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Comitê traçará novos rumos do Inpe
São Paulo - O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, empossou o comitê de busca encarregado de elaborar uma lista tríplice para preencher a cadeira de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O cargo está vago desde o dia 26, após o pedido de demissão do físico Luiz Carlos Moura Miranda, que ficou três anos e meio na posição.
Em entrevista coletiva, na segunda-feira, tanto o ministro quanto o ex-diretor evitaram falar sobre o motivo da saída, que estaria ligada a mudanças na estrutura orçamentária do instituto.
Os recursos do Inpe, que antes eram repassados diretamente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), passaram este ano a ser distribuídos pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A mudança também exige prestação de contas do Inpe a cada três meses, o que antes só ocorria anualmente.
Miranda, entretanto, negou que as novas regras fossem o motivo de sua saída - apesar de ele já ter expressado seu descontentamento sobre elas no passado.
Cronograma
O pedido de exoneração, segundo ele, surgiu dentro de um cronograma natural de substituição. Apesar de não haver mandato definido por lei, há um acordo interno pelo qual o dirigente permanece no cargo por quatro anos - período que Miranda completaria em outubro.
"Pelos nossos regimentos, seis meses antes do vencimento do mandato chama-se um comitê de busca", disse Miranda. "Portanto, estamos dentro do previsto."
Nesse momento, disse, ele poderia permanecer no cargo ou já entregar a posição ao diretor substituto, Leonel Perondi. "O ministro teve por bem (fazer a troca de diretor), de modo a tornar a substituição a mais tranqüila possível", disse Miranda, que desde sua saída recusou-se a dar entrevistas.
Segundo o ministro, Miranda já vinha solicitando sua saída desde o fim do ano passado. "Seguramos o quanto foi possível", disse, destacando a participação do ex-diretor no fortalecimento do programa espacial ao longo dos últimos anos.
Orçamento maior
Campos fez questão de destacar o aumento orçamentário do Inpe, que passou de R$ 32,5 milhões, em 2002, para R$ 81,6 milhões, no ano passado. Para 2005, já com os recursos centralizados na AEB, o orçamento para o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) é de R$ 223 milhões.
"Substancialmente, não muda nada", disse Campos. "O importante é ter os recursos." A mudança, segundo ele, refere-se apenas à maneira como o dinheiro é distribuído. A idéia é centralizar os recursos na AEB, já que ela é a responsável pelo programa nacional.
"O programa espacial nunca teve um orçamento nos moldes que estamos tendo", disse Miranda. "Me orgulho muito de ter sido um ator e um agente nesse processo."
Questionado sobre por que, então, resolveu sair justamente quando o orçamento estava maior, o ex-diretor fez apenas uma referência à sua idade, na casa dos 60 anos: "Não sou mais uma criança, já estou na faixa do que se pode chamar cidadão sênior".
Em entrevista coletiva, na segunda-feira, tanto o ministro quanto o ex-diretor evitaram falar sobre o motivo da saída, que estaria ligada a mudanças na estrutura orçamentária do instituto.
Os recursos do Inpe, que antes eram repassados diretamente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), passaram este ano a ser distribuídos pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A mudança também exige prestação de contas do Inpe a cada três meses, o que antes só ocorria anualmente.
Miranda, entretanto, negou que as novas regras fossem o motivo de sua saída - apesar de ele já ter expressado seu descontentamento sobre elas no passado.
Cronograma
O pedido de exoneração, segundo ele, surgiu dentro de um cronograma natural de substituição. Apesar de não haver mandato definido por lei, há um acordo interno pelo qual o dirigente permanece no cargo por quatro anos - período que Miranda completaria em outubro.
"Pelos nossos regimentos, seis meses antes do vencimento do mandato chama-se um comitê de busca", disse Miranda. "Portanto, estamos dentro do previsto."
Nesse momento, disse, ele poderia permanecer no cargo ou já entregar a posição ao diretor substituto, Leonel Perondi. "O ministro teve por bem (fazer a troca de diretor), de modo a tornar a substituição a mais tranqüila possível", disse Miranda, que desde sua saída recusou-se a dar entrevistas.
Segundo o ministro, Miranda já vinha solicitando sua saída desde o fim do ano passado. "Seguramos o quanto foi possível", disse, destacando a participação do ex-diretor no fortalecimento do programa espacial ao longo dos últimos anos.
Orçamento maior
Campos fez questão de destacar o aumento orçamentário do Inpe, que passou de R$ 32,5 milhões, em 2002, para R$ 81,6 milhões, no ano passado. Para 2005, já com os recursos centralizados na AEB, o orçamento para o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) é de R$ 223 milhões.
"Substancialmente, não muda nada", disse Campos. "O importante é ter os recursos." A mudança, segundo ele, refere-se apenas à maneira como o dinheiro é distribuído. A idéia é centralizar os recursos na AEB, já que ela é a responsável pelo programa nacional.
"O programa espacial nunca teve um orçamento nos moldes que estamos tendo", disse Miranda. "Me orgulho muito de ter sido um ator e um agente nesse processo."
Questionado sobre por que, então, resolveu sair justamente quando o orçamento estava maior, o ex-diretor fez apenas uma referência à sua idade, na casa dos 60 anos: "Não sou mais uma criança, já estou na faixa do que se pode chamar cidadão sênior".
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/340185/visualizar/
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