Governo tem muito o que comemorar com as classes trabalhadoras, afirma Olívio Dutra

Porto Alegre – O governo Lula tem muito o que comemorar junto com as classes trabalhadoras, por causa das mudanças que está procedendo, por aquelas que se propõe fazer e pelas que já realizou em dois anos e quatro meses de administração. A afirmação foi feita pelo ministro das Cidades, Olívio Dutra, em entrevista à Agência Brasil.

Dutra citou como exemplo das realizações do governo Lula a geração de mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada, "um feito que não acontecia ha uma década". Ele ressalvou, no entanto, que, num quadro onde a média de desemprego está entre 15% e 16% da população economicamente ativa, é preciso continuar perseguindo a meta de 10 milhões de empregos. "Mas é uma proposição que deve ser buscada por todos. É preciso a mobilização dos governos federal, estaduais e municipais e de toda a sociedade", disse o ministro, garantido que é possível avançar nesse setor, por causa da potencialidade da economia brasileira.

O ministro, que participou das manifestações dos trabalhadores gaúchos em Caxias do Sul, na região serrana, afirmou que o 1º de Maio é sempre um momento de comemoração e de luta. "Comemora-se o que já se conquistou, numa caminhada histórica do povo trabalhador no mundo e no Brasil. Reivindica-se o que está na pauta das lutas sociais e trabalha-se a continuidade dessa luta, que é um processo daquilo que já se identificou e que serão novas transformações, reformas e mudanças mais adiante", explicou.

Sobre as próximas lutas dos trabalhadores, o ministro destacou a geração de emprego e renda e as reformas sindical e trabalhista, nas quais "a classe trabalhadora quer ser mais protagonista nos processos". Ele garantiu que o governo faz questão de que seja uma discussão que inclua os trabalhadores na produção, nos debates e na aprovação dessas políticas.

"Os trabalhadores também pensam na moradia, saneamento, transporte urbano, educação e saúde", disse. Segundo ele, são temas que o trabalhador quer que o governo brasileiro trate, na dimensão da União, estados e municípios, "de forma a mudar o quadro de injustiça e exclusão, de taxa grande de desemprego, de déficit habitacional enorme". Olívio Dutra disse também que como ministro das Cidades, falou durante as manifestações, sobre a disposição do governo federal "de continuar as mudanças, tendo o povo trabalhador como protagonista desse processo".

O ministro – que se diz "um romeiro de carteirinha", já que tem participado das Romarias do Trabalhador no estado desde a primeira edição até esta décima - considerou a manifestação desse domingo, em Caxias do Sul, "um ato carregado de fé e de compromisso, com todos os participantes imbuídos no espírito de que há o que comemorar, "mas também reivindicar e prosseguir na boa luta".

Realizada pela Pastoral Operária, todas as Dioceses da Igreja católica no Rio Grande do Sul e por outras religiões comprometidas com trabalhos sociais, a Romaria da Terra é feita a cada dois anos. A edição deste domingo, reuniu várias entidades dos trabalhadores rurais e urbanos, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem terra (MST) e dos Desempregados (MTD), Cooperativas e Associações de Recicladores de Lixo e das Mulheres Trabalhadoras do Campo e das Cidades.