PT vai à Justiça para recuperar vaga de Sávio em Cuiabá

Menos de 24 horas após ter entregue sua carta de desfiliação a Executiva Municipal do PT, o partido decidiu ir a Justiça contra a desfiliação do vereador Domingos Sávio e vai tentar tomar sua vaga na Câmara Municipal, além de solicitar que seja devolvido ao partido as vagas ocupadas pelo edil nas Comissões Técnicas Permanentes. O partido emite hoje uma nota oficial anunciando as decisões e criticando a postura de Domingos Sávio. Segundo o secretário do Diretório Municipal, Vilson Aguiar o vereador assinou documento registrado em Cartório com o compromisso de cumprir as determinações aprovadas pela agremiação e de ter uma conduta ética. “Sua conduta é pouco condizente com a de um representante da população”, assinalou o presidente, Jurandir Lara, frisando que o partido condena as justificativas e suas posições em relação as contas do ex-prefeito Roberto França. Sávio, membro da Comissão de Economia e Finanças votou com o relator, Eden Capistrano pela aprovação do parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado e deflagrou um difícil relacionamento entre o vereador e o partido. “Tenho dificuldades de me relacionar com a ala mais radical do PT. O pano de fundo de tudo isto é a questão da sucessão estadual e da minha ligação com o presidente do PT, Alexandre César, com o deputado federal, Carlos Abicalil e com o deputado estadual Saguas Moraes”, disse Domingos Sávio que dias atrás admitia estar sendo assediado por vários partidos políticos, inclusive o PPS do qual é presidente o ex-prefeito Roberto França. Vilson Aguiar lembrou que não existem argumentos nem justificativas para as decisões do vereador e que o partido já tem inclusive uma nova simulação do cálculo do quociente partidário e do montante de votos que o PT teve para vereador em 2002. “Os 3,2 mil votos dele não interfeririam e o PT elegeria três representantes, portanto, não há qualquer tipo de argumento do vereador”, disse o secretário se antecipando a possíveis justificativas de Domingos Sávio de que seus votos ajudaram a eleger mais um vereador no partido no ano passado. O PT entrega para os advogados do partido jurisprudências de juízos de primeira instância de Minas Gerais em que o partido conseguiu resgatar a vaga de vereador que se desfiliou tão logo foi eleito. “Sabemos que é difícil isso acontecer, mas temos que lutar e demonstrar que o partido não participa de certos tipos de decisões e não coaduna com tudo que acontece”, disse Vilson Aguiar. Sávio disse ontem ao entregar suas desfiliação que saia do partido sem mágoas ou ressentimentos.