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Meio Ambiente
Segunda - 25 de Abril de 2005 às 09:33

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Dallas (EUA) - Garotas que tentam métodos radicais para perder peso, como ficar sem comer, tomar laxantes e mesmo provocar vômitos, têm grande probabilidade de ver seus pavores se concretizarem, tornando-se obesas. A constatação é de um estudo feito durante quatro anos com 496 meninas 11 a 15 anos na região de Austin, Estados Unidos.

Segundo Eric Stice, professor de Psicologia da Universidade do Texas, o estudo feito por sua equipe mostra que nenhuma dieta radical substitui o puro e simples ato de controlar o volume de calorias na alimentação e fazer exercícios.

A pesquisa, publicada na edição de abril da revista da Associação Americana de Psicologia, revelou que muitas garotas viveram entre extremos de dieta e superalimentação.

"Nós sabemos que dietas rígidas conduzem a um excesso de comida ou a uma mudança no metabolismo", explicou Lisa Dorfman, porta-voz da associação. "O corpo diminui o metabolismo por não saber quando será a próxima refeição."

Segundo Lisa, "comer um pedaço de bolo é mais saudável do que fazer regime por uma semana e depois comer um bolo inteiro."

Outra má notícia para as radicais é que o fator familiar se mostrou muito determinante no desenvolvimento de quadros de obesidade. Fora a herança genética, o fato de os pais serem obesos pesou muito para que as meninas também ficassem mais gordas.

O estudo conclui que os hábitos alimentares dos pais e o conteúdo do refrigerador podem perfeitamente tornar inúteis as dietas violentas.

Apesar de ser uma afirmação discutível, como os próprios pesquisadores admitem, a alimentação pesada e freqüente e a falta de exercícios não puderam ser caracterizadas, isoladamente, como causa de obesidade entre as meninas que participaram do estudo.

O estudo mostrou que, neste universo de garotas, as adeptas dos regimes radicais ficaram obesas em maior número do que as comilonas e sedentárias.

Outro fator gerador de obesidade entre as meninas pesquisadas, segundo os pesquisadores, é a depressão. Estados depressivos levam ao consumo compulsivo de comida, em busca de conforto ou distração. Também pode pesar, conforme o estudo, uma possível falta de serotonina nos indivíduos depressivos, o que induz ao consumo de alimentos ricos em carbohidratos.





Fonte: AP

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