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Celcita critica ações do governo
“O poder público não é uma empresa”. Isso é o que diz a deputada federal Celcita Pinheiro (PFL), sobre a maneira que o governador Blairo Maggi (PPS) vem administrando o Estado. Mesmo reiterando a intenção de reeditar a aliança Mato Grosso Mais Forte (PPS, PFL e PP), a deputada fez críticas à área social do governo e se disse “feliz” pelo PP de Pedro Henry compactuar da insatisfação.
Sem querer adiantar o pleito de 2006, alegando a necessidade de se esperar a definição da verticalização, Celcita disse que, caso seja necessário, o PFL pode ter um candidato para a disputa com Maggi, mas, em caso de se reeditar a coligação MT Mais Forte, ao partido caberia uma vaga de vice-governador na chapa.
Nessa entrevista a deputada também aponta as diferenças entre a gestão do senador Jonas Pinheiro e a do ex-prefeito de Várzea Grande Jayme Campos na presidência do PFL, e não nega que a sigla, neste momento, tem de ter um líder para “expor as idéias que o partido pensa”.
Confira a entrevista na íntegra.
Folha do Estado - Deputada, vamos falar primeiro de Brasília e depois de Mato Grosso... Como a senhora está avaliando a gestão do presidente de Câmara, Severino Cavalcanti (PP) ?
Celcita Pinheiro - A gestão do Severino, apesar de todas as críticas que ele está recebendo, eu entendo como se fosse uma discriminação pelo nível cultural dele, ele tem pouco estudo. Mas como presidente acho que ele está bem. Está fazendo com que a Câmara e os parlamentares tenham vez e voz dentro do Congresso Nacional. Acho que ele é verdadeiro, e como verdade sempre incomoda, talvez por isso ele está sendo criticado. Mas é claro que ele precisa de uma assessoria boa, para fazer com que ele realmente converse e fale as coisas que o povo brasileiro quer ouvir, faça as correções. Acho que como presidente ele está se saindo como a gente pensou e como todo mundo queria. Agora, claro que as pessoas criticam. Mas ele fala o que muitos parlamentares gostariam de falar.
Folha - A quebra da tradição foi positiva?
Celcita - Acho que foi positiva, pois o que existia era um acordo de que quem tivesse a maior bancada elegeria o presidente. Foi diferente e estranho, todos se assustaram. Eu mesma não acreditava que isso fosse acontecer. Foi até uma resposta, não só para o Lula, mas para todos os governantes, para saber que o Legislativo é um poder forte e que colabora para governar o Brasil. É a prova que o Legislativo está aí para colaborar, não ficar refém do mandatário que é o Executivo. Não foi agradável pois foi uma surpresa, mas foi uma medida boa como resposta para o Executivo.
Folha - E a pauta na Câmara, está andando, será possível votar a reforma política?
Celcita - O que eu vi o presidente dizer, com os líderes que com ele têm se reunido, é que o Severino quer votar projetos de lei de iniciativa dos parlamentares. Agora com as medidas provisórias trancando a pauta está difícil. Você vota três, quatro e tranca de novo, pois não tem acordo e tranca de novo. O Severino está se reunindo toda sexta com os parlamentares, com os líderes, e fazem uma seleção das medidas provisórias que entrarão em pauta. Agora, só depois de destrancada a pauta vai ser possível votar os projetos de lei. A reforma política todos querem votar, mas ainda está na Comissão de Constituição e Justiça. Na semana passada eu soube que o Severino se reuniu com a comissão para que ela vote o projeto, pois a reforma tem de ser votada agora para já entrar em vigor na próxima eleição.
Folha: Mas num ano pré-eleitoral é possível se votar uma boa reforma?
Celcita - Não sei se vai ser possível votar toda a reforma. Acho que se vai fatiar a reforma e votar. Coisas como a verticalização, reforma partidária e fundo de campanha, que tem menos discussão, acho que vota. Agora, ela como um todo vai ser difícil, não impossível, mas difícil.
Folha - A verticalização permanece ou cai?
Celcita - Eu acredito e quero que ela caia, pois acho que é um entrave para as coligações. Às vezes a verticalização serve para o governo federal, mas nos estados a realidade é bem diferente. Então não tendo a verticalização acho que as pessoas poderão apoiar o presidente da República, mas com liberdade. Eu quero acreditar que após uma boa discussão a verticalização seja derrubada para termos uma boa eleição em 2006.
Folha - E na questão partidária, que momento vive o PFL?
Celcita - Vive um momento muito importante. Estamos filiando amigos, começando viagens para os encontros regionais. No dia 30 começamos em Alta Floresta e vamos reunir nossas lideranças, prefeitos, vereadores, que ganharam e que perderam, até para se fazer uma análise do processo. O que aconteceu para ter as derrotas e vitórias? Vamos discutir para identificar os erros e corrigir. E também fazer novas filiações, para poder chegar em 2006 para uma boa disputa com um partido forte, pois partido fraco nem coligação consegue fazer.
Folha - E a senhora, sai para reeleição?
Celcita - Sim, o projeto é reeleição e o [senador] Jonas [Pinheiro], que tem mais quatro anos de mandato, vai ser um cabo eleitoral, vai ajudar os amigos. Ele tem essa fidelidade, é muito leal, e vai ajudar nas eleições.
Folha - Que diferenças a senhora percebe na direção do PFL pelo Jonas e pelo Jayme Campos?
Celcita - Acho que são diferenças de personalidade. O Jonas tem a personalidade de ficar mais quieto, escutar mais, ter a paciência de ouvir, de apaziguar. Já o Jayme tem outra personalidade, não poderia ser igual. Tem que ter no partido as pessoas para acalmar e as para expor as idéias que o partido pensa. E é por isso que o Jayme às vezes fala e as pessoas acham que ele é arrogante. Mas não é, é a personalidade, tem que falar o que pensa, pois fica claro e as pessoas percebem o que acontece. Tem muita gente que não gosta da forma do Jayme trabalhar, mas tem muitos que gostam.
Folha - E o PFL com o PPS? É preciso melhorar a relação, ter mais espaço nas decisões?
Celcita - A gente vem de governos políticos, que tem a habilidade de lidar com os parlamentares, seguidores, correligionários. Mas hoje o governo é diferente, é como se estivesse administrando uma empresa. E o poder público não é uma empresa, ele tem sua burocracia e tem nós que nem Deus é capaz de desatar. Então essa é a dificuldade que temos. E não é só com o PFL, é com todos os partidos, essa forma de fazer política. Ele faz um bom governo, administra muito bem, então ninguém reclama dessa parte, mas o poder público é diferente de uma empresa, completamente diferente. Por isso que o PFL estranha essa administração, estranha a forma de trabalho. A verdadeira história é de saber lidar com as pessoas. Tem de saber conviver com as pessoas que estão a seu lado.
Folha - E o PSDB e PFL em nível nacional? Se aliam e reflete aqui também?
Celcita - O que a gente vê é a aliança desde o presidente passado. Junto de vários outros partidos. Mas com a vitória do Lula a gente vê os partidos indo para o lado dele, só o PSDB e PFL que não. No plano federal os dois partidos estão juntos e vão ficar. Mas no plano regional é claro que tem a coligação - e por isso a coligação tem que acabar - para que a gente possa apoiar quem quiser sem estar amarrado.
Folha - Mas existe a possibilidade de o PFL estar disputando com o governador Blairo Maggi em 2006?
Celcita - Não, isso não há. E nós não podemos nem dar essa resposta, isso só depois de votar a verticalização. Depois disso o PFL vai se reunir e ver o que fazer. Antes disso nem o PFL pode dizer que vai para lá ou para cá. Só depois da verticalização a gente reúne as bases e vê o que fazer.
Folha - Mas caso a decisão seja pela candidatura, o PFL tem nomes para disputar com Maggi?
Celcita - Nomes podem aparecer. Na eleição passada nós não tínhamos nome para a disputa e apareceu o Blairo. Mas hoje nós não estamos apresentando nomes para disputar com ele, e sim nomes para deputado federal e estadual. Eu não vejo perspectiva de lançar candidato. Mas também não pode dizer que o PFL não tem ninguém para disputar. Se tiver a verticalização e nós tivermos que lançar vamos lançar, até para puxar a candidatura dos deputados.
Folha - Mas no caso da reedição da coligação Mato Grosso Mais Forte, o PFL estaria contemplado, visto que o nome para o Senado é do deputado Pedro Henry (PP)?
Celcita - Se houver aliança o PFL será contemplado. Já que o governador está no PPS e o candidato a senador no PP, o PFL pode ter o espaço de vice-governador. Pode ser... Não estou dizendo que queremos a vice, mas pode ser. Não quero que amanhã digam que a Celcita falou que o PFL é candidato a vice, mas até pela pesquisa que a gente viu mostra que o PFL é um grande parceiro na eleição.
Folha - Mas como estão as alianças, além de PFL, PPS e PP?
Celcita - No momento de escolher os candidatos veremos quem pode mais. Os apoios são para ganhar eleição, a coligação será com vários partidos, mas os candidatos serão aqueles que realmente ofereçam a vitória.
Folha - O ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz (PPS) disse que seria difícil o PPS estar junto do PP e o secretário de Desenvolvimento Rural Otaviano Pivetta disse que as coisas caminham para que PPS, PDT, PT e PMDB estejam juntos. A senhora concorda com isso?
Celcita - Eu acho que política é liberdade, cada um fala o que quer. Eu não sei o que passa na cabeça de Pivetta e Percival. Quando a gente quer ganhar uma eleição tem que falar com todos os partidos, não pode excluir. O que eles disseram é uma opinião deles, mas decisão será tomada pelos partidos da aliança.
Folha - Como a senhora avalia a proposta do PP em encampar a bandeira do social?
Celcita - Eu me sinto feliz por ser uma pessoa que trabalhou na eleição passada pelo social, fui muitas vezes criticada por isso e nessa eleição também fiz o discurso pelo social, voltado para a valorização do ser humano, pois só teremos uma condição melhor de vida com educação e saúde para todos. E quando eu vi no jornal que o Pedro Henry vai lançar um programa de políticas sociais na segunda-feira, na filiação do partido, eu fico feliz por ter mais um parceiro que está se importando com o social em Mato Grosso. Eu não acredito num país forte com pessoas passando fome. Vou começar a semana feliz por ver o PP interessado no social, pois é preciso que o governador corrija as ações nessa área. Não basta só cesta básica. Precisamos de educação e saúde de qualidade. Temos de distribuir melhor a renda. Até porque o povo vê uma pequena parcela ganhando e outros até passando fome. E muitas vezes estão desempregados por não ter qualificação. Tem que educar. Social não é só dar sacolão, tem que melhorar a qualidade do povo. Não vamos corrigir tudo, mas vamos melhorar a qualidade de vida da população.
Sem querer adiantar o pleito de 2006, alegando a necessidade de se esperar a definição da verticalização, Celcita disse que, caso seja necessário, o PFL pode ter um candidato para a disputa com Maggi, mas, em caso de se reeditar a coligação MT Mais Forte, ao partido caberia uma vaga de vice-governador na chapa.
Nessa entrevista a deputada também aponta as diferenças entre a gestão do senador Jonas Pinheiro e a do ex-prefeito de Várzea Grande Jayme Campos na presidência do PFL, e não nega que a sigla, neste momento, tem de ter um líder para “expor as idéias que o partido pensa”.
Confira a entrevista na íntegra.
Folha do Estado - Deputada, vamos falar primeiro de Brasília e depois de Mato Grosso... Como a senhora está avaliando a gestão do presidente de Câmara, Severino Cavalcanti (PP) ?
Celcita Pinheiro - A gestão do Severino, apesar de todas as críticas que ele está recebendo, eu entendo como se fosse uma discriminação pelo nível cultural dele, ele tem pouco estudo. Mas como presidente acho que ele está bem. Está fazendo com que a Câmara e os parlamentares tenham vez e voz dentro do Congresso Nacional. Acho que ele é verdadeiro, e como verdade sempre incomoda, talvez por isso ele está sendo criticado. Mas é claro que ele precisa de uma assessoria boa, para fazer com que ele realmente converse e fale as coisas que o povo brasileiro quer ouvir, faça as correções. Acho que como presidente ele está se saindo como a gente pensou e como todo mundo queria. Agora, claro que as pessoas criticam. Mas ele fala o que muitos parlamentares gostariam de falar.
Folha - A quebra da tradição foi positiva?
Celcita - Acho que foi positiva, pois o que existia era um acordo de que quem tivesse a maior bancada elegeria o presidente. Foi diferente e estranho, todos se assustaram. Eu mesma não acreditava que isso fosse acontecer. Foi até uma resposta, não só para o Lula, mas para todos os governantes, para saber que o Legislativo é um poder forte e que colabora para governar o Brasil. É a prova que o Legislativo está aí para colaborar, não ficar refém do mandatário que é o Executivo. Não foi agradável pois foi uma surpresa, mas foi uma medida boa como resposta para o Executivo.
Folha - E a pauta na Câmara, está andando, será possível votar a reforma política?
Celcita - O que eu vi o presidente dizer, com os líderes que com ele têm se reunido, é que o Severino quer votar projetos de lei de iniciativa dos parlamentares. Agora com as medidas provisórias trancando a pauta está difícil. Você vota três, quatro e tranca de novo, pois não tem acordo e tranca de novo. O Severino está se reunindo toda sexta com os parlamentares, com os líderes, e fazem uma seleção das medidas provisórias que entrarão em pauta. Agora, só depois de destrancada a pauta vai ser possível votar os projetos de lei. A reforma política todos querem votar, mas ainda está na Comissão de Constituição e Justiça. Na semana passada eu soube que o Severino se reuniu com a comissão para que ela vote o projeto, pois a reforma tem de ser votada agora para já entrar em vigor na próxima eleição.
Folha: Mas num ano pré-eleitoral é possível se votar uma boa reforma?
Celcita - Não sei se vai ser possível votar toda a reforma. Acho que se vai fatiar a reforma e votar. Coisas como a verticalização, reforma partidária e fundo de campanha, que tem menos discussão, acho que vota. Agora, ela como um todo vai ser difícil, não impossível, mas difícil.
Folha - A verticalização permanece ou cai?
Celcita - Eu acredito e quero que ela caia, pois acho que é um entrave para as coligações. Às vezes a verticalização serve para o governo federal, mas nos estados a realidade é bem diferente. Então não tendo a verticalização acho que as pessoas poderão apoiar o presidente da República, mas com liberdade. Eu quero acreditar que após uma boa discussão a verticalização seja derrubada para termos uma boa eleição em 2006.
Folha - E na questão partidária, que momento vive o PFL?
Celcita - Vive um momento muito importante. Estamos filiando amigos, começando viagens para os encontros regionais. No dia 30 começamos em Alta Floresta e vamos reunir nossas lideranças, prefeitos, vereadores, que ganharam e que perderam, até para se fazer uma análise do processo. O que aconteceu para ter as derrotas e vitórias? Vamos discutir para identificar os erros e corrigir. E também fazer novas filiações, para poder chegar em 2006 para uma boa disputa com um partido forte, pois partido fraco nem coligação consegue fazer.
Folha - E a senhora, sai para reeleição?
Celcita - Sim, o projeto é reeleição e o [senador] Jonas [Pinheiro], que tem mais quatro anos de mandato, vai ser um cabo eleitoral, vai ajudar os amigos. Ele tem essa fidelidade, é muito leal, e vai ajudar nas eleições.
Folha - Que diferenças a senhora percebe na direção do PFL pelo Jonas e pelo Jayme Campos?
Celcita - Acho que são diferenças de personalidade. O Jonas tem a personalidade de ficar mais quieto, escutar mais, ter a paciência de ouvir, de apaziguar. Já o Jayme tem outra personalidade, não poderia ser igual. Tem que ter no partido as pessoas para acalmar e as para expor as idéias que o partido pensa. E é por isso que o Jayme às vezes fala e as pessoas acham que ele é arrogante. Mas não é, é a personalidade, tem que falar o que pensa, pois fica claro e as pessoas percebem o que acontece. Tem muita gente que não gosta da forma do Jayme trabalhar, mas tem muitos que gostam.
Folha - E o PFL com o PPS? É preciso melhorar a relação, ter mais espaço nas decisões?
Celcita - A gente vem de governos políticos, que tem a habilidade de lidar com os parlamentares, seguidores, correligionários. Mas hoje o governo é diferente, é como se estivesse administrando uma empresa. E o poder público não é uma empresa, ele tem sua burocracia e tem nós que nem Deus é capaz de desatar. Então essa é a dificuldade que temos. E não é só com o PFL, é com todos os partidos, essa forma de fazer política. Ele faz um bom governo, administra muito bem, então ninguém reclama dessa parte, mas o poder público é diferente de uma empresa, completamente diferente. Por isso que o PFL estranha essa administração, estranha a forma de trabalho. A verdadeira história é de saber lidar com as pessoas. Tem de saber conviver com as pessoas que estão a seu lado.
Folha - E o PSDB e PFL em nível nacional? Se aliam e reflete aqui também?
Celcita - O que a gente vê é a aliança desde o presidente passado. Junto de vários outros partidos. Mas com a vitória do Lula a gente vê os partidos indo para o lado dele, só o PSDB e PFL que não. No plano federal os dois partidos estão juntos e vão ficar. Mas no plano regional é claro que tem a coligação - e por isso a coligação tem que acabar - para que a gente possa apoiar quem quiser sem estar amarrado.
Folha - Mas existe a possibilidade de o PFL estar disputando com o governador Blairo Maggi em 2006?
Celcita - Não, isso não há. E nós não podemos nem dar essa resposta, isso só depois de votar a verticalização. Depois disso o PFL vai se reunir e ver o que fazer. Antes disso nem o PFL pode dizer que vai para lá ou para cá. Só depois da verticalização a gente reúne as bases e vê o que fazer.
Folha - Mas caso a decisão seja pela candidatura, o PFL tem nomes para disputar com Maggi?
Celcita - Nomes podem aparecer. Na eleição passada nós não tínhamos nome para a disputa e apareceu o Blairo. Mas hoje nós não estamos apresentando nomes para disputar com ele, e sim nomes para deputado federal e estadual. Eu não vejo perspectiva de lançar candidato. Mas também não pode dizer que o PFL não tem ninguém para disputar. Se tiver a verticalização e nós tivermos que lançar vamos lançar, até para puxar a candidatura dos deputados.
Folha - Mas no caso da reedição da coligação Mato Grosso Mais Forte, o PFL estaria contemplado, visto que o nome para o Senado é do deputado Pedro Henry (PP)?
Celcita - Se houver aliança o PFL será contemplado. Já que o governador está no PPS e o candidato a senador no PP, o PFL pode ter o espaço de vice-governador. Pode ser... Não estou dizendo que queremos a vice, mas pode ser. Não quero que amanhã digam que a Celcita falou que o PFL é candidato a vice, mas até pela pesquisa que a gente viu mostra que o PFL é um grande parceiro na eleição.
Folha - Mas como estão as alianças, além de PFL, PPS e PP?
Celcita - No momento de escolher os candidatos veremos quem pode mais. Os apoios são para ganhar eleição, a coligação será com vários partidos, mas os candidatos serão aqueles que realmente ofereçam a vitória.
Folha - O ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz (PPS) disse que seria difícil o PPS estar junto do PP e o secretário de Desenvolvimento Rural Otaviano Pivetta disse que as coisas caminham para que PPS, PDT, PT e PMDB estejam juntos. A senhora concorda com isso?
Celcita - Eu acho que política é liberdade, cada um fala o que quer. Eu não sei o que passa na cabeça de Pivetta e Percival. Quando a gente quer ganhar uma eleição tem que falar com todos os partidos, não pode excluir. O que eles disseram é uma opinião deles, mas decisão será tomada pelos partidos da aliança.
Folha - Como a senhora avalia a proposta do PP em encampar a bandeira do social?
Celcita - Eu me sinto feliz por ser uma pessoa que trabalhou na eleição passada pelo social, fui muitas vezes criticada por isso e nessa eleição também fiz o discurso pelo social, voltado para a valorização do ser humano, pois só teremos uma condição melhor de vida com educação e saúde para todos. E quando eu vi no jornal que o Pedro Henry vai lançar um programa de políticas sociais na segunda-feira, na filiação do partido, eu fico feliz por ter mais um parceiro que está se importando com o social em Mato Grosso. Eu não acredito num país forte com pessoas passando fome. Vou começar a semana feliz por ver o PP interessado no social, pois é preciso que o governador corrija as ações nessa área. Não basta só cesta básica. Precisamos de educação e saúde de qualidade. Temos de distribuir melhor a renda. Até porque o povo vê uma pequena parcela ganhando e outros até passando fome. E muitas vezes estão desempregados por não ter qualificação. Tem que educar. Social não é só dar sacolão, tem que melhorar a qualidade do povo. Não vamos corrigir tudo, mas vamos melhorar a qualidade de vida da população.
Fonte:
Folha do Estado
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