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Politica Brasil
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 14:55

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Onze personalidades que contribuíram para o desenvolvimento de Rondonópolis (220 km ao Sul de Cuiabá) foram homenageadas na noite de quinta-feira (21.04) durante a Agrishow Cerrado 2005 com a Comenda André Maggi. As homenagens, prestadas em uma Sessão Especial da Câmara Municipal, lembraram um dos desbravadores do Cerrado que, mais do que construir um conglomerado empresarial, deixou um exemplo de vida. Na solenidade, aberta pelo presidente da Câmara, vereador Mohamed Zaher, amigos e empresários que conheceram o seu André Maggi expressaram em suas falas o orgulho pela homenagem e a admiração pelo fundador do Grupo Amaggi.

Antes da entrega das comendas, o governador Blairo Maggi, filho do seu André, a primeira-dama e secretária do Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, receberam moções de aplauso da Câmara pelos relevantes serviços prestados na área social no Estado. A moção também foi concedida ao presidente da Fundação MT e presidente da quarta edição da Agrishow, Hugo Carvalho de Ribeiro. A filha mais velha do seu André, Maria de Fátima Maggi Ribeiro, que representou a família, também recebeu uma homenagem especial juntamente com a primeira-dama e secretária de Ação Social de Rondonópolis, Rose Sachetti.

“O seu André Maggi passou pela vida em Rondonópolis, por Mato Grosso e deixou muitos exemplos. Ele se preocupava com as pessoas e sempre tinha uma palavra amiga, um gesto de carinho”, relembrou o filho do pioneiro, o governador Blairo Maggi. O governador disse que a família fica orgulhosa por observar o respeito que André Maggi conquistou ao longo de sua vida. “Se deixamos coisas boas, elas se perpetuarão, e nós procuramos seguir o exemplo de André Maggi”, disse o governador. “Ele [André Maggi] marcou muito a minha vida e a de minha família. Estamos muito felizes de estar aqui”, disse o prefeito Adilton Sachetti (PPS).

Um dos homenageados com a comenda, criada no ano passado pelo então vereador Edmilson Paulista, foi o deputado federal pelo Paraná Odílio Balbinotti (PMDB). Agropecuarista e empresário, proprietário do Grupo Sementes Adriana, Balbinotti chegou em Rondonópolis há 25 anos. “André Maggi já estava aqui quando eu cheguei aqui com minha esposa. Lembro-me da casinha dele lá em Sapezal [cidade, cuja fundação foi liderada por seu André]. Nós, a exemplo do seu André, também acreditamos nesse Estado”, disse Balbinotti, que falou em nome dos demais homenageados.

Os homenageados, tal como o homem que deu o nome à comenda, também foram desbravadores, como Dario José Micharki, que recebeu a comenda das mãos do vereador Adonias Fernandes de Souza. Micharki veio para Rondonópolis na década de 80 e depois de muito trabalho construiu a Rondoagro, que conta hoje com nove filiais espalhadas pelo Estado. Pedro Jacyr Bongiolo é outro exemplo de dedicação. Começou a trabalhar com seu André há 27 anos na função de auxiliar de escritório. Hoje, ele ocupa o cargo de diretor-presidente do Grupo Amaggi.

Também foram homenageados o deputado estadual Zeca D’Ávila, que não pôde estar presente e foi representado por Kleiber Leite Pereira; dois irmãos do ex-governador Rogério Salles, Álvaro Lourenço Ortolan Salles e Luiz Antônio Ortolan Salles: o pesquisador da Fundação MT, Sandro Romão Viana; o médico Melhen Nain Charafeddine, cujo pai, Nain, foi um dos pioneiros da soja. Completaram a lista dos homenageados Aldino Laurindo Friedler, Armando Lowe e Francisco Olavo de Castro.

História

André Antônio Maggi, cuja memória é lembrada de muitas formas, inclusive agora com a entrega da Comenda André Maggi, nasceu em 3 de janeiro de 1927 em Torres, Rio Grande do Sul e faleceu aos 74 anos em 22 de abril de 2001. A trajetória do desbravador foi contada num livro lançado em agosto de 2003 na sede do Grupo Amaggi, em Rondonópolis. A obra “Grupo André Maggi – Corporação e Rede em Áreas de Fronteira”, é de autoria do professor do Departamento de Geografia e Diretor do Instituto de Geociência da Universidade Federal Fluminense (UFF-Niterói-RJ), Carlos Alberto Franco da Silva.

A trajetória do pioneiro teve início em 1955, com ele trabalhando com madeira no pequeno povoado de Gaúcha (hoje São Miguel do Iguaçu), no Oeste Paranaense. Na década de 80 ele resolveu vir com a família para Mato Grosso e apostar na produção de soja, cujo cultivo, à época, enfrentava percalços. Com muito trabalho, ele ajudou a transformar o Estado numa potência do agronegócio.





Fonte: Secom - MT

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