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Politica Brasil
Quarta - 04 de Maio de 2005 às 10:18

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A Associação dos Trabalhadores no Sistema de Transporte de Passageiros do Estado de Mato Grosso (Astett/MT) manifestou ontem (03) à tarde apoio ao prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, pela decisão já anunciada de não autorizar a majoração da tarifa do transporte coletivo na Capital. Uma comitiva formada por oito representantes da categoria se reuniu com o gestor, em seu gabinete, no Palácio Alencastro, a fim de se posicionar favorável à greve, mas contra a utilização de uma paralisação como instrumento político para pressionar o município a majorar a tarifa do sistema.

“Tememos que a greve possa ser um instrumento de pressão para o aumento da tarifa. Apoiamos o movimento paredista e acreditamos ser ele um expediente democrático e legítimo. Entretanto, não vamos aceitar que usem o movimento para pressionar os trabalhadores junto à prefeitura”, afirmou presidente da Astett/MT, Vandir Aires Pinto. Ele, junto com outros dois dirigentes da instituição, assinam um documento de apoio ao prefeito. Do encontro, participaram ainda os vereadores Valtenir Luiz Pereira (PT), Permínio Pinto Filho (PSDB) e Guilherme Maluf (PFL), líder do prefeito na Câmara Municipal e o suplente de vereador, Dilemário Alencar (PSB).

Vandir destacou que os grevistas abriram mão de uma recomposição salarial, em troca da redução da jornada de trabalho da categoria de 7h20 para 6 horas diárias de trabalho, plano de saúde para os trabalhadores e um programa de alimentação. “Essa jornada é pela saúde do trabalhador. Para que ele possa almoçar sossegado e possa ter momento de lazer com a família. O que acontece hoje é que, ao final de seu turno de trabalho, se o motorista daquele novo turno falta, o primeiro assume as funções do segundo”, relatou.

O prefeito agradeceu o apoio da associação e disse que ele é importante nesse momento em que os grevistas resolveram paralisar as atividades, contrariando um pedido feito pelo gestor no início desta gestão. “Respeito o direito de greve, mas estamos nos defendendo. Vamos partir para o enfrentamento até a decisão final. Não temos compromisso com os empresários. Não aceito elevar a tarifa como argumento para pôr fim à greve do transporte coletivo”, reagiu o prefeito.

Para resolver o impasse, o prefeito lembrou que o Fórum Permanente de Mobilidade Urbana é um expediente democrático, criado por esta gestão, para debater temas de interesse da sociedade e que tenham relação com trânsito e transportes urbanos. “É uma entidade que congrega mais de 105 instituições em Cuiabá. São setores que representam o usuário do transporte: estudantes, policiais civis e militares, associação de moradores de bairros, clubes de mães. Cuiabá hoje tem a segunda tarifa mais cara entre as capitais do país, só perdendo para Porto Alegre (RS). Precisamos é diminuir a tarifa e não elevar o seu preço”, destaca.

Ele disse que é possível que a tarifa do transporte coletivo tenha uma redução aproximada de 25% desde que ocorra a desoneração fiscal total, sobre insumos empregados no setor. Tanto da parte do Governo do Estado com da União, Wilson Santos acredita ser possível retirar impostos incidentes sobre óleo diesel, responsável por 45% do preço final da tarifa. “Da parte da Prefeitura, tiramos o ISS e o IPTU (Garagem)”, concluiu ao dizer que a greve é inoportuna.

METRÔ

O prefeito informou ainda que autorizou um grupo empresarial japonês a fazer estudos para a construção de um metrô de superfície, unindo as cidades de Cuiabá e Várzea Grande. O estudo, sem ônus para o município, vai avaliar relevo e estrutura viária existente nas duas cidades e a viabilidade técnica para o empreendimento. “Como o grupo japonês manifestou interesse em fazer o estudo, nós autorizamos. O que não quer dizer que Cuiabá já terá, neste momento, metrô”, explicou.





Fonte: Redação/PMC

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