Pivetta rejeita Henry para Senado

O secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Otaviano Pivetta, um dos assessores mais próximos ao governador Blairo Maggi, reforçou, em entrevista gravada, a tese de ruptura com o PP, já defendida pelo ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz. Pivetta afirmou ainda que o deputado progressista Pedro Henry não figura na lista de bons nomes da base aliada na disputa pela única cadeira ao Senado no pleito de 2006.

De acordo com o secretário, a coligação com progressistas prejudica a reeleição de Maggi. A alegação é de que deputados como José Riva e Chico Daltro (ambos ex-PSDB) desmontam o discurso de inovação incorporado pelo governador. Eles participaram da administração tucana Dante de Oliveira e migraram para a coligação "Mato Grosso Mais Forte" logo após a última eleição.

"Em relação ao PP, acho que o governador Maggi deixa para trás um dos pilares da sua administração, que é a ousadia. Com o PP, a ousadia dará lugar à mesmice", avalia Pivetta, que defende ainda que o PPS conduza as alianças partidárias para o ano que vem. Nos bastidores, parte da cúpula socialista já defende distanciamento do PP, que recebeu Riva e seu grupo no último dia 25.

Pivetta avalia ainda que, de acordo com o desempenho da administração, Maggi tem condições de romper com a sigla. Afirma também que a coligação com o PFL não deve ser "necessariamente" prioridade para o PPS. Pondera, no entanto, que o Executivo deve avançar nos resultados práticos e intensificar a relação com a população.

Respaldo - Questionado sobre as declarações de Percival Muniz, que foi desautorizado publicamente por Maggi para comentar as alianças do PPS, Pivetta respondeu que o dirigente tem direito a se pronunciar. Admite que o posicionamento do ex-prefeito representa o sentimento de grande parte dos socialistas. Nos bastidores, correligionários avaliam que as novas declarações devem estremecer ainda mais a coligação. "Eu pediria para que analisassem as figuras que hoje estão no PP. Se eles criticam que pouco foi feito pelo social nos últimos 15 anos, eles devem esclarecer para sociedade por que não fizeram. Eles participaram dos governos neste período", completou.