Stock Car cresce, mas ainda fica longe da maior
A Nascar foi criada em 1948, último ano da Segunda Guerra Mundial. No ano seguinte, o presidente da entidade, Bill France, fez uma aposta ousada. Em vez de colocar os carros mais modernos da era pós-guerra para duelar nas pistas, ele acreditou que os fãs da velocidade gostariam de ver em ação modelos antigos que eles ainda guiavam nas ruas.
Assim, os modelos antigos, anteriores à Segunda Guerra, foram apenas modificados para competir na categoria. Os vidros sequer foram reforçados, e as barras de ferro no interior, formando uma espécie de cockpit, não foram adotadas antes de 1952.
O maior dispositivo para manter a integridade física dos pilotos foi o uso de cordas ou correias de aviões como cintos de segurança.
Em 1952 passou a ser utilizado o rádio comunicador de dois canais, permitindo comunicação entre pilotos e equipes. Já em 2001 foi introduzido o motor V8, a evolução mais significante da história da categoria. Com algumas poucas modificações, a tecnologia é a mesma utilizada até os dias de hoje.
No Brasil, a Stock teve início em 1979, com os enormes Opalas sendo usados como os carros da categoria. A evolução das indústrias automotivas brasileiras foram inevitáveis e, com isso, a troca dos modelos usados pela Stock Car. No 26º ano consecutivo, a Stock Car movimenta cerca de R$ 90 milhões e provoca um impacto econômico nas cidades-sede de suas 12 etapas em torno de R$ 24 milhões.
Entre equipes e organização são mil pessoas trabalhando exclusivamente na categoria, que contrata outras 700 pessoas em cada etapa, num total de 8.400 empregos indiretos por ano.
"Em 1999 iniciamos um trabalho para organizar e profissionalizar a Stock Car. Os frutos já estão aparecendo, tanto que a categoria tem reconhecimento absoluto no Brasil e até no exterior, sendo considerada uma das melhores do mundo no segmento de carros de turismo. Esta temporada também é especial, pois estamos recebendo a segunda montadora, a Mitsubishi, que se une à Chevrolet para ampliar ainda mais nossa categoria", disse Carlos Col, organizador do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8.
Para o piloto da equipe TerraAvallone, Christian Fittipaldi, a comparação entre Nascar e Stock Car V8 é equivocada.
"É bem difícil comparar as duas, são bem diferentes. Até porque a Nascar é disputada 95% em ovais, e os que nós temos aqui nem são ovais de verdade, né? Mas não dá para comparar mesmo. Talvez a Stock esteja mais próxima das categorias de turismo da Europa", explicou.
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