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Estado melhora vida dos índios com agricultura sustentável
Primavera do Leste e Água Boa, MT - Parte da cultura alimentícia dos povos indígenas mato-grossenses, o arroz e o milho, por muito tempo, faltaram ou estiveram escassos nas aldeias. Porém, para índios xavantes e bororos do Estado, essa realidade é bem diferente. Em menos de um ano, índios da Reserva Sangradouro, no Município de Primavera do Leste (244 km ao Sul de Cuiabá), já colheram 240 hectares de arroz, sendo que a primeira parte foi colhida ano passado e, agora, na segunda quinzena deste mês de abril, eles puderam colher a maior parte da produção, da qual resultaram 4 mil sacas de arroz.
O projeto de agricultura sustentável surgiu a partir da iniciativa do Governo Blairo Maggi de levar mais qualidade de vida aos diversos povos indígenas que habitam o Estado, e também de estabelecer condições pacíficas entre indígenas e produtores da região de Primavera, diante de um conflito entre as duas partes, há pelo menos dois anos.
A busca por novas alternativas econômicas aliou Governo e iniciativa privada em um processo que está resultando em fonte de alimentação para mais de mil índios, com o resgate de um alimento tradicional e nutritivo, que faz parte da história e das tradições, além de garantir meios para a sobrevivência dos povos.
Com o apoio do Governo do Estado, o projeto é desenvolvido pela Associação dos Produtores Rurais de Primavera do Leste (Asprim), que viu na iniciativa uma chance de, não somente conviver pacificamente e respeitar as tradições indígenas, como de auxiliá-los em algo benéfico tanto para a comunidade índia, como para a urbana. A associação é responsável por todo o processo da produção das sementes e dos insumos, pelos maquinários para plantio e colheita e pelo desenvolvimento da produção, estipulando as áreas a serem plantadas e instruindo os índios com vistas ao manejo sustentável.
"As formas alternadas de plantio nas áreas garantem maior rentabilidade, sem agressão ao Meio Ambiente e sem uso de agroquímicos, pois não é repetido o plantio seguido em um mesmo local", afirmou o coordenador do projeto, Dorival Rossato. A intenção é aproveitar o manejo sustentável da área de mais de 100 mil hectares da Reserva Sangradouro, com os resíduos do plantio que podem incrementar mais o projeto. A expectativa da associação e de índios é de que esse projeto possa ser expandido para a criação de animais, como aves e porcos, aumentando, assim, a alternativa de alimentos para as aldeias, tornando-as auto-sustentáveis.
A Reserva Sangradouro abriga 22 aldeias, entre xavantes e bororos. A produção de 4 mil sacas de arroz será distribuída entre as famílias das aldeias da reserva e dará para abastecer, por um ano, mais de 1.500 índios. "Esse alimento deixa a vida mais fácil e ajuda as crianças a crescer mais", disse a vice-cacique xavante Maria Aparecida.
A intenção da Asprim é levar mais adiante o projeto de sustentabilidade, estendendo a ação para cursos na área agrícola. "Vamos capacitar os índios no manuseio das máquinas agrícolas e também para lidar melhor com a criação de animais", disse o presidente da associação, Célio Vilani.
Conforme Vilani, a criação dos primeiros animais deve ter início ainda neste ano, aproveitando para alimento de porcos e aves os resíduos obtidos durante a colheita do arroz.
RESPEITO – A ação desenvolvida em Primavera do Leste é mais uma demonstração do Governo do Estado em conduzir a relação com povos indígenas, com a execução de políticas públicas conforme a competência do Estado.
A produção agrícola, em especial na Reserva Sangradouro, proporciona, às centenas de índios, a obtenção de alimento em uma área que antes não era utilizada para qualquer produção e, na avaliação do governador Blairo Maggi, traz uma alternativa para atender às necessidades das aldeias.
Em uma visita à Aldeia Volta Grande, em Primavera do Leste, no ano passado, quando participou da colheita dos primeiros 40 hectares de arroz, Maggi observou: "Os índios mais novos querem melhorias para seu povo e os mais velhos, garantir uma velhice digna. Por isso, a necessidade de reverter a situação do que é uma ilha de pobreza em um mar de riqueza".
EXEMPLO - O pioneirismo do Projeto de Sangradouro serviu como modelo para produção semelhante desenvolvida em quatro aldeias xavantes do Município de Água Boa (750 km a Nordeste da Capital), onde índios plantaram e já estão colhendo 100 hectares de arroz. A produção irá abastecer as aldeias Areões 1 e 2 e Pimentel Barbosa 1 e 2.
A exemplo do que ocorre em Primavera, em Água Boa, o Governo, a Prefeitura, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e produtores se uniram para viabilizar a estrutura de plantio, colheita, armazenamento e transporte.
Para o prefeito do Município, Maurício Tonhá (PPS), essa parceria é a forma encontrada de proporcionar alternativa aos índios de buscar o próprio alimento, com dignidade e respeito.
Fornecer meios para desenvolver a agricultura sustentável dentro das reservas indígenas é mais uma das ações que o Governo Maggi promove, além estar presente em outras áreas como Saúde, Educação e Infra-Estrutura. As ações do Governo são desenvolvidas a partir da reivindicação dos índios, com respeito à diversidade e à tradição, tornando-os agentes do próprio desenvolvimento, buscando uma relação igualitária, porém, sem tutela.
Por meio do Programa de Distribuição de Sementes "Panela Cheia", desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural, diversas etnias, de diferentes regiões de Mato Grosso, já receberam mais de 6 mil quilos de sementes de arroz e milho.
O programa da Seder já contemplou índios das etnias rikbaktsa, cinta-larga, arara, kayabi, apiaká, munduruku, kaiapó e bakairi.
Outras ações, como a construção de postos de Saúde, casas, escolas e abertura de estradas, além da doação de balsas às aldeias, estão, aos poucos, buscando melhorar a vida dos mais de 30 mil índios que vivem em território mato-grossense, divididos em 38 etnias.
O projeto de agricultura sustentável surgiu a partir da iniciativa do Governo Blairo Maggi de levar mais qualidade de vida aos diversos povos indígenas que habitam o Estado, e também de estabelecer condições pacíficas entre indígenas e produtores da região de Primavera, diante de um conflito entre as duas partes, há pelo menos dois anos.
A busca por novas alternativas econômicas aliou Governo e iniciativa privada em um processo que está resultando em fonte de alimentação para mais de mil índios, com o resgate de um alimento tradicional e nutritivo, que faz parte da história e das tradições, além de garantir meios para a sobrevivência dos povos.
Com o apoio do Governo do Estado, o projeto é desenvolvido pela Associação dos Produtores Rurais de Primavera do Leste (Asprim), que viu na iniciativa uma chance de, não somente conviver pacificamente e respeitar as tradições indígenas, como de auxiliá-los em algo benéfico tanto para a comunidade índia, como para a urbana. A associação é responsável por todo o processo da produção das sementes e dos insumos, pelos maquinários para plantio e colheita e pelo desenvolvimento da produção, estipulando as áreas a serem plantadas e instruindo os índios com vistas ao manejo sustentável.
"As formas alternadas de plantio nas áreas garantem maior rentabilidade, sem agressão ao Meio Ambiente e sem uso de agroquímicos, pois não é repetido o plantio seguido em um mesmo local", afirmou o coordenador do projeto, Dorival Rossato. A intenção é aproveitar o manejo sustentável da área de mais de 100 mil hectares da Reserva Sangradouro, com os resíduos do plantio que podem incrementar mais o projeto. A expectativa da associação e de índios é de que esse projeto possa ser expandido para a criação de animais, como aves e porcos, aumentando, assim, a alternativa de alimentos para as aldeias, tornando-as auto-sustentáveis.
A Reserva Sangradouro abriga 22 aldeias, entre xavantes e bororos. A produção de 4 mil sacas de arroz será distribuída entre as famílias das aldeias da reserva e dará para abastecer, por um ano, mais de 1.500 índios. "Esse alimento deixa a vida mais fácil e ajuda as crianças a crescer mais", disse a vice-cacique xavante Maria Aparecida.
A intenção da Asprim é levar mais adiante o projeto de sustentabilidade, estendendo a ação para cursos na área agrícola. "Vamos capacitar os índios no manuseio das máquinas agrícolas e também para lidar melhor com a criação de animais", disse o presidente da associação, Célio Vilani.
Conforme Vilani, a criação dos primeiros animais deve ter início ainda neste ano, aproveitando para alimento de porcos e aves os resíduos obtidos durante a colheita do arroz.
RESPEITO – A ação desenvolvida em Primavera do Leste é mais uma demonstração do Governo do Estado em conduzir a relação com povos indígenas, com a execução de políticas públicas conforme a competência do Estado.
A produção agrícola, em especial na Reserva Sangradouro, proporciona, às centenas de índios, a obtenção de alimento em uma área que antes não era utilizada para qualquer produção e, na avaliação do governador Blairo Maggi, traz uma alternativa para atender às necessidades das aldeias.
Em uma visita à Aldeia Volta Grande, em Primavera do Leste, no ano passado, quando participou da colheita dos primeiros 40 hectares de arroz, Maggi observou: "Os índios mais novos querem melhorias para seu povo e os mais velhos, garantir uma velhice digna. Por isso, a necessidade de reverter a situação do que é uma ilha de pobreza em um mar de riqueza".
EXEMPLO - O pioneirismo do Projeto de Sangradouro serviu como modelo para produção semelhante desenvolvida em quatro aldeias xavantes do Município de Água Boa (750 km a Nordeste da Capital), onde índios plantaram e já estão colhendo 100 hectares de arroz. A produção irá abastecer as aldeias Areões 1 e 2 e Pimentel Barbosa 1 e 2.
A exemplo do que ocorre em Primavera, em Água Boa, o Governo, a Prefeitura, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e produtores se uniram para viabilizar a estrutura de plantio, colheita, armazenamento e transporte.
Para o prefeito do Município, Maurício Tonhá (PPS), essa parceria é a forma encontrada de proporcionar alternativa aos índios de buscar o próprio alimento, com dignidade e respeito.
Fornecer meios para desenvolver a agricultura sustentável dentro das reservas indígenas é mais uma das ações que o Governo Maggi promove, além estar presente em outras áreas como Saúde, Educação e Infra-Estrutura. As ações do Governo são desenvolvidas a partir da reivindicação dos índios, com respeito à diversidade e à tradição, tornando-os agentes do próprio desenvolvimento, buscando uma relação igualitária, porém, sem tutela.
Por meio do Programa de Distribuição de Sementes "Panela Cheia", desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural, diversas etnias, de diferentes regiões de Mato Grosso, já receberam mais de 6 mil quilos de sementes de arroz e milho.
O programa da Seder já contemplou índios das etnias rikbaktsa, cinta-larga, arara, kayabi, apiaká, munduruku, kaiapó e bakairi.
Outras ações, como a construção de postos de Saúde, casas, escolas e abertura de estradas, além da doação de balsas às aldeias, estão, aos poucos, buscando melhorar a vida dos mais de 30 mil índios que vivem em território mato-grossense, divididos em 38 etnias.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/342663/visualizar/
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