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Politica Brasil
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 18:21
Por: Adriana Vandoni Curvo

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Diogo Mainardi disse na Revista Veja desta semana que pagaria 15.000 reais para não vir a Cuiabá fazer uma palestra. Porque Cuiabá contrataria Diogo Mainardi para fazer uma palestra? Não vejo motivos aparentes, afinal, uma palestra se contrata quando tem a intenção de acrescentar algo a alguém. Um palestrante é bom quando passa conhecimento, quanto tem conhecimento a passar. Mirian Leitão é comentarista econômica, para tanto ela é formada em jornalismo e especializou-se em áreas como política externa, economia e política interna. Ela, eu contrataria.

Gilberto Dimenstein é jornalista e, através de uma bolsa de estudos oferecida pela McArthur Foundation, investigou a violência e prostituição da criança na Amazônia entre 1991 e 1992. Tem o que passar a uma platéia. É um “contratável”.

Carlos Heitor Cony é escritor de vários livros. Sempre foi uma pessoa atuante. Já esteve no seminário, na faculdade de filosofia, foi perseguido e censurado pela ditadura militar, o que lhe rendeu uma indenização vitalícia fenomenal, fato que, mesmo que não fosse Carlos Heitor Cony, já me bastaria para contratá-lo para contar como conseguiu essa indenização. Eu o contrataria.

Arnaldo Jabor é cineasta e jornalista. Foi atropelado pela política de Collor de Melo que sucateou a produção cinematográfica nacional e o levou para os jornais, onde passou a ser um comentarista de estilo próprio. Com seu jeito irônico de relatar os fatos da atualidade brasileira é seguido e copiado, inclusive por Diogo Mainard. É autor da crônica “O amor deixa a desejar” que inspirou Rita Lee a gravar uma música linda. Seria facilmente contratado por mim.

Mas Diogo Mainardi, o que passaria para uma platéia? Nada, decididamente, nada! Não tem formação profissional, é escritor de meia dúzia de livros totalmente dispensáveis, roteirista de dois filmes pífios e fracassados, alimenta um estilo disforme que vai da ironia à demência, passando pela agressividade gratuita. O que lhe dá certa notoriedade são os artigos que escreve no fundo da Revista Veja. Até gosto de alguns dos seus textos, geralmente aqueles que são escritos fora da crise de hemorróida cerebral, mal que o atinge quase que frequentemente.

Mainard não tem proposta, tem, na verdade, a alma petista, daqueles “puro sangue”, que é contra porque é contra, critica porque é o seu único ofício. Ele escreve em causa própria, afinal, não gosta do brasileiro e despreza o Brasil.

Porque contrataria Diogo? Ora, ele é o grande blefe do jornalismo. Entrou no programa Manhattan Connection no lugar de Paulo Francis e foi um desastre. Mostrou-se sem conteúdo oral. O máximo que conseguia proferir era que Lula não prestava. Básico!

Não tem conhecimento para propor nada, apenas para reclamar. Age como aquele professor mal humorado que rosna para impedir que os alunos o interpelem. Passou por duas vezes pela faculdade de economia e não conseguiu terminar nenhuma delas. Nunca foi ativista político e diz ter horror a isso. Seu conhecimento se iguala ao do presidente Lula, apenas experiência de vida. O que o difere dos petistas é seu nível social. Mainardi é um “recalcado social” da classe média, sem motivos, apenas por achar engraçadinho.

Claramente pode-se notar, que Mainardi nutre uma profunda mágoa e frustração por não ser igual a Ivan Lessa nem a Paulo Francis, seus dois grandes ídolos.

Diogo não teria o que passar para uma platéia em Cuiabá, no máximo ele seria útil se proferisse algo a Lula. Este sim, teria algo a aprender com o Diogo. Taí, achei uma utilidade para ele!

Quer saber? Eu pagaria 20.000 reais para que Diogo permanecesse em sua casa navegando na internet, que é o que realmente sabe fazer bem.

Adriana Vandoni Curvo é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas / RJ. Articulista do Jornal A Gazeta – Cuiabá / MT. E-mail: avandoni@uol.com.br Blog: http://argumento.bigblogger.com.br




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