Governo criará centro unificado na fronteira Brasil-Bolívia

O Governo do Estado irá construir um centro unificado na fronteira Brasil/Bolívia, na região de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), para incrementar o comércio entre os dois países. O modelo construído na fronteira Brasil/Argentina será apresentado nesta sexta-feira (29/04), no Workshop que acontecerá no município fronteiriço.

Newton Brunelli, presidente do Centro Unificado de Fronteira do Mercosul, localizado entre o município gaúcho São Borja e a cidade argentina de San Tome, foi recebido pelo secretário Cloves Vetoratto na manhã desta quinta-feira (28.04). O complexo pode servir de modelo para Mato Grosso. "É uma inovação como centro de fronteira, o BID recomenda o modelo para ser seguido pela América do Sul", afirmou Brunelli.

O complexo oferece prestação de serviços da área de comércio exterior — desde atividades básicas como controle sanitário e de saúde, como armazenamento e processamento. Uma das inovações e a facilidade que os moradores de São Borja e San Tome encontram com um cartão magnético, com validade de um ano, que permite que eles circulem de um lado para o outro. Para isso, é só passar o cartão em uma roleta do posto de controle. "Essas atividades dão uma agilidade funcional muito grande, reduz tempos de fronteiras, reduz custos de pessoal e ainda proporciona uma transparência", observou o presidente.

De acordo com o Vetoratto, o centro irá simplificar as relações comerciais do Estado com a Bolívia, Chile, Peru e outros países. "Não imaginamos uma incrementação do comércio com esses países sem que haja uma simplificação da burocracia, para o desembaraço de veículos de cargas, por exemplo", explicou. O centro de Cáceres irá integrar vários serviços, como atividades da Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura e outros.

Vetoratto salientou que o Governo do Estado já se comprometeu a viabilizar as verbas para a construção das instalações físicas do centro. "Já estamos conversando com as instituições envolvidas, como a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura, no sentido de viabilizarmos parcerias para criar as condições favoráveis para a realização do projeto".