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Cegos expõem esculturas no Ganha Tempo
Conseguir seu espaço no mercado de trabalho e ser responsável por seu próprio sustento. Esse é o desejo dos deficientes visuais que participaram da 1ª Oficina de Esculturas em Argila voltada para cegos, que estão expondo seus trabalhos no espaço cultural Ganha Tempo.
São mais de 80 esculturas expostas, confeccionadas com a orientação da artista plástica e educadora Rita de Cássia. Segundo ela, o curso foi aprovado em dezembro de 2004, mas só pôde ser realizada em março deste ano.
“Nós levamos algumas portas na cara, mas encontramos pessoas que se preocupam com o social e fazem um esforço para ajudar quem precisa”, disse a educadora, lembrando que o projeto só foi possível graças ao patrocínio da Cooperativa Noroeste Lacbom e ao apoio da Secretaria de Cultura do Estado.
O aluno Francisco Pereira da Silva, 29 anos, é cego desde os três meses de vida devido a um glaucoma e viu nesse curso a oportunidade de ter uma fonte de renda. “No início achei que não ia dar conta, mas mesmo assim persisti e fui até o fim”, afirmou Francisco.
Segundo ele, existe muito preconceito porque as pessoas acham que os portadores de necessidades são menos capazes. “Eles não percebem que por termos um sentido a menos, acabamos desenvolvendo muito mais os outros quatro”, lembrou Francisco.
O aluno Benedito Gonçalves, de 22 anos, perdeu a visão aos 11 anos de idade em virtude de catarata e ficou alguns anos sem estudar e sem trabalhar porque morava em um sítio e não tinha recursos para cuidar da sua visão e nem desenvolver outras habilidades.
Atualmente morando na Grande Cuiabá, Benedito teve acesso ao Instituto de Cegos e hoje não só estuda como também trabalha. “Eu busco na memória imagens, desenho na mente e passo para a ponta dos dedos, daí saem as esculturas”, afirmou o aluno, lembrando que não enxerga com os olhos, mas pode sentir a beleza das coisas através das suas mãos e do que as outras pessoas descrevem.
Segundo ele, essa iniciativa está ajudando a mostrar para toda a sociedade que cada ser humano tem um dom e que, explorando esse dom, o cidadão pode conseguir seu próprio sustento. “Com esse tanto de gente que passa pelo Ganha Tempo, tenho certeza que vamos divulgar bastante nosso trabalho e não vamos parar por aqui”, disse Benedito, confiante.
A secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, elogiou a iniciativa e disse estar disposta a auxiliar no que for possível. “Nós trabalhamos com inclusão social e é bem esse o objetivo dessa ação”, afirmou Terezinha.
Segundo ela, as portas do Ganha Tempo estão abertas para todas as ações que tenham o objetivo de resgatar a dignidade dos cidadãos.
A exposição teve início no último dia 25 e se estenderá até o próximo sábado, dia 07 de maio. O horário de funcionamento do Ganha Tempo é das 7h30 às 18h30, de segunda à sexta-feira e das 7h30 às 12h30, aos sábados.
São mais de 80 esculturas expostas, confeccionadas com a orientação da artista plástica e educadora Rita de Cássia. Segundo ela, o curso foi aprovado em dezembro de 2004, mas só pôde ser realizada em março deste ano.
“Nós levamos algumas portas na cara, mas encontramos pessoas que se preocupam com o social e fazem um esforço para ajudar quem precisa”, disse a educadora, lembrando que o projeto só foi possível graças ao patrocínio da Cooperativa Noroeste Lacbom e ao apoio da Secretaria de Cultura do Estado.
O aluno Francisco Pereira da Silva, 29 anos, é cego desde os três meses de vida devido a um glaucoma e viu nesse curso a oportunidade de ter uma fonte de renda. “No início achei que não ia dar conta, mas mesmo assim persisti e fui até o fim”, afirmou Francisco.
Segundo ele, existe muito preconceito porque as pessoas acham que os portadores de necessidades são menos capazes. “Eles não percebem que por termos um sentido a menos, acabamos desenvolvendo muito mais os outros quatro”, lembrou Francisco.
O aluno Benedito Gonçalves, de 22 anos, perdeu a visão aos 11 anos de idade em virtude de catarata e ficou alguns anos sem estudar e sem trabalhar porque morava em um sítio e não tinha recursos para cuidar da sua visão e nem desenvolver outras habilidades.
Atualmente morando na Grande Cuiabá, Benedito teve acesso ao Instituto de Cegos e hoje não só estuda como também trabalha. “Eu busco na memória imagens, desenho na mente e passo para a ponta dos dedos, daí saem as esculturas”, afirmou o aluno, lembrando que não enxerga com os olhos, mas pode sentir a beleza das coisas através das suas mãos e do que as outras pessoas descrevem.
Segundo ele, essa iniciativa está ajudando a mostrar para toda a sociedade que cada ser humano tem um dom e que, explorando esse dom, o cidadão pode conseguir seu próprio sustento. “Com esse tanto de gente que passa pelo Ganha Tempo, tenho certeza que vamos divulgar bastante nosso trabalho e não vamos parar por aqui”, disse Benedito, confiante.
A secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, elogiou a iniciativa e disse estar disposta a auxiliar no que for possível. “Nós trabalhamos com inclusão social e é bem esse o objetivo dessa ação”, afirmou Terezinha.
Segundo ela, as portas do Ganha Tempo estão abertas para todas as ações que tenham o objetivo de resgatar a dignidade dos cidadãos.
A exposição teve início no último dia 25 e se estenderá até o próximo sábado, dia 07 de maio. O horário de funcionamento do Ganha Tempo é das 7h30 às 18h30, de segunda à sexta-feira e das 7h30 às 12h30, aos sábados.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/341915/visualizar/
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