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Nacional
Terça - 10 de Maio de 2005 às 16:25
Por: Cecília Jorge

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Brasília - O fortalecimento da relação entre os países árabes e sul-americanos para a promoção da democracia e da paz mundial foi o ponto principal do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Cúpula América do Sul – Países Árabes, nesta terça-feira (10) em Brasília. Apesar de os acordos comerciais ocuparem boa parte da agenda de negociações do encontro, o presidente Lula destacou que essa cooperação contribuirá para que "a voz dos países em desenvolvimento seja ouvida".

"O que move os líderes aqui presentes é a necessidade de fortalecer um espaço político que contribua para a construção de um mundo de paz, democracia e justiça social", afirmou o presidente.

A necessidade de uma aliança em favor dessas questões foi defendida por todos os líderes que discursaram na abertura do evento. "Nós estamos agora num momento de evolução internacional sem precedentes, que deve frutificar com esse relacionamento mais estreito que estamos construindo aqui", disse o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa.

O presidente Lula afirmou que a Cúpula é uma oportunidade histórica de construção "de uma ponte de sólida cooperação entre a América do Sul e o mundo árabe". Lula disse que o evento é ousado em seus objetivos e ambicioso nas suas aspirações. "Queremos dar passos concretos e duradouros na luta pelo desenvolvimento e pela justiça social".

Para o presidente Lula, o esforço de integração só será recompensado se os países souberem transformar o desenvolvimento econômico em instrumentos eficazes para a diminuição das desigualdades sociais, para a promoção dos direitos humanos e para o aperfeiçoamento das instituições democráticas.

Lula disse ainda que uma das questões a serem enfrentadas diz respeito aos subsídios concedidos pelos países desenvolvidos. "Buscamos um comércio justo e equilibrado, livre dos subsídios impostos pelos países ricos e que assegurem aos países pobres os benefícios da globalização", disse. "Queremos estabelecer uma nova relação de colaboração solidária com os organismos financeiros internacionais e logramos que o Mercosul e o Conselho de Cooperação do Golfo possam concluir um acordo de cooperação econômica".





Fonte: Agência Brasil

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