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Célula-tronco deve evitar amputação
S.José do Rio Preto (SP) - O agente tributário Ramão Torres Martins, de 49 anos, foi o primeiro paciente com trombose a receber um implante de células-tronco no País, um novo tratamento para evitar a amputação. Ele foi submetido ao implante no hospital do Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC) de São José do Rio Preto (SP).
Morador em Campo Grande, Martins chegou quarta-feira passada ao hospital sentindo fortes dores e desenganado pelos médicos. Na última quinta-feira, recebeu alta com 85% de chances de não ter a perna esquerda amputada.
"Todas as indicações eram para amputação, uma vez que os recursos terapêuticos já tinham sido esgotados", conta o cirurgião José Dalmo Araújo, responsável pela operação.
Segundo ele, os exames de arteriografia confirmaram a obstrução acima do joelho e o não-funcionamento das artérias. "Decidimos então que não havia outra saída a não ser tentar o implante das células-tronco ou ele perderia parte da perna na altura do joelho."
Operação simples Na mesma quarta-feira, Martins foi anestesiado e os médicos retiraram 500 mililitros de sangue do seu osso ilíaco (na medula óssea da bacia) para processar 40 mililitros de células-tronco - ou um total de 3,6 bilhões de células-tronco - no laboratório de hematologia do hospital.
O procedimento durou cerca de 6 horas. Somente depois disso, já de noite, é que teve início uma operação relativamente simples: a aplicação das células-tronco em 40 pontos diferentes do músculo da panturrilha esquerda.
Mesmo assim, um pouco antes, os médicos foram obrigados a amputar um dedo (outro já havia sido retirado anteriormente), que estava necrosado. A esperança dos médicos é que as células formem novos vasos para facilitar a circulação normal da perna, evitando assim a amputação.
Cicatrização "Hoje podemos dizer que o paciente evoluiu muito bem. Há dois dias ele não sente dor e há aspecto de cicatrização onde os dedos foram retirados. Antes não havia cicatrização alguma", diz Araújo.
A expectativa, explica ele, é que em 30 dias saia um resultado definitivo confirmando a volta da circulação na perna e afastando o risco de amputação.
"As chances disso acontecer são de 85%", afirma. "Mas somente novos exames e acompanhamentos nas próximas quatro semanas poderão confirmar essa expectativa."
De acordo com Araújo, apesar de inédita no Brasil, este tipo de aplicação é feita com sucesso no exterior, especialmente no Japão e na China, e os resultados são positivos.
Ele explica que há cerca de 30 pacientes com quadro de trombose no IMC com possibilidade de receber o mesmo tipo de aplicação, mas apenas 5 têm condições de pagar o custo da cirurgia, que ficou em R$ 9 mil, bancados por Martins. O SUS não cobre cirurgias deste tipo.
Só para o processamento do sangue em células-tronco, o IMC teve uma despesa de R$ 4 mil. Além de Araújo, outros dez profissionais trabalharam na operação.
Morador em Campo Grande, Martins chegou quarta-feira passada ao hospital sentindo fortes dores e desenganado pelos médicos. Na última quinta-feira, recebeu alta com 85% de chances de não ter a perna esquerda amputada.
"Todas as indicações eram para amputação, uma vez que os recursos terapêuticos já tinham sido esgotados", conta o cirurgião José Dalmo Araújo, responsável pela operação.
Segundo ele, os exames de arteriografia confirmaram a obstrução acima do joelho e o não-funcionamento das artérias. "Decidimos então que não havia outra saída a não ser tentar o implante das células-tronco ou ele perderia parte da perna na altura do joelho."
Operação simples Na mesma quarta-feira, Martins foi anestesiado e os médicos retiraram 500 mililitros de sangue do seu osso ilíaco (na medula óssea da bacia) para processar 40 mililitros de células-tronco - ou um total de 3,6 bilhões de células-tronco - no laboratório de hematologia do hospital.
O procedimento durou cerca de 6 horas. Somente depois disso, já de noite, é que teve início uma operação relativamente simples: a aplicação das células-tronco em 40 pontos diferentes do músculo da panturrilha esquerda.
Mesmo assim, um pouco antes, os médicos foram obrigados a amputar um dedo (outro já havia sido retirado anteriormente), que estava necrosado. A esperança dos médicos é que as células formem novos vasos para facilitar a circulação normal da perna, evitando assim a amputação.
Cicatrização "Hoje podemos dizer que o paciente evoluiu muito bem. Há dois dias ele não sente dor e há aspecto de cicatrização onde os dedos foram retirados. Antes não havia cicatrização alguma", diz Araújo.
A expectativa, explica ele, é que em 30 dias saia um resultado definitivo confirmando a volta da circulação na perna e afastando o risco de amputação.
"As chances disso acontecer são de 85%", afirma. "Mas somente novos exames e acompanhamentos nas próximas quatro semanas poderão confirmar essa expectativa."
De acordo com Araújo, apesar de inédita no Brasil, este tipo de aplicação é feita com sucesso no exterior, especialmente no Japão e na China, e os resultados são positivos.
Ele explica que há cerca de 30 pacientes com quadro de trombose no IMC com possibilidade de receber o mesmo tipo de aplicação, mas apenas 5 têm condições de pagar o custo da cirurgia, que ficou em R$ 9 mil, bancados por Martins. O SUS não cobre cirurgias deste tipo.
Só para o processamento do sangue em células-tronco, o IMC teve uma despesa de R$ 4 mil. Além de Araújo, outros dez profissionais trabalharam na operação.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339623/visualizar/
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