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Terça - 10 de Maio de 2005 às 14:04
Por: Beatriz Saturnino

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Servidores do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande decidem adiar a greve que começaria amanhã para segunda-feira (16). Caso não haja acordo na segunda rodada de negociação, a ser realizada no dia 16 desse mês, a decisão ficará por conta do juiz e a categoria de trabalhadores vai paralisar o serviço por tempo indeterminado, até que o juiz dê sua posição, conforme a afirmação do presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores de Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região (STETT-CR), Ledevino da Conceição.

"Será uma forma de precionar o juiz a chegar a decisão, caso não haja acordo nessa segunda reunião de dissídio coletivo, pois pode demorar até novembro para decidir, então entraremos em greve por tempo indeterminado", frisou Ledevino da Conceição.

Praticamente todos os ônibus que fazem o transporte coletivo da Capital estão funcionando normalmente. A exceção fica por conta dos veículos da empresa Norte Sul, que atuam exclusivamente no transporte de passageiros para o bairro Pedra 90.

O secretário municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Emanuel Pinheiro, acredita que até o final desta manhã a empresa Norte Sul retome os serviços para atender a população do bairro Pedra 90.



Não houve acordo entre o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado de Mato Grosso (STU) e STETT-CR, ontem, na primeira audiência de conciliação do dissídio coletivo. O sindicato patronal manteve a proposta de reajuste salarial de 6% e adequação dos pontos finais, com melhoria dos banheiros e locais de descanso dos motoristas e cobradores nos intervalos. Além do cumprimento da lei, que prevê 7h20 de trabalho com adicional de até duas horas de jornada, no caso da necessidade da empresa.

De acordo com Ledevio, hoje os motoristas e cobradores fazem a dobra desse horário, ou seja, 7h20 mais 7h20, porém com hora extra inferior aos 50% sobre o valor. O salário mensal de um motorista é de R$ 975 e do cobrador R$ 610. A categoria compreende 3,5 mil trabalhadores, sendo 1,4 mil motoristas, 1,4 mil cobradores de os demais da manutenção, administração e fiscalização.



"Nós não estamos querendo saber do aumento salarial, mas sim da redução da jornada de trabalho e do plano de saúde", finalizou o presidente do STETT-CR.





Fonte: Folha do Estado

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