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Politica Brasil
Quinta - 28 de Abril de 2005 às 08:44
Por: Téo Meneses

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O Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública contra o ex-presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e ex-senador, Carlos Bezerra (PMDB). Ele é acusado de promover convênio com a Fundação Universidade de Brasília, sem processo licitatório, no valor de mais de R$ 6 milhões por ano.

Além de Carlos Bezerra, são citados também na ação civil pública Alexandre Lima, Charles Ariel de Araújo Lemos, José Antônio Godas e Raimundo Trindade de Souza Catanhede, funcionários do INSS e da FUB. O MPF pede o ressarcimento de aproximadamente R$ 500 mil referentes à primeira parcela do convênio que já teria sido paga. O caso está na 16ª Vara Federal, em Brasília, com a juíza Iolete Maria Fialho de Oliveira.

Bezerra foi procurado ontem para comentar o assunto, porém, não foi encontrado por meio do seu telefone celular. Sua assessoria argumentou que, desde dezembro do ano passado, o dirigente peemedebista já havia solicitado formalmente o cancelamento do convênio. A dificuldade disso, no entanto, decorre da liberação da primeira parte do valor total destinado anualmente para o projeto.

O convênio visa a capacitação dos 44 mil funcionários do INSS de todo o país. Isso seria feito por meio da instalação de um sistema de comunicação para os servidores, o que seria feito através da Universidade de Brasília.

Enquanto estava no comando do INSS, Bezerra não sofreu apenas essa denúncia. Numa outra, foi acusado de improbidade administrativa. Após deixar a presidência do órgão, descobriu que Bezerra teve pelo menos 132 telefonemas grampeados. A arapongagem teria ocorrido com aval do então ministro da Previdência Social, Amir Lando, conforme revelou o jornal "O Globo".

O desempenho e as crises internas teriam causado surpresa no Planalto, que demitiu Bezerra e Lando na mesma época. Bezerra nega as informações, mas admite divergências com o correligionário, que, segundo ele, teriam ocorrido apenas por causa de indicações de peemedebistas para cargos DAS.




Fonte: A Gazeta

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