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Glaciares da Antártida derretem 50 metros por ano
Londres - Em um estudo a ser publicado na edição desta sexta-feira da revista especializada Science (www.sciencemag.org), pesquisadores do Programa Britânico de Pesquisas Antárticas (BAS) e do Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos mostram que a maioria dos glaciares na Península Antártica retraiu nos últimos 50 anos, quando a temperatura na região subiu 2,5º C.
A equipe, formada por cientistas britânicos e americanos, estudou 244 glaciares, dos quais 87% foram afetados. O glacial que reduziu mais é o Sjogren, que desde 1993 perdeu 13 quilômetros.
Não é a primeira vez que cientistas indicam a redução do gelo na Antártida. O novo estudo, porém, é o primeiro a estudar os glaciares por um período longo. Foram analisadas mais de 2 mil fotografias aéreas tiradas desde 1940 e cem imagens de satélite obtidas a partir da década de 60.
"Em média, os glaciares que observamos derreteram, nos últimos cinco anos, 50 metros por ano, taxa mais rápida do que em qualquer outro momento no último meio século", disse uma das autoras do estudo, Alison Cook. Além disso, cinco décadas atrás havia uma tendência de crescimento dos glaciares (que se movem da terra na direção do oceano). Logo a tendência se reverteu cada vez mais rápido. "A península pode acabar parecendo os Alpes se os glaciares se afastarem o suficiente do mar", disse o cientista David Vaughan.
A Península Antártica é um pequeno segmento do continente e o comportamento do gelo na área não reflete necessariamente o que ocorre no restante da Antártida. As temperaturas na península costumam ser mais altas.
A região esquentou, de forma dramática e limitada localmente, em aproximadamente 2º C nos últimos 50 anos. Para Cook, o aquecimento regional é o fator independente mais forte para a redução "e há evidências crescentes de que é conseqüência do aquecimento global".
Contudo, o aquecimento apenas não explica o derretimento, dizem os cientistas. Para eles, há uma série de fatores a ser levados em conta, como a temperatura do mar - sobre a qual há poucos dados disponíveis -, e pedem mais estudos da região, inclindo a montagem de modelos da circulação climática global que reproduzam o período e a extensão do aquecimento na Antártida.
Da mesma forma, a ligação entre o aumento da temperatura na península e a ação do homem - como a emissão crescente de gases que provocam o efeito estufa - ainda não está clara para os cientistas. "Esta é apenas uma dos milhões de peças de um quebra-cabeça de como a mudança climática está afetando o planeta", acredita Vaughan.
A equipe, formada por cientistas britânicos e americanos, estudou 244 glaciares, dos quais 87% foram afetados. O glacial que reduziu mais é o Sjogren, que desde 1993 perdeu 13 quilômetros.
Não é a primeira vez que cientistas indicam a redução do gelo na Antártida. O novo estudo, porém, é o primeiro a estudar os glaciares por um período longo. Foram analisadas mais de 2 mil fotografias aéreas tiradas desde 1940 e cem imagens de satélite obtidas a partir da década de 60.
"Em média, os glaciares que observamos derreteram, nos últimos cinco anos, 50 metros por ano, taxa mais rápida do que em qualquer outro momento no último meio século", disse uma das autoras do estudo, Alison Cook. Além disso, cinco décadas atrás havia uma tendência de crescimento dos glaciares (que se movem da terra na direção do oceano). Logo a tendência se reverteu cada vez mais rápido. "A península pode acabar parecendo os Alpes se os glaciares se afastarem o suficiente do mar", disse o cientista David Vaughan.
A Península Antártica é um pequeno segmento do continente e o comportamento do gelo na área não reflete necessariamente o que ocorre no restante da Antártida. As temperaturas na península costumam ser mais altas.
A região esquentou, de forma dramática e limitada localmente, em aproximadamente 2º C nos últimos 50 anos. Para Cook, o aquecimento regional é o fator independente mais forte para a redução "e há evidências crescentes de que é conseqüência do aquecimento global".
Contudo, o aquecimento apenas não explica o derretimento, dizem os cientistas. Para eles, há uma série de fatores a ser levados em conta, como a temperatura do mar - sobre a qual há poucos dados disponíveis -, e pedem mais estudos da região, inclindo a montagem de modelos da circulação climática global que reproduzam o período e a extensão do aquecimento na Antártida.
Da mesma forma, a ligação entre o aumento da temperatura na península e a ação do homem - como a emissão crescente de gases que provocam o efeito estufa - ainda não está clara para os cientistas. "Esta é apenas uma dos milhões de peças de um quebra-cabeça de como a mudança climática está afetando o planeta", acredita Vaughan.
Fonte:
AE - AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/343937/visualizar/
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