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Meio Ambiente
Segunda - 25 de Abril de 2005 às 13:50

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Moscou - A cápsula russa Soyuz TMA-5 pousou sem problemas no Cazaquistão às 19h08 (Brasília) deste domingo, trazendo de volta à Terra o norte-americano Leroy Chiao, o russo Salishan Sharipov e o italiano Roberto Vittori, que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS).

Chiao e Sharipov formaram a 10.ª tripulação da ISS, onde passaram os últimos seis meses. Vittori, da Agência Espacial Européia (ESA), passou apenas alguns dias na ISS. Ele foi levado até lá no último dia 17, quando a Soyuz TMA-6 levou a 11.ª tripulação, formada pelo comandante russo Serguei Krikaliov e o engenheiro de vôo americano John Philips.

Segundo o centro de controle em Moscou, houve um pequeno atraso na operação de retorno, por causa de pequenos problemas com a roupa de Vittori. A Soyuz TMA-5 se desligou da ISS às 15h45 (Brasília). O Pouso foi ao norte da cidade de Arkalyk.

Zôo orbital

Chiao e Sharipov passaram 193 dias na ISS. Vittori, que passou apenas alguns dias na ISS, teve intenso trabalho de pesquisa. Ele trouxe de volta à Terra um pequeno zôo orbital, que inclui vermes, caracóis e até grilos italianos.

O russo Guivi Gorguiladze, cientista do Instituto de Problemas Médico-Biológicos, aguardava o pouso para receber os caracóis e vermes. "Poderei ver como, após dez dias em jejum, as lombrigas comerão as larvas especialmente preparadas para elas", disse ele à agência russa Itar-Tass.

Parte dos caracóis passaria imediatamente pelo bisturi de Gorguiladze. "Precisamos extrair os órgãos de equilíbrio e fixá-los para a pesquisa de sua ultra-estrutura sob microscópio eletrônico", explicou. A experiência com os caracóis busca determinar a influência da falta de gravidade sobre vestíbulo do ouvido humano no espaço.

Laboratórios

O principal trabalho começará quando os bichos voltarem aos laboratórios dos quais foram enviados ao espaço. "Durante três dias seguidos, recolheremos amostras e realizaremos pesquisas fisiológicas dos caracóis e dos vermes", disse o cientista.

As imagens feitas dos vermes por microscópio serão comparadas através de um programa especial de computador com as de animais da mesma espécie que permaneceram na Terra. Simultaneamente, serão estudados os vermes que foram submetidos a uma gravitação adicional em centrífugas especiais.

"Desse modo, teremos um quadro completo do processo de regeneração tanto em condições de total ausência de gravidade quanto de sobrecarga", disse.

Transporte

Os caracóis foram levados à Estação Espacial Internacional há um mês e meio, a bordo da nave automática de transporte russa Progress. Já os vermes foram enviados ao espaço no último dia 17 de abril pelo astronauta russo Serguei Krikaliov, que agora assume o comando da ISS.

Junto com os caracóis e vermes, também voltaram à Terra os grilos italianos. As experiências com os grilos fêmeas foram feitas no espaço por Vittori, que filmou como esses animais colocavam as ovas em um contêiner especial.

Especialistas da ESA explicaram que a análise da reprodução das fêmeas de grilo no espaço e na Terra permitirá detectar as diferenças na formação das células nervosas dos embriões dos insetos.





Fonte: EFE

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