Garotinho ameaça desmascarar o PT

No dia em que teve seus direitos políticos cassados por decisão da juíza Denise Appolinária, da 76ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, o ex-governador e presidente do PMDB do Rio de Janeiro, Antony Garotinho, esteve em Cuiabá para pedir apoio à sua candidatura a presidente da República. Demonstrando tranqüilidade, o pré-candidato afirmou que está sendo vitima de perseguição política e que vai recorrer da decisão. Garotinho participou de um almoço com lideranças peemdebista de Mato Grosso e depois seguiu para o município de Alta Floresta, onde participaria de um encontro da Associação de Homens de Negócios de Evangelho (Adonep).

“Essa decisão já era esperada, afinal a juíza vem perseguindo o nosso candidato desde o primeiro turno em que ele foi vencedor, e não podendo cassar somente o candidato campista, achou um jeito de cassar todo mundo”, defendeu-se, ao afirmar que não existe risco dessa decisão interferir na sua candidatura à presidência da República.

De acordo com informações publicadas pela imprensa nacional, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, também teve seus direitos políticos cassados por três anos, por abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral no município de Campos dos Goytacazes, onde Garotinho já foi prefeito. Na mesma decisão, o prefeito de Campos, Carlos Alberto Campista (PDT), também teve o mandato cassado. A parte da sentença que trata das cassações de direitos políticos, contudo, ainda depende do julgamento de todos os recursos para entrar em vigor. A perda de mandato do prefeito é imediata.

Apesar de afirmar que ainda não estava em campanha, Garotinho discursou durante o encontro com correligionários como candidato ao Palácio do Planalto e pediu o apoio dos mato-grossenses para sua candidatura em 2006. “Esta será uma campanha apaixonada, nós teremos que desmascarar o PT”, disparou. O ex-governador, que disputou as eleições em 2002 contra o presidente Lula, afirmou que existem dois partidos no Brasil: o dos patriotas e o dos traidores. Lula se enquadraria no segundo. “Vamos bater de frente com o PT e dizer que eles traíram o Brasil”, atacou.

Garotinho defendeu a verticalização e a candidatura própria do PMDB também nos estados. “Verticalização tem que ter candidato, de presidente da República até governador”, afirmou ao frisar que partido que não disputa eleição não tem eleitor. Em relação a possíveis aliados, o ex-governador afirmou que primeiramente será definida a candidatura dentro do partido para depois buscarem outras forças políticas para viabilizar uma aliança.

Participaram do encontro com Garotinho todas os líderes peemedebistas do Estado, entre eles o presidente do partido, ex-senador Carlos Bezerra, a deputada federal Teté Bezerra, e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa. O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), também prestigiou o evento.