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Governo federal atende prioridades de MT mesmo sem ser ouvido
O líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), recebeu na sexta-feira passada o requerimento de convocação do ministro da Casa Civil, José Dirceu, para prestar esclarecimentos sobre um suposto plano de abertura do capital da Infraero na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado. Delcídio decidiu ele próprio receber a notificação, pois pretende entregá-la pessoalmente a Dirceu e acertar com o ministro uma estratégia para evitar o depoimento. A convocação não foi a primeira e provavelmente nem será a última peripécia que a comissão arma para cima do governo no Congresso.
Subestimada pelo PT, que concentrou seus esforços nas poderosas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça, a CI foi adotada pelos pesos-pesados da oposição. Entre os quatro integrantes do PFL, por exemplo, estão Marco Maciel (PE) e Rodolpho Tourinho (BA); entre os quatro tucanos, Tasso Jereissati (CE) e Teotônio Vilela Filho (AL). Não foi uma escolha aleatória: pela Comissão de Infra-Estrutura passam todas as indicações para as agências reguladoras. Na CI também serão discutidos os projetos de parcerias público-privadas (PPPs)
Antes de convocar Dirceu, a CI já havia imposto uma outra derrota importante ao governo. Com o PMDB às turras com a ministra Dilma Rousseff, das Minas e Energia, a comissão recusou a indicação do engenheiro José Fantine para a Agência Nacional de Petróleo (ANP). O PMDB é o fiel da balança - com seis senadores, num plenário de 23, é determinante para o resultado das votações. Ainda assim Delcídio não culpa os pemedebistas pela recusa de Fantine: " Alguém da base de apoio do governo ou do próprio PT traiu. Era para ganharmos de 12 a 11, independentemente do PMDB, e perdemos de 12 a 11. Foi fogo amigo " .
Para setembro, o presidente da CI, Heráclito Fortes (PFL-PI), planeja a realização de um encontro internacional sobre parcerias público-privadas. É da competência do Senado, " previamente à contratação " dos projetos de PPP, opinar sobre limites de despesas. Depende de sua autorização a concessão em que mais de 70% da remuneração do parceiro privado for paga pela administração. " Só acredito no sucesso das PPPs se as parcerias tiverem a capacidade de baixar o custo e agilizar as obras " , diz Heráclito.
Heráclito enviou correspondência aos 27 governadores, questionando se foram ouvidos sobre as prioridades. Até agora, 13 responderam. Portanto o governador Blairo Maggi (PPS-MT) respondeu com uma atenuante: não foi ouvido - resposta dos demais - mas considera que as prioridades de Mato Grosso foram atendidas. O senador conta que também fez a mesma pergunta aos ministros do Turismo, Walfrido Mares Guia, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, e a resposta foi a mesma. " É uma caixa preta. O FMI sabe disso ou eles também foram enganados? " , diz Heráclito. Ele já avalia a convocação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para questionar coisas, tais como se as estradas foram licitadas.
Subestimada pelo PT, que concentrou seus esforços nas poderosas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça, a CI foi adotada pelos pesos-pesados da oposição. Entre os quatro integrantes do PFL, por exemplo, estão Marco Maciel (PE) e Rodolpho Tourinho (BA); entre os quatro tucanos, Tasso Jereissati (CE) e Teotônio Vilela Filho (AL). Não foi uma escolha aleatória: pela Comissão de Infra-Estrutura passam todas as indicações para as agências reguladoras. Na CI também serão discutidos os projetos de parcerias público-privadas (PPPs)
Antes de convocar Dirceu, a CI já havia imposto uma outra derrota importante ao governo. Com o PMDB às turras com a ministra Dilma Rousseff, das Minas e Energia, a comissão recusou a indicação do engenheiro José Fantine para a Agência Nacional de Petróleo (ANP). O PMDB é o fiel da balança - com seis senadores, num plenário de 23, é determinante para o resultado das votações. Ainda assim Delcídio não culpa os pemedebistas pela recusa de Fantine: " Alguém da base de apoio do governo ou do próprio PT traiu. Era para ganharmos de 12 a 11, independentemente do PMDB, e perdemos de 12 a 11. Foi fogo amigo " .
Para setembro, o presidente da CI, Heráclito Fortes (PFL-PI), planeja a realização de um encontro internacional sobre parcerias público-privadas. É da competência do Senado, " previamente à contratação " dos projetos de PPP, opinar sobre limites de despesas. Depende de sua autorização a concessão em que mais de 70% da remuneração do parceiro privado for paga pela administração. " Só acredito no sucesso das PPPs se as parcerias tiverem a capacidade de baixar o custo e agilizar as obras " , diz Heráclito.
Heráclito enviou correspondência aos 27 governadores, questionando se foram ouvidos sobre as prioridades. Até agora, 13 responderam. Portanto o governador Blairo Maggi (PPS-MT) respondeu com uma atenuante: não foi ouvido - resposta dos demais - mas considera que as prioridades de Mato Grosso foram atendidas. O senador conta que também fez a mesma pergunta aos ministros do Turismo, Walfrido Mares Guia, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, e a resposta foi a mesma. " É uma caixa preta. O FMI sabe disso ou eles também foram enganados? " , diz Heráclito. Ele já avalia a convocação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para questionar coisas, tais como se as estradas foram licitadas.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/339668/visualizar/
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