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Politica Brasil
Quinta - 05 de Maio de 2005 às 07:19
Por: Márcia Raquel

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Os deputados estaduais voltaram a criticar a secretária de Estado de Educação Ana Carla Muniz em função da greve dos servidores da Educação. O deputado Carlão Nascimento (PSDB) afirmou que o governo Maggi é responsável pelo crescimento do analfabetismo no estado e primeiro-secretário da Assembléia, deputado José Riva (PP) chegou a chamar a secretária de incompetente e afirmou que vai levar ao conhecimento do governador Blairo Maggi que 75% dos documentos solicitados pelo Legislativo vieram triplicados.

“As informações são desencontradas. Não tenho nada contra a Ana Carla, mas contra a incompetência dela e sua relação política com a categoria”, enfatizou o deputado. “Parece que ela achava que nós não iríamos ler a documentação e por isso mandou os documentos triplicados, gerando desperdício”, disse ao afirmar que vai solicitar da secretária a mesma caminhonete utilizada para trazer os documentos devolvê-los. “Não vou pagar frete de documentos que ela mandou a mais”, justificou.

O deputado Riva afirmou ainda que é favorável a reabertura do diálogo com os servidores da Educação e sugeriu que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) Júlio César Viana, passe a representar mais a categoria e a fazer menos política. "A partir do momento que ele assume uma política partidária e começa a atacar, acaba atrapalhando a categoria. Os professores não merecem isso", observou Riva.

O deputado Carlão Nascimento criticou as políticas educacionais do governo estadual e disse que durante a atual administração o índice de analfabetismo no Estado cresceu de 10,2% para 10,7%. “Infelizmente não tem um cidadão acima de 15 anos que conseguiu ser alfabetizado no governo Maggi”, disse Carlão. Segundo o deputado os dados constam nos documentos encaminhados pela própria secretária Ana Carla Muniz à AL.

Em relação aos programas do setor, Carlão afirmou que eles não levam a lugar nenhum, não têm definição. “Eu já li toda aquela papelada, o governo não vai conseguir atingir 25% do que estava no plano de governo”, criticou. Os dois programas mais criticados pelo parlamentar foram o Letração, que visa a alfabetização de adultos, e o projeto Vitamina, que tem o objetivo de implantar hortas em todas as escolas estaduais e acrescentar a soja na merenda escolar.




Fonte: Diário de Cuiabá

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