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Nacional
Domingo - 24 de Abril de 2005 às 19:15
Por: Érica Santana

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O comandante que coordenou a "operação de resgate" do ex-presidente equatoriano Lucio Gutiérrez, brigadeiro Joseli Parente Camelo, disse que a autorização para decolar em direção à base área de Latacunga, onde a família do presidente deposto aguardava, só foi concedida meia hora antes da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) sair de Porto Velho.

"Foi determinada a hora que nós deveríamos sair. Nós recebemos a autorização 30 minutos antes e ficamos em contato com o adido da Aeronáutica. A cada 30 minutos mantínhamos contato para saber se poderíamos embarcar".

Por medidas de segurança, antes de embarcar no avião brasileiro, a família de Gutíerrez saiu em um carro e se dirigiu a um ponto desconhecido onde embarcou em um helicóptero e foi deslocada para o aeródromo de Latacunga.

"A partir daí, nós marcamos uma hora para nos encontramos nesse aeroporto. O aeródromo estava fechado para qualquer operação e com as luzes desligadas; as luzes da pista só foram ligadas um minuto antes do nosso pouso e imediatamente após o pouso as foram apagadas e novamente o aeródromo ficou fechado para qualquer operação".

O avião da FAB saiu de Quito às 5h30 da manhã (7h30 horário de Brasília).

Lucio Gutíerrez chegou a Brasília às 13h30, acompanhado da mulher Ximena Bohórquez e da filha mais nova do casal, Viviana Estefanía, de 15 anos.

Da Base Aérea, Gutíerrez seguiu de helicóptero para o Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU).

De acordo com o brigadeiro Camelo, em uma das conversas que manteve com o ex-presidente equatoriano ele teria se mostrado preocupado com a educação da filha e em como lidar com possíveis conversas com a imprensa, já que as regras do asilo impedem o equatoriano de conceder declarações políticas. Segundo o comandante, a decisão de resgatar a família foi tomada em conjunto com o Itamaraty, Aeronáutica, com a embaixada brasileira no Equador e com a Força Aérea Equatoriana. Além da tripulação de 12 pessoas, a família do ex-presidente equatoriano foi acompanhada por dois diplomatas brasileiros; os chefes Departamento da América do Sul, ministro Ênio Cordeiro, e do Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior, ministro Manoel Gomes Pereira.




Fonte: Agência Brasil

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