus países, financiamento, parcerias ou compradores estrangeiros.
Muitos não encontrarão compradores, mas os filmes bem recebidos estão sendo vendidos por bons preços, que dependem até certo ponto do tamanho e da força econômica dos países compradores.
Este ano, pela primeira vez, o mercado recebeu compradores de países como Jordânia, Cazaquistão, Macedônia, Vietnã, Senegal, Nigéria, Camarões e Costa do Marfim.
As autoridades de Cannes não revelam o valor total dos negócios fechados no mercado, mas observadores e publicações especializadas fazem estimativas que variam de 500 milhões a quase US$ 1 bilhão, incluindo contratos iniciados em Cannes e fechados posteriormente.
O Mercado de Cannes já era o maior mercado mundial de filmes, mas tornou-se ainda mais importante este ano quando o Mercado Americano de Filmes (AFM), tradicionalmente realizado em fevereiro, foi transferido para novembro.
Com isso, os compradores e vendedores internacionais ficaram com uma janela de seis meses entre as duas principais feiras do setor, e a demanda contida explodiu.
"Todos os indicativos que estamos recebendo dos participantes do mercado são de que as condições em geral estão muito boas este ano", disse o diretor executivo do Mercado, Jerome Paillard.
"Não apenas o número de contratos subiu, mas também os valores das transações", acrescentou o francês. "Não há dúvida alguma de que o mercado de Cannes se beneficiou do fato de o AFM ter sido transferido para novembro."
Paillard disse que o número de profissionais cinematográficos registrados que compram e vendem seus produtos no mercado subiu 10 por cento, para cerca de 8.281, mas que poderia subir para 9.500 quando incluídos os participantes que chegaram após o início do evento.
A melhora das condições econômicas, especialmente em mercados que estiveram fracos nos últimos anos ¿ como Brasil, Argentina, Rússia e China ¿ está incentivando os ânimos, apesar de os participantes se queixarem do alto custo de se fazer negócios em Cannes.
Bob e Harvey Weinstein, de Hollywood, deram o tom no primeiro dia do mercado ao comprar os direitos para a América do Norte do filme Stormbreaker, que custou US$ 40 milhões, baseado numa série de livros sobre um superespião adolescente.
As revistas especializadas estão repletas de notícias sobre outros acordos multimilionários. "Este pode ser nosso melhor ano em Cannes", disse ao Variety o presidente da Summit Entertainment, Peter Wachsberger.
Mas nada é perfeito. O dólar fraco representa uma faca de dois gumes: enquanto os compradores europeus conseguem mais filmes americanos em troca de seus euros, os americanos acham caros os produtos estrangeiros, em termos de dólares.
Ao todo 3.507 filmes serão exibidos no mercado, onde profissionais de 80 países procuram produtos para seus países, financiamento, parcerias ou compradores estrangeiros.
Muitos não encontrarão compradores, mas os filmes bem recebidos estão sendo vendidos por bons preços, que dependem até certo ponto do tamanho e da força econômica dos países compradores.
Este ano, pela primeira vez, o mercado recebeu compradores de países como Jordânia, Cazaquistão, Macedônia, Vietnã, Senegal, Nigéria, Camarões e Costa do Marfim.
As autoridades de Cannes não revelam o valor total dos negócios fechados no mercado, mas observadores e publicações especializadas fazem estimativas que variam de 500 milhões a quase US$ 1 bilhão, incluindo contratos iniciados em Cannes e fechados posteriormente.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339454/visualizar/
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